Neurônios Triturados
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arlindo Montenegro
Pra começo de conversa, o que se convencionou chamar de "direita" em política, durante a Revolução Francesa, representa os interesses da nobreza e do clero. À "esquerda" do rei, tinham assento os representantes dos camponeses e dos "burgueses", que provisionavam o de comer e pagavam os impostos para manter o luxo da corte.
Duzentos e vinte um anos depois, passando por duas guerras mundiais e notáveis avanços científicos como avião e bomba atômica, biotecnologia, internet e satélites, aquela revolução liderada pelos burgueses, berço das ideias marxistas, promoveu a cristalização de várias formas de Estado.
Todos as formas estatais conhecidas declaram respeitar a crença em um Deus, com nomes variados e com presença diversa na mente dos governantes e governados, sejam cristãos, judeus, budistas, hinduistas, fundamentalistas islâmicos ou outros. Com exceção do Estado comunista, que não tolera a liberdade em nenhuma de suas formas, muito menos a do espírito.
Os mesmos burgueses que lideraram a revolução francesa, lideraram a revolução comunista, tomaram o Estado, perseguiram as religiões, prenderam e mataram os crentes. As perseguições e matanças persistem até hoje e Deus continua firme, presente, consolando os aflitos, ressuscitando os espíritos das cinzas materiais e da guerra que, se espalhou, em pequenos e infindáveis conflitos por toda a terra e agora atinge as mentes.
Enquanto o Castro no poder desterra os dissidentes, entre os quais jornalistas e médicos cristãos, Chávez tenta impor a ideia do deus materialista da onu e da teologia da libertação, o deus modificado dos revolucionários, artifício para justificar e aprovar decisões de estado contra a evolução natural, sem oposição.
Aqui no Brasil, seguindo as diretrizes da onu e do foro de são paulo, já existem cartilhas escolares ridicularizando a crença cultural, a percepção da presença de Deus no equilíbrio das escolhas e do livre arbítrio. O PNHD, elaborado pelos comunistas e assinado pelo presidente "sem saber", reforça esta coisa da materialidade que mata o espírito.
Arrematando a conversa, nem a "direita" e muito menos a "esquerda" em todas as suas gradações e disfarces, avançou na forma de Estado cujas decisões estivessem firmemente ligadas ao mérito individual e justiça distributiva dos recursos provenientes do trabalho.
A gente comum, em todo o planeta, anseia pelo dia em que os líderes locais mais sábios e exemplares cheguem ao poder, aclamados para arrumar os negócios do Estado para o bem comum, o que é diferente das práticas vigentes, quando as mesmas formas de Estado estão dependentes de um mesmo sistema financeiro, atuando como substituto de Deus.
Um modelo diferenciado vinha se formando na Polônia que com ajuda da Igreja e do movimento "Solidariedade" dos trabalhadores, que desequilibrou a fortaleza do império ateu soviético e disparou as reformas que mudaram a face do mundo, renovando esperanças com a queda do muro de Berlim.
Referindo a situação atual do Brasil, um leitor comentava que: "Se as cabeças dos responsáveis caíssem, tudo terminava sem problemas, pois a manada sem chefes que a orientem, nada faz. Debanda..." Na sequência abri uma nova mensagem da blogueira cubana Zoé Valdez, que publicava o texto de Pablo Pacheco Ávila, um dos desterrados de Cuba, espaço onde nasceu, cresceu e foi para a prisão, antes de ter a percepção exata da diferença entre viver num estado comunista ou viver na relativa liberdade de estado democrático.
Chegando à Espanha, disse o desterrado: "...percebemos que liberdade é mais que uma palavra, um significado; é o sentido prático e necessário à nossa condição de humanos." Ver o debate público entre governo socialista e oposição, foi chocante para o cubano:
"Ver pela televisão o debate entre o Chefe do governo (Zapatero) e o líder da oposição (Mariano Rajoy) sobre o Estado da Nação, me impressionou. Os cubanos da minha geração fomos saturados de mensagens diabólicas contra o capitalismo selvagem de ultramar; nos enganavam e nos faziam pensar que vivíamos no paraiso terrestre."
"Agora a visão é diferente. (...) Não é preciso ver o estado da nação cubana. É a nação cubana que deve ver esta realidade que tenho diante de mim."
"Em Cuba vivem-se dias tensos e os sistemas totalitários em fase terminal cometem erros irreversíveis, enquanto a debilidade dos argumentos é substituída com facilidade por violência e ódio. Estar livre não é um gesto de benevolência...daqui me preocupo com o destino dos que continuam na prisão. Chegou a hora de colocarmos nossos interesses em função de Cuba e não colocar Cuba em função dos nossos interesses."
A Espanha, de Moratinos e Zapatero, está ajudando a ditadura dos Castro a parecer como em vias de abertura democrática. Nada disso ocorre, porque, como dizem os desterrados, enquanto não haja liberdade de expressão, oposição ativa, eleiçoes livres, pluralidade partidária, a ditadura prosseguirá em Cuba ou em qualquer parte, aprofundando a miséria material e moral.
As "cabeças dos responsáveis", pelo que acontece em Cuba, Brasil, Venezuela, estão espalhadas pelo mundo. São cabeças coroadas que, nos encontros de cúpula, nas instituições multilaterais, deixam de exigir práticas democráticas dos seus pares. Continuam negociando e fazendo vista grossa para os atos de violência, perseguição política, genocídios.
São tantas cabeças neste negócio, que lembram a frase do General francês Massu, comadante dos paraquedistas franceses na guerra da Argélia: "Os comunistas são como tênias. Não basta cortar a cabeça, que a tênia se reproduz..."
Por Arlindo Montenegro
Pra começo de conversa, o que se convencionou chamar de "direita" em política, durante a Revolução Francesa, representa os interesses da nobreza e do clero. À "esquerda" do rei, tinham assento os representantes dos camponeses e dos "burgueses", que provisionavam o de comer e pagavam os impostos para manter o luxo da corte.
Duzentos e vinte um anos depois, passando por duas guerras mundiais e notáveis avanços científicos como avião e bomba atômica, biotecnologia, internet e satélites, aquela revolução liderada pelos burgueses, berço das ideias marxistas, promoveu a cristalização de várias formas de Estado.
Todos as formas estatais conhecidas declaram respeitar a crença em um Deus, com nomes variados e com presença diversa na mente dos governantes e governados, sejam cristãos, judeus, budistas, hinduistas, fundamentalistas islâmicos ou outros. Com exceção do Estado comunista, que não tolera a liberdade em nenhuma de suas formas, muito menos a do espírito.
Os mesmos burgueses que lideraram a revolução francesa, lideraram a revolução comunista, tomaram o Estado, perseguiram as religiões, prenderam e mataram os crentes. As perseguições e matanças persistem até hoje e Deus continua firme, presente, consolando os aflitos, ressuscitando os espíritos das cinzas materiais e da guerra que, se espalhou, em pequenos e infindáveis conflitos por toda a terra e agora atinge as mentes.
Enquanto o Castro no poder desterra os dissidentes, entre os quais jornalistas e médicos cristãos, Chávez tenta impor a ideia do deus materialista da onu e da teologia da libertação, o deus modificado dos revolucionários, artifício para justificar e aprovar decisões de estado contra a evolução natural, sem oposição.
Aqui no Brasil, seguindo as diretrizes da onu e do foro de são paulo, já existem cartilhas escolares ridicularizando a crença cultural, a percepção da presença de Deus no equilíbrio das escolhas e do livre arbítrio. O PNHD, elaborado pelos comunistas e assinado pelo presidente "sem saber", reforça esta coisa da materialidade que mata o espírito.
Arrematando a conversa, nem a "direita" e muito menos a "esquerda" em todas as suas gradações e disfarces, avançou na forma de Estado cujas decisões estivessem firmemente ligadas ao mérito individual e justiça distributiva dos recursos provenientes do trabalho.
A gente comum, em todo o planeta, anseia pelo dia em que os líderes locais mais sábios e exemplares cheguem ao poder, aclamados para arrumar os negócios do Estado para o bem comum, o que é diferente das práticas vigentes, quando as mesmas formas de Estado estão dependentes de um mesmo sistema financeiro, atuando como substituto de Deus.
Um modelo diferenciado vinha se formando na Polônia que com ajuda da Igreja e do movimento "Solidariedade" dos trabalhadores, que desequilibrou a fortaleza do império ateu soviético e disparou as reformas que mudaram a face do mundo, renovando esperanças com a queda do muro de Berlim.
Referindo a situação atual do Brasil, um leitor comentava que: "Se as cabeças dos responsáveis caíssem, tudo terminava sem problemas, pois a manada sem chefes que a orientem, nada faz. Debanda..." Na sequência abri uma nova mensagem da blogueira cubana Zoé Valdez, que publicava o texto de Pablo Pacheco Ávila, um dos desterrados de Cuba, espaço onde nasceu, cresceu e foi para a prisão, antes de ter a percepção exata da diferença entre viver num estado comunista ou viver na relativa liberdade de estado democrático.
Chegando à Espanha, disse o desterrado: "...percebemos que liberdade é mais que uma palavra, um significado; é o sentido prático e necessário à nossa condição de humanos." Ver o debate público entre governo socialista e oposição, foi chocante para o cubano:
"Ver pela televisão o debate entre o Chefe do governo (Zapatero) e o líder da oposição (Mariano Rajoy) sobre o Estado da Nação, me impressionou. Os cubanos da minha geração fomos saturados de mensagens diabólicas contra o capitalismo selvagem de ultramar; nos enganavam e nos faziam pensar que vivíamos no paraiso terrestre."
"Agora a visão é diferente. (...) Não é preciso ver o estado da nação cubana. É a nação cubana que deve ver esta realidade que tenho diante de mim."
"Em Cuba vivem-se dias tensos e os sistemas totalitários em fase terminal cometem erros irreversíveis, enquanto a debilidade dos argumentos é substituída com facilidade por violência e ódio. Estar livre não é um gesto de benevolência...daqui me preocupo com o destino dos que continuam na prisão. Chegou a hora de colocarmos nossos interesses em função de Cuba e não colocar Cuba em função dos nossos interesses."
A Espanha, de Moratinos e Zapatero, está ajudando a ditadura dos Castro a parecer como em vias de abertura democrática. Nada disso ocorre, porque, como dizem os desterrados, enquanto não haja liberdade de expressão, oposição ativa, eleiçoes livres, pluralidade partidária, a ditadura prosseguirá em Cuba ou em qualquer parte, aprofundando a miséria material e moral.
As "cabeças dos responsáveis", pelo que acontece em Cuba, Brasil, Venezuela, estão espalhadas pelo mundo. São cabeças coroadas que, nos encontros de cúpula, nas instituições multilaterais, deixam de exigir práticas democráticas dos seus pares. Continuam negociando e fazendo vista grossa para os atos de violência, perseguição política, genocídios.
São tantas cabeças neste negócio, que lembram a frase do General francês Massu, comadante dos paraquedistas franceses na guerra da Argélia: "Os comunistas são como tênias. Não basta cortar a cabeça, que a tênia se reproduz..."
Arlindo Montenegro é apicultor.
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