quinta-feira, 20 de junho de 2013

Aécio, Campos e Marina firmam pacto contra o PT




Prováveis candidatos na disputa presidencial de 2014 se unem para atrasar votação no Senado de proposta que dificulta criação de novos partidos

Montagem Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva
Possíveis candidatos trocam telefonemas todas as semanas (Marcelo Camargo/Folhapress e Charles Silva Duarte/O Tempo/AE/Ivan Pacheco)
Prováveis candidatos de oposição na disputa presidencial de 2014, os presidentes do PSDB, senador Aécio Neves (MG), do PSB, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva uniram esforços contra um adversário comum, o PT. Eles mantém conversas sobre uma estratégia única de atuação. O diálogo se intensificou desde que a Câmara dos Deputados votou e aprovou em regime de urgência, em abril, o projeto de lei que cria obstáculos ao acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda política na TV - considerados essenciais para um bom desempenho eleitoral.
A ideia comum ao trio é atrasar a votação no Senado até outubro, quando o projeto de lei, mesmo aprovado, não valeria para 2014. De acordo com informações de auxiliares dos três, eles conversam por telefone pelo menos uma vez por semana e pregam a união entre si.

Leia também:
STF deve manter projeto que sufoca novos partidos
Maquiavel: Rede e PPS reagem a restrição de novos partidosMarina Silva lança seu partido "sem respostas"
"Pensaram que iam nos dividir. Mas nós nos unimos", disse Aécio, que se encontrará na segunda-feira com Eduardo Campos, no Recife. A reunião entre os dois está sendo comemorada como um marco nas relações entre os prováveis candidatos, pois ocorrerá no Palácio das Princesas, sede do governo de Pernambuco. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado no mensalão, tenta um encontro com o governador de Pernambuco há meses para tentar convencê-lo a não ser candidato em 2014. Ainda não conseguiu.
Supremo -  Por intervenção da Justiça, Aécio, Campos e Marina já conseguiram ganhar quase um mês e meio de prazo. Ação do líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg (DF), levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a suspender liminarmente no dia 24 de abril a votação da proposta pelos senadores. Na semana passada, o STF começou a votar o mérito da ação, suspendendo a sessão quando o placar estava em 5 a 4 pela autorização para que o Senado possa votar o projeto. Mas os ministros sinalizaram que o texto, apoiado pelo Palácio do Planalto para beneficiar a presidente Dilma Rousseff, é inconstitucional.
(Com Estadão Conteúdo)

Os interesses em jogo no projeto sobre novos partidos

1 de 6

Dilma Rousseff: quanto menos adversários, melhor

Lançada candidata à reeleição pelo ex-presidente Lula, Dilma Rousseff determinou que sua base na Câmara dos Deputados aprovasse com urgência o projeto de lei que sufoca a criação de novos partidos políticos. A presidente quer aniquilar as chances de criação de novas siglas para evitar que as legendas deem apoio ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à presidência da República pelo PSB. As articulações também afetam diretamente a ex-senadora Marina Silva, que trabalha na coleta de assinaturas para a criação da Rede Sustentabilidade de olho na sucessão de Dilma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário