segunda-feira, 31 de outubro de 2011

COMISSÃO DA HIPOCRISIA

Grupo Guararapes, Doc. 247-2011

REPASSEM PARA SALVAÇÃO DO BRASIL 

Por Marco Antonio Esteves Balbi 


No final do dia 19 de outubro de 2011, repassei aos meus correspondentes o
link de uma notícia da página do Senado Federal, relatando a aprovação, na
Comissão de Constituição e Justiça, do projeto de lei da Comissão da
Verdade, de autoria do Executivo e já aprovado na Câmara dos Deputados. 

Disse naquela oportunidade que a luta continuava, embora não soubesse bem
como. Será que é possível sustar a votação em caráter de
urgência/urgentíssima no plenário do Senado na próxima semana? Será que, em
sendo aprovado e depois de sancionado pelo Executivo, poder-se-á apresentar
alguma medida judicial que impeça o seu funcionamento?
Enquanto divagava nos meus pensamentos, eis que um antigo e experiente
chefe militar, respondeu a minha mensagem e me chamou a atenção para o
largo sorriso que estampava o rosto do relator, o Senador Aloysio Nunes
Ferreira, na fotografia que ilustrava a matéria. E lembrava um pequeno
detalhe do currículo do Senador: o assalto ao trem-pagador da Estrada de
Ferro Santos-Jundiaí. 

O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Não se passa um dia se quer sem
que se comprove a assertiva. Acolhemos todo o tipo de bandido e deportamos
outros nem tão culpados assim, dependendo da ideologia.
Lembram-se de Ronald Biggs que chegou a ter vida de celebridade aqui entre
nós, sendo um renomado assaltante de trem?
Bom, fiz esta digressão no parágrafo acima para dizer que o Senador Aloysio
Nunes Ferreira foi elogiado pelos seus pares, de acordo com a matéria a
qual me referi, por "ter sido vítima da repressão, tendo sido perseguido
por sua militância política e obrigado a sair do país". 

Vejamos como se deram estes fatos, em especial para conhecimento dos
jovens. E para eles vou citar que as fontes estão disponíveis em qualquer
site de buscas. Começou a militância política em 1963 quando entrou na
Faculdade do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo. Logo
depois da revolução de março de 1964, filiou-se ao Partido Comunista
Brasileiro (PCB) que atuava na clandestinidade.
Como o PCB se opunha à luta armada Aloysio Nunes, assim como vários jovens
da época que tinham ideais esquerdistas, ingressou na ALN -Aliança
Libertadora Nacional, organização guerrilheira liderada por Carlos
Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo.
Assumiu na clandestinidade o pseudônimo Mateus. Durante muito tempo foi
motorista e guarda-costas de Marighella. As ações da Aliança Libertadora
Nacional incluíram assaltos para angariar fundos que sustentariam a luta
armada. Em agosto de 1968, Aloysio Nunes participou do assalto ao trem
pagador da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Segundo relatos da
imprensa da época, a ação ocorreu sem que houvesse o disparo de qualquer
tiro. Aloysio Nunes foi o motorista do carro no qual os assaltantes fugiram
do local com os malotes que continham NCr$ 108 milhões(US$ 21.600),
dinheiro suficiente para o pagamento de todos os funcionários da Companhia
Paulista de Estradas de Ferro. Em outubro do mesmo ano, participou do
assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson, interceptando o veículo na
Praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.
Sofrendo um processo penal em que já havia um pedido de prisão preventiva e
com a possibilidade de que descobrissem algo sobre suas ações armadas, foi
enviado a Paris por Marighella utilizando um passaporte falso. Foi
posteriormente identificado como guerrilheiro e condenado com base na
extinta Lei de Segurança Nacional. Tornou-se representante da Ação
Libertadora Nacional no exterior e coordenou as ligações desta com
movimentos de esquerda de todo o mundo. Filiou-se ao Partido Comunista
Francês em 1971 e negociou com o presidente Boumedienne, da Argélia para
que brasileiros recebessem treinamento militar de guerrilha naquele país.
Pôde, finalmente em 1979, regressar ao Brasil devido à promulgação da Lei
de Anistia, a qual beneficiou todos que cometeram crimes políticos de
qualquer tipo.
Agora me respondam: as assertivas dos atuais pares do Senador Aloysio Nunes
Ferreira, colocadas entre aspas alguns parágrafos acima, guardam alguma
relação com o que aconteceu?
A organização que o Senador pertenceu, chefiada por Marighella e Toledo,
foi uma das mais violentas das que atuaram no país e contra a qual as
Forças de Segurança tiveram que se contrapor. Notem que em 1968 nem mesmo o
"famigerado" AI-5 havia sido promulgado. O Minimanual do Guerrilheiro
Urbano de autoria de Marighella foi obra de referência para organizações
terroristas do mundo inteiro.
Para finalizar eu pergunto: como acreditar na lisura do trabalho de uma
comissão umbilicalmente ligada à Casa Civil, cujos membros serão todos
indicados pelo Executivo? Por mais que as declarações sejam concedidas de
que só querem conhecer a verdade, como acreditar se até o que já está
sobejamente comprovado é deturpado? Será, na melhor das hipóteses, uma
comissão da hipocrisia!
http://www.senado.gov.br/noticias/comissao-da-verdade-e-aprovadapela-ccj-e-segue-para-plenario.aspx 

O autor é Coronel.
Doc. 247-2011

Os pobres da vida, que assaltaram naquela época, foram para a cadeia. Ele
assaltou e nunca foi preso. Ele fugiu para Paris, (quem sabe levando
dinheiro do assalto) de livre e espontânea vontade. Nunca ficou um dia na
cadeia, mesmo sendo ladrão. 
Todo mundo pergunta como um ladrão pode ser senador. 
O Grupo GUARARAPES não sabe responder. Quem souber que nos diga. 

grupo guararapes

REPASSEM! O BRASIL PRECISA SABER A VERDADE!

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