Espanha (por Jorge Oliveira) – Os mais de três mil quilômetros rodados até agora entre a Espanha e Portugal só me deram a certeza de que o Brasil ainda precisa de homens públicos honrados e sérios para sair desse subdesenvolvimento. Mesmo enfrentando um grave problema econômico, sem liquidez financeira e fluxo de caixa, esses dois países da Europa ainda estão muito à frente do e do Brasil e dos nossos vizinhos sul-americanos, governados por incompetentes e corruptos. A conservação das rodovias bem pavimentadas, sinalizadas e segura; a preservação dos monumentos e da história; a limpeza pública; a consciência ecológica; o desenvolvimento; a diversidade turística; e – pasmem! – o custo de vida barato; e a honestidade com a coisa pública devem tirar esses países dessa situação caótica a curto prazo porque estão preparados culturalmente para enfrentar situações adversas.
A crise da Espanha e de Portugal é material, temporária, passageira. Mais cedo ou mais tarde, esses países voltam aos trilhos do desenvolvimento. Mas no Brasil, infelizmente, a crise é pior, difícil de sair até a longo prazo. Ela é de comportamento, da falta de moral e dos bons costumes dos homens públicos que impedem o país de avançar na melhoria da qualidade dos seus serviços. Os nossos administradores só pensam em se locupletar com o dinheiro do contribuinte. Estão cada vez mais atolados na lama da corrupção. Essa é a diferença das crises: a financeira e a moral . E a moral, a nossa, dificilmente o Brasil sairá dela a longo prazo.
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