O Brasil de
hoje é um país onde as leis não são cumpridas, onde a Constituição Federal é
desrespeitada o tempo todo e ninguém se importa com o fato. Um estado que não
respeita as leis e faz pouco caso da sua constituição não pode ser chamado de
nação, pois perdeu sua legitimidade. A atual governante, Dilma Rousseff (PT),
vem se mantendo no cargo por conta de um expediente criminoso já que existem
fatos comprovados do seu envolvimento com o “propinoduto” na Petrobras. As
investigações da Operação Lava-Jato deixaram explícita a sua participação nesse
crime. Nessa terça-feira, 17, o Instituto Datafolha de Pesquisas, apresentou o
resultado de uma pesquisa recente que deu a nota sobre o governo dessa senhora:
3,7, com uma rejeição de 62%. Notem que esse percentual está apenas 6% abaixo
da rejeição a Fernando Collor de Mello, um mês antes de sua cassação, cujo
índice atingiu os 68%. É bom que se relembre aqui que a cassação de Collor se
deu por conta de um desvio de recursos da verba de campanha que, se comparado
ao rombo na Petrobras, se tornará uma piada. Os valores se multiplicaram não
através de uma operação aritmética, mas numa progressão geométrica monstruosa
capaz de quebrar um país de pequena economia como, por exemplo, a Bolívia. Se
para Collor houve motivos suficientes para a sua cassação baseada numa quantia
relevante, para a cassação de Dilma Rousseff houve muito mais e não só pela
quantia surrupiada dos cofres da Petrobras, porque tanto faz um valor pequeno
quanto outro muito maior. O importante é a existência do ilícito praticado por
uma entidade pública. Ela era a presidente (ou como ela gosta de ser titulada:
presidenta) do Conselho de Acionistas da Petrobras, à época dos desvios de
recursos da estatal brasileira do petróleo.
Apesar dos
últimos acontecimentos, onde o povo se mostrou extremamente revoltado com o
status quo no Brasil, parece que o governo federal não levou muito a sério as
exigências populares em suas manifestações nas ruas do País, no último domingo,
15, que, só em São Paulo, 1 milhão de protestantes superlotaram a Av. Paulista
e todas as ruas transversais à essa. A resposta cínica e pouco séria da
Presidência da República foi referir-se a uma suposta reforma política a ser
feita pelos petistas em benefício deles mesmos. Não se pode levar a sério um
governo como esse.
Nessa
segunda, 16 de março de 2015, a procuradoria federal denunciou o tesoureiro nacional
do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, como o operador do
“propinoduto” da Petrobras, tendo, segundo a denúncia da procuradoria da
República, arrecadado fraudulentamente R$ 200 milhões para as campanhas
políticas de sua quadrilha. Isso significa que todas as campanhas enquadradas nesse
período estão sujeitas a serem vasculhadas
e, caso sejam encontradas evidências de benefícios por conta dessas
verbas, todos os eleitos do PT e aliados que estejam no desempenho de seus
cargos terão que ser cassados e presos. Ninguém pode se beneficiar de dinheiro
ilícito para ganhar uma eleição. É a Lei, e a lei deve ser cumprida!
Analisando
detidamente as circunstâncias pelas quais o PMDB não move uma palha para que a
presidente Dilma Rousseff seja cassada, vamos encontrar um óbice que determina
essa sua omissão. Trata-se do incômodo papel que desempenharia Michel Temer, no
caso de o vice-presidente ter que assumir o cargo vago de presidente da
República. E qual seria esse incômodo?
Ora, todos sabem, até os mais tolinhos, que quem assumir o lugar sujo de Dilma
Rousseff, nas atuais circunstâncias, estará no fio de uma imensa navalha. As
contas do governo federal não fecham, tanto que a própria Dilma apelou para um
vexame fiscal criminoso no Congresso Nacional, ao fazer o conchavo que evitou
seu impeachment por causa de crime por ela cometido contra a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Se Michel Temer assumir o lugar infecto da petista
estará herdando todos os seus enormes problemas. Do baixo índice de crescimento
da economia ao desmantelo fiscal existente nas contas do governo. O inchamento
da máquina pública nos governos petistas é uma aberração jamais vista em algum
lugar do mundo. A despesa com a folha de pagamentos do governo federal é algo
inimaginável. Desde os seus quase 40 ministérios (muitos deles inócuos) aos mais
de 350 mil “cumpanhêros” embutidos em todos os nichos da administração pública
federal fazem do Brasil um cabide de empregos de parasitas imprestáveis que apenas
consomem verbas públicas, dando, em contrapartida, absolutamente nada aos contribuintes que sustentam essa
pouca vergonha com os impostos extorsivos que pagam trabalhando 147 dias ao ano
apenas para essa finalidade. Com a impopularidade do PT, seu aliado de primeira
hora, assumir o governo agora seria suicídio político para Temer e sua
quadrilha, o PMDB. Por essa razão, ninguém de mínima inteligência se arriscaria
a dizer que o PMDB tenha interesse na deposição de Dilma Rousseff. Nesses
termos, que o Brasil se lasque, segundo o pensamento deles. Para que isso tenha
um epílogo satisfatório, a população brasileira precisa continuar protestando e
levando às ruas cada vez mais gente até que uma paralisação total do País seja
factível e deixe às claras para essa sífilis maldita que não estamos para
brincadeira. Só que, para uma eficiente paralisação do Brasil, seria necessário
que os empresários, braço forte do desenvolvimento, aderissem em peso às
manifestações nesse sentido. Aí, sim, o resultado seria inexoravelmente a
deposição dessa incompetente do cargo de Presidente da República, por alta
incompetência administrativa e prevaricação no desempenho do cargo à ela
confiada por 53 milhões supostos eleitores.
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