Fidel 'Paredon' Castro |
13 de abril de 2010 | ||
RIO - Em 1958, eu era estudante de Direito. Nossa turma, formada por pessoas que viriam mais tarde a destacar-se como Sydney Sanches, Márcio Tomás Bastos e Claudio Lembo no regime aberto e descontraído do presidente Juscelino Kubitschek, ora se dedicava, fora os assuntos curriculares, à literatura, ora aos temas políticos . Entre nossos contemporâneos , estavam Lygia Fagundes Telles, Paulo Bonfim, Mário Chamie, Ivete Senise Ferreira, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Dalmo Florence, Dalmo Dallari e outros que participavam também das diversas vertentes de atividades acadêmicas no Largo de São Francisco. Lembro-me, também, de que o meu grupo em particular, prezando profundamente, como futuros advogados, a liberdade e o direito de defesa, sentia-se, naqueles tempos, violentado diariamente pelas notícias sobre o regime de Fidel Castro, especialmente os famosos paredóns, para os quais os adversários políticos do governo cubano eram enviados para fuzilamento, sem defesa. Nós o apelidávamos de Fidel Paredón Castro e o tínhamos por genocida. No último dia 21 de março, a Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre os paredóns . A dúvida colocada é se teriam sido apenas 3.820 os fuzilamentos (números oficiais) ou 17.000, segundo O livro negro do Comunismo, escrito em 1998 por um colegiado de acadêmicos franceses, incluídos nesse número os que foram fuzilados depois de 1958. Infelizmente, a perseguição a opositores e os 100 mil prisioneiros políticos mencionados no referido livro, ou os 20 mil mencionados por Fidel, em entrevista a revista Playboy americana , em 1967, demonstram que a tirania cubana é , ainda, uma das maiores máculas da política latino-americana, que, bem ou mal, procura os caminhos da democracia. | ||
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