domingo, 7 de abril de 2013

Xi Jinping diz que nenhum país tem o direito de precipitar a Ásia no caos


'Devemos atuar de maneira coordenada', diz presidente chinês.
Declaração foi dado no momento em que as Coreias passam por tensões.

Do G1, em São Paulo
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Presidente chinês Xi Jinping fala durante a cerimônia de abertura do Fórum Anual de Boao, neste domingo (7) (Foto: Reuters)Presidente chinês Xi Jinping fala durante a
cerimônia de abertura do Fórum Anual de Boao,
neste domingo (7) (Foto: Reuters)
Nenhum país tem o direito de precipitar a Ásia no caos, afirmou neste domingo (7) o presidente chinês Xi Jinping, no momento em que a península coreana passa por graves tensões.
"Ninguém deveria estar autorizado a precipitar o caos numa região, e com mais razão ainda o mundo inteiro, por egoísmo", declarou Xi, sem citar a Coreia do Norte nem mencionar a disputa marítima entre China e Japão, segundo a France Presse
"Devemos atuar de maneira coordenada para resolver as grandes dificuldades, para garantir a estabilidade na Ásia, região que enfrenta novos desafios, quando surgirem temas sensíveis e ameaças à segurança tradicionais e não tradicionais", disse.
Em um discurso para vários chefes de Estado e de Governo no Fórum Econômico anual de Boao, na ilha meridional de Hainan, Xi pediu à comunidade internacional a defesa de uma "visão para uma segurança global, comum e cooperativa".
China, aliada de Pyongyang, tem mostrado crescente irritação com as ameaças de guerra nuclear da Coreia do Norte, segundo a Reuters.
A Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, tem ameaçado entrar em guerra com os Estados Unidos e a Coreia do Sul, aliada norte-americana, desde que as Nações Unidas impuseram sanções aos norte-coreanos por conta de testes com armas nucleares.
O ministro do Exterior da China, Wang Yi, num comunicado divulgado no sábado (6) sobre uma conversa telefônica com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou frustração similiar .
mapa coreias 05.04 (Foto: Arte/G1)
Neste domingo, o ministro manifestou "séria preocupação" com a tensão na península e disse que a China pediu a Pyongyang para que "assegure a segurança dos diplomatas chineses de acordo com as normas internacionais".
Alemanha
Também neste domingo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que a Coreia do Norte deve garantir a segurança das embaixadas em seu território sem impor uma data limite - o que seria "inaceitável".
O ministro alemão "reiterou que uma data limite depois da qual a Coreia do Norte deixaria de garantir a segurança das embaixadas é inaceitável', afirma o ministério em um comunicado, depois de uma conversa por telefone com o enviado de Berlim em Pyongyang.
"Há regras claras no direito internacional, e a Coreia do Norte também deve cumprir. Que a Coreia do Norte aumente a tensão é irresponsável e constitui uma ameaça real para a paz e a segurança na região", completou.
O ministro alemão reiterou, no entanto, que, no momento, sua embaixada em Pyongyang continua trabalhando normalmente.
Embaixadas
A embaixada do Brasil em Pyongyang recebeu, ainda na sexta, um comunicado do governo local instruindo as representações diplomáticas a informarem sobre a necessidade de apoio logístico para a saída de seus funcionários do país, em meio ao crescimento da tensão militar entre Coreia do Norte e Estados Unidos.
Segundo o Itamaraty, nenhuma decisão sobre a permanência ou não dos funcionários brasileiros na Coreia do Norte foi tomada até o fim da noie desta sexta, mas o assunto era estudado.
O Itamaraty informou ter o conhecimento da presença de apenas seis brasileiros na Coreia do Norte atualmente. Dois são funcionários da embaixada – o embaixador Roberto Colin e um funcionário administrativo. Também estão no país a mulher e o filho de Colin. Os outros dois brasileiros são a mulher e o filho do embaixador da Palestina na Coreia do Norte.

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