domingo, 23 de junho de 2013

Dilma Rousseff ainda pode preservar seu mandato






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas

Há algum tempo escrevi que o mínimo de competência exigido do gestor no mais alto nível de uma empresa é que tenha competência para usar a competência dos que o cercam, aí incluída a de saber escolhê-los.

Fazendo uma analogia com a administração do Estado Brasileiro, cheguei à conclusão de que ainda há possibilidade de que a Presidente venha a manter-se no cargo de "Gerente Geral da Nação”, apesar das avassaladoras manifestações das ruas contra o desgoverno que herdou e adotou.

Para isto teria que tomar três atitudes que, embora árduas para si, são indispensáveis para permitir-lhe, pelo menos, concluir com dignidade a sua “gestão”.

Em primeiro lugar ela teria que cortar, definitivamente, o cordão umbilical que a liga a seu mentor, o senhor Lula da Silva, cuja capacidade de liderança, embora incontestável, não inclui a prática da honestidade em nenhuma das suas variáveis, em particular a de propósitos, haja vista as evidências da gestão fraudulenta que caracterizou sua passagem pelo cargo máximo da nação, sempre acobertada pelo discurso populista e pelas ações demagógicas.
Boa gestão e corrupção são atividades antagônicas!!

A este rompimento, acompanhado de um pedido de desculpas pela conivência por omissão, deveria seguir-se seu desligamento do Partido dos Trabalhadores. Isto lhe permitiria a escolha de Ministros honestos e de especialistas capazes para os demais escalões, completamente diferentes dos que hoje aparelham o Estado, livrando-o, assim, das amarras à incompetência, à desonestidade e aos interesses pessoais que se colocam, invariavelmente, antes dos nacionais!

Agindo dessa forma, a Presidente criaria condições para, pelo menos, governar o país em direção a um futuro que os demagogos, os incompetentes, os populistas e os corruptos que a cercam não têm qualquer interesse em ver chegar e concluiria com um mínimo de decência o seu mandato.

Agrego a essas atitudes uma outra que considero fundamental para salvar a imagem da Presidente: a abertura dos arquivos de equívocos que cometeu como militante de esquerda na luta armada, a exemplo do que muitos de seus antigos companheiros já fizeram, como é o caso do ex-Deputado Fernando Gabeira. Seria uma forma de reconciliação do seu passado com o presente, visando à criação de uma verdadeira unidade nacional em base de franqueza e honestidade.

Resumindo, ainda acredito na vontade da Presidente e acredito que ela possa levar a bom termo o seu mandato, bastando para isto que rompa definitivamente com o PT e seu líder maior, que retire dos postos e cargos da máquina pública todos os representantes, filiados e apaniguados desse partido e de seus líderes - bandidos conhecidos, reconhecidos, julgados e condenados, que escolha e nomeie novos ministros, assessores, técnicos e dirigentes, todos comprometidos com o bem comum e não com o próprio bem, e que faça, humilde, honesta e francamente, o reconhecimento dos erros e enganos que cometeu no passado e no presente.

Para que estas simples mudanças ocorram basta-lhe buscar, em algum canto da sua forte personalidade, o ingrediente básico da liderança, a humildade!


Paulo  Chagas, General de Divisão na reserva, é cidadão brasileiro, eleitor, crente no poder das ruas e não no da baderna!

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