sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mario Monti renuncia ao cargo de premiê da Itália



Presidente aceitou demissão, mas pediu que premiê permaneça até as eleições

“O governo terminou, mas a culpa não é dos maias”, brincou Monti
“O governo terminou, mas a culpa não é dos maias”, brincou Monti  (Tony Gentile/Reuters)
Como havia prometido, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, apresentou nesta sexta-feira a sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano depois que o Parlamento aprovou a Lei de Orçamento para 2013. Napolitano, que aceitou a renúncia, pediu a Monti que continue interinamente no cargo até as eleições.
A data provável das eleições será o dia 24 de fevereiro, mas a confirmação só virá após uma reunião entre o presidente e o Parlamento italiano, neste sábado. Em seguida, Napolitano assinará o decreto para a dissolução do Parlamento, convoca oficialmente as eleições.
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“O governo terminou, mas a culpa não é dos maias”, brincou Monti ao apresentar sua renúncia, em referência aos rumores sobre o fim do mundo nesta sexta-feira. “Foram 13 meses duros, mas fascinantes”, completou. Monti deverá conceder uma entrevista coletiva no domingo para falar sobre seu futuro político. 
A expectativa é que ele participe das eleições parlamentares, mas a forma como isso ocorrerá ainda não está clara. Monti é senador vitalício, título recebido pouco antes de assumir o cargo, no ano passado, e que o impediria de se candidatar, mas não de emprestar seu nome a uma aliança de centro.
Na quinta, Monti deu uma indicação de que realmente não deverá se afastar da política, como havia dito em várias ocasiões desde que assumiu o cargo. Em um discurso para trabalhadores da Fiat, na didade de Melfi, ele pediu aos italianos que não joguem fora os resultados alcançados por seu governo. "Seria irresponsável desperdiçar os muitos sacrifícios que os italianos fizeram", afirmou.

Os resultados desses sacrifícios poderiam facilmente ser "varridos" se os eleitores fossem tentados por promessas eleitorais, completou o premiê, em comentários que pareciam dirigidos a Silvio Berlusconi, que tem feito críticas ao governo de Monti.
Com a renúncia, Monti põe fim a 13 meses de um governo tecnocrata, que começou em novembro de 2011 após ser convocado para substituir Berlusconi, que se viu obrigado a renunciar ao perder o apoio da maioria parlamentar em meio a uma crise econômica.
(Com agência EFE)

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