quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SP: foragido é preso com bilhete explicando morte de PM à facção


28 de novembro de 2012  12h14
Ao averiguar a casa do foragido, diversos documentos foram encontrados. Foto: Deic/Divulgação
Ao averiguar a casa do foragido, diversos documentos foram encontrados
Foto: Deic/Divulgação
Ao prender um homem por uso de documento falso, na terça-feira, agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) encontraram um bilhete em que ele justificava a morte de um soldado. Cícero Júlio Machado Lopes, o Juninho, 36 anos, foi preso em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, ao apresentar aos policiais uma certidão de nascimento com outro nome.
A polícia acredita que integrantes de uma facção criminosa estariam produzindo relatórios informando às lideranças sobre os motivos das execuções de policiais. Juninho é apontado pela polícia como "Torre", que significa que ele gerenciava atividades criminosas na região. O texto encontrado, com data de 9 de julho, dizia: "Essa situação só ocorreu por o mesmo (pm) ter se aprezentado (sic) como polícia."
Segundo o delegado Sérgio Alves, titular da 4ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes contra Seguros (Divecar), Juninho estava foragido desde maio, quando saiu do presídio de Valparaiso. "Cumpria pena por tráfico de drogas. Recebeu direito de sair da cadeia no dia das Mães. Aproveitou o benefício para matar o policial e fugir", disse Alves.
A equipe da 4ª Divecar realizava apurações em Itaquaquecetuba e recebeu informações sobre o fugitivo. Os policiais encontraram Juninho na avenida presidente Tancredo Neves, no bairro Estação. Ao averiguar a casa do foragido, diversos documentos foram encontrados. "Contabilidade do tráfico, comunicados (salves) dos chefes da facção e o relatório explicando os motivos da execução do Pm", comentou o delegado Sérgio Alves.
Alves explicou que o foragido foi autuado em flagrante por uso de documento falso. "Ele apresentou uma certidão de nascimento com outro nome. Inclusive se vangloriou de ter sido liberado durante uma abordagem anterior utilizando o mesmo papel", revelou o delegado.
Onda de violência
Desde o início do ano, ao menos 94 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 19 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital foram registrados 1.135 casos de homicídios dolosos entre janeiro e outubro, mais do que todo o ano de 2011. O mês de outubro foi o mais violento dos dois últimos anos na cidade, com 176 mortos. Em todo o Estado, foram 4.007 casos registrados desde janeiro.
Terra

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