quinta-feira, 20 de junho de 2013

Engarrafamento de pessoas no Centro do Recife por um Brasil melhor





Publicado em 20.06.2013, às 17h21


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Milhares de pessoas foram às ruas no Centro do Recife
Foto: Fábio Jardelino/JC Imagem

Luiza FreitasDo NE10
Tarde de quinta-feira no Centro do Recife. Avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista paradas. Muito trânsito. Engarrafamento de gente. Mesmo tendo seu primeiro grande protesto marcado uma semana depois do início das manifestações de outras cidades do País, o Recife atendeu o chamado. Cerca de 50 mil pessoas encheram as principais avenidas da cidade com seus gritos, cartazes e pedidos.

Fotos: Inês Calado/NE10
Antes de chegar à Praça do Derby, local de concentração dos manifestantes, a Conde da Boa Vista provocou um estranhamento aos que passavam. Um dos maiores pontos comerciais e principal corredor de ônibus da cidade estava com as portas fechadas, sem automóveis, sem barulho de motor ou buzina.
Enquanto a maioria seguia em pequenos grupos de 10 a 15 pessoas pelo asfalto, outras sentavam no batente das lojas. A avenida movimentada parou para servir de ponto de encontro. Por volta das 15h já se formavam correntes maiores de gente, que seguiam em direção à Praça do Derby entoando o Hino Nacional ou palavras de ordem.
Sentado no meio-feio, Antoniel de Luna, de 66 anos, assistia a jovens com caras pintadas de verde e amarelo bradando "Patria? Brasil!". Viúvo, com seis filhos e 14 netos, o aposentado foi só à manifestação para lembrar de outras tantas que participou durante a Ditadura Militar. "Eu vim pela mesma razão que todo mundo veio. Quero uma saúde melhor, uma educação melhor, igualdade", justificou.
Pontualmente às 16h os fogos anunciaram à multidão sem fim a saída da praça em direção ao Marco Zero. Outros tantos permaneceram na concentração esperando amigos e parentes para reforçar a massa. Foi o caso de um grupo que descansava sentado no asfalto da Agamenon.
Todos saíram da casa de Luísa Perman, 23, em Boa Viagem. "A gente tá por tudo. Queremos mostrar que o povo não é apático, que a gente pode ir às ruas", a bacharel em hotelaria. Os recifenses não só saíram, mas lotaram elas.

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