quinta-feira, 3 de outubro de 2013



No dia em que a Petrobrás completa 60 anos, sindicalistas fazem paralisação e prometem greve na véspera do leilão do Campo de Libra

03 de outubro de 2013 | 11h 57

Wellington Bahnemann - Agência Estado
RIO - Em meio às comemorações dos 60 anos da Petrobrás, os trabalhadores da estatal paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, 3, por 24 horas. O objetivo é protestar contra a realização dos leilões de petróleo e gás, especialmente o do Campo de Libra; contra o projeto de lei 4330/04, que regulamenta a terceirização dos contratos de trabalho, e o impasse nas negociações sobre o acordo coletivo 2013/2014. "Essa é uma greve de advertência", afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Moraes.
O objetivo da paralisação não é afetar a atividade operacional da Petrobrás. Nesse sentido, Moraes explicou que os trabalhadores do turno da noite não foram rendidos pela manhã nem serão substituídos no período da tarde. "A produção não foi paralisada. Mas, se houver problema em algum equipamento, não faremos a manutenção", explicou o sindicalista.
Segundo as informações da FUP, trabalhadores das áreas de exploração e produção, refino e logística no Amazonas, Rio Grande Norte, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro interromperam as suas atividades. Na Bacia de Campos, no Norte fluminense, funcionários de 35 plataformas estão parados neste momento, sem executar ou acompanhar as permissões de trabalho.
Na próxima semana, o conselho deliberativo da FUP irá se reunir para discutir se uma nova uma paralisação será realizada dia 17, quatro dias antes do leilão do campo de Libra, marcado para 21. Nessa reunião, a entidade irá avaliar os avanços nas negociações sobre o acordo coletivo 2013/2014, cuja data-base da categoria é 1º de setembro. Na próxima semana, a Petrobrás ficou de retomar as discussões com os sindicalistas.
Embora não esteja acertado, já que depende de decisão do conselho deliberativo, Moraes reconheceu que uma nova greve no dia 17 é uma "hipótese muito concreta". Além da greve, as lideranças do FUP estão acampadas em frente ao Congresso Nacional, promovendo um debate sobre as reivindicações da categoria.

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