A proposta apresenta pelo deputado Henrique Fontana prevê o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais e a eleição pelo sistema de listas flexíveis, pelas quais candidatos mais votados individualmente poderão ser eleitos mesmo não estando no topo da lista indicada pelo partido. Está previsto ainda o fim das coligações eleitorais nas eleições proporcionais, com sua substituição pela federação partidária. Há ainda a proposta de coincidência das eleições.
O PPS, explica Rubens Bueno, defende o financiamento público e até aceitaria o fim das coligações, desde que fosse acatada a sugestão do partido com relação às sobras de votos. Pela proposta, apresentada pelo deputado Arnaldo Jordy (PA), as sobras seriam divididas entre todos os partidos que disputam a eleição. Hoje, um partido que não alcançou por mil votos o coeficiente eleitoral não recebe essas sobras e deixa de eleger um representante para o Parlamento. Com a mudança, se a parte que lhe couber da divisão superar mil votos, ele passaria a garantir um eleito. No entanto, a sugestão, inicialmente acatada pelo relator da reforma, foi agora relegada.
Rubens lembrou ainda que o PPS apresentou sua proposta de reforma política a todos os partidos, aos presidentes da Câmara, do Senado, do STF, do TSE e da OAB. Os principais pontos defendidos pela legenda são o voto distrital misto uninominal com lista partidária; segundo turno em municípios com mais de 50 mil eleitores; proibição de manter o mandato ao assumir cargos no Executivo; nova divisão das sobras de votos; candidatura avulsa; parlamentarismo ; financiamento público de campanha; fim da reeleição; fim das coligações na eleição proporcional; fim da fixação do prazo de filiação para disputa de eleição e mudança no sistema de suplência de senador.
“Nós apresentamos uma proposta completa. Agora, querem colocar em votação um remendo que passa longe de uma verdadeira reforma. Não vamos aceitar”, finalizou o líder do PPS.
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