sábado, 28 de março de 2015

UM BRASIL ANARQUIZADO







L. Teles Bezerra

Uma nação que se preze não pode ignorar os ditames de suas próprias leis. A legislação de uma nação é a sua base social escrita para que a ordem seja mantida, sob pena de se tornar uma sociedade anárquica e criminosa. O que está ocorrendo atualmente no Brasil é um exemplo claro da falta de vergonha e de consciência cívica por parte de algumas autoridades, que se assemelham muito a criminosos comuns ao não respeitarem as Leis em vigor nesse humilhado País.
O que vemos estampado numa manchete de O Estado de São Paulo, no dia  25 de março de 2015, quarta, onde se lê: “JUSTIÇA LIBERTA SETE IRAQUIANOS E SÍRIOS PRESOS COM PASSAPORTE FALSOS EM CUMBICA” (

Justiça liberta sete iraquianos e sírios presos com ... - Política)

é um flagrante achincalhe aos mais comezinhos princípios legislativos em qualquer parte do mundo civilizado e responsável. Os estrangeiros entraram ilegalmente no Brasil portando documentos falsos, foram denunciados e presos em flagrante delito pela Polícia Federal e um juiz federal entendeu que eles são pessoas oprimidas em seus países de origem e por isso tem o direito de serem amparados, mesmo sendo criminosos flagrantes. Ora, senhor juiz, quem me garante que esses elementos não sejam membros de alguma organização terrorista que transitam por aqui para esquentarem seus passaportes e depois cometerem atentados em outros países? Onde e quando V. Exa. obteve a certeza de que essas pessoas - que poderiam pedir asilo ao Brasil normalmente através de algum consulado ou representação oficial brasileira, se permitem ingressar clandestinamente em território nacional portando documentos falsos sem qualquer risco para a nossa segurança? Qual é o papel de um magistrado senão o de fazer cumprir rigorosamente a Lei sem ter complacência com quem que seja? Todos os viajantes oriundos do oriente Médio e arredores deveriam ser tratados como pessoas sob alta suspeição. Mas, no Brasil dos petralhas não o são e assim vamos colecionando um ajuntamento perigosíssimo de sírios, iraquianos, afegãos, paquistaneses, etc. em nosso próprio território como se nenhum risco corrêssemos.

É de assustar que um magistrado de uma vara federal cometa tal sandice em nome dos direitos humanos, não levando em consideração que não houve sequer uma primária investigação sobre a vida pregressa desses sete elementos. Ninguém garante coisa nenhuma sobre esses estrangeiros, mesmo assim sua excelência deixa nas ruas de São Paulo, a seu bel prazer, quase uma dezena de criminosos presos em flagrante pelo Serviço de Inteligência da Polícia Federal, com documentos falsificados. É como se a nossa PF de nada valesse. Não se sabe porque existe tanto rigor para que um cidadão nacional possa fazer uma simples viagem doméstica e um bando de alienígenas criminosos é tratado como pessoas sem qualquer suspeita. Que diabo de justiça federal é essa que temos nesse miserável País?

quinta-feira, 26 de março de 2015

OS ESPECIALISTAS









L. Teles Bezerra




No mundo inteiro, as pessoas estudam para terem uma profissão definida na vida. Outras estudam para serem vadias e vigaristas e ainda assim se tornarem tão ricas -- roubando o dinheiro público -- quanto àquelas que batalharam duramente sua vida inteira por algo tão sonhado. Estamos assistindo todos os dias manchetes nos jornais sobre um petista ou outro que recebeu uma determinada quantia (nunca menos de um milhão de reais) por “consultorias” feitas. Isso começou com Antonio Palocci, depois veio Fernando Pimentel, atual governador de Minas, e agora estamos sabendo que o “doutor” em roubalheira e já condenado pelo STF, o bandido José Dirceu, chefe do Mensalão, recebeu a bagatela de R$ 29 milhões, também, por consultorias prestadas. Alguém pode me informar em qual especialidade esse gigolô se formou? Ao que se alega, ele tem um curso vagabundo de direito, que não se sabe se terminou
devido às suas atividades subversivas nas décadas de 60 e 70. Como de praxe, os petistas e esquerdopatas em geral, são formados de araque pela UNICAMP. Vejam os casos escandalosos de Aloísio Mercadante e Dilma Rousseff, além da badalada e anunciada “especialização” fajuta em epidemiologia de Alexandre Padilha, já devidamente desmentida. Casos específicos como esses já servem para ilustrar e dar explicações de como é possível um pilantra se dar bem alegando estar prestando “consultorias” a empresas beneficiadas por alguma “licitação” também urdida na calada da noite pela mesma súcia. Para essa reca de marginais do PT, tudo se resolve na conversa mole da embromação, pois sabem que ninguém os contestará e tudo ficará por isso mesmo. O Ministério Público Federal tem do que se ater com essa estapafúrdia declaração de que um celerado como José Dirceu é um especialista em consultorias, só não se sabe de que tipo.

Por causa dessas “especialidades” grotescas é que estamos assistindo a derrocada de uma das maiores empresas de petróleo do mundo, a Petrobras, que se encontra em pandarecos em meio à roubalheira de um punhado de petistas desavergonhados que não entendem de nada além de roubo e apropriação indébita.  Em 2002, 54 milhões de imbecis entregaram de mão beijada um País organizado, com suas contas em dia, a um pilantra semianalfabeto cuja “especialidade” era a vigarice simples e a chantagem, que fazia contra as montadoras do ABC paulista, ameaçando-as de entrar em greve para auferir montes de dinheiro nas décadas de 70 e 80. Lula nunca leu um gibi na vida, mas uma população do tamanho da argentina votou nele para o cargo mais proeminente da República Federativa do Brasil. Com essa fantástica proeza, ele se viu agraciado com todos os poderes para fazer o que bem lhe aprouvesse e assim o fez. Tratou de se acercar dos seus “melhores” assessores, entre os quais o “doutor” José Dirceu, cardeal primaz da igreja petista para todos os tipos de falcatruas imagináveis e mais uma ou duas centenas de hienas famintas. Eles jamais pararam de trabalhar depois da entronização de Lula na presidência da república. Não que eles estivessem dedicados a melhorar a vida do povo que lhes deu o aval para governar a Nação, mas imbuídos da missão de arrebentar a tudo e a todos para ficarem bilionários, não em reais, mas em dólares como estão. Em sua senda de banditismo, mataram, sequestraram, torturaram e prepararam toda a plataforma de poder absoluto, que um dia, em conluio com Fidel Castro e Hugo Chávez, planejaram na fundação do Foro de São Paulo para lançar o Brasil de cabeça pra baixo. As “especializações” continuaram sempre a dar seus amargos frutos por toda parte. Já temos dois escândalos monstruosos entre os mais de 200 já perpetrados por essa canalha imunda e ainda não vão parar por aí. Calcula-se que o escândalo dos empréstimos indecorosos feitos pelo BNDES, para países africanos e latino- americanos supere em mais de 200 vezes o Mensalão e em mais de 10 vezes o Petrolão. Tudo graças à uma “especialista” em gestão pública de nome Dilma Vana Rousseff. Essa “doutora” fajuta -- que nunca obteve algo além de um bacharelato mal terminado em economia, na famigerada UNICAMP, já tinha em seu currículo a falência quase impossível de uma pequena loja de R$ 1,99 na capital gaúcha. Mesmo assim foi elevada ao cargo de presidente do Conselho de Acionistas da Petrobras, ocasião em que foi praticado o maior assalto aos cofres daquela empresa. Pois bem, depois dessas peripécias custosas aos cofres públicos, ainda se encontra na presidência do Brasil, a mesma pantomima que ajudou, com suas concordâncias criminosas, na compra da sucateada refinaria de Pasadena nos EUA, cujo prejuízo ao Brasil foi de US$ 1,2 bilhão. Quando será que a classe política brasileira e a Justiça olharão de frente para esse problema e darão um  basta em tanta safadeza? Ventila-se que o PMDB está pensando em tomar o cetro da dondoca, caso as manifestações do próximo dia 12 de abril sejam mais numerosas do que as do dia 15 último. Esperar não mata ninguém. Esperemos, então, e vejamos se “eles” terão essa ousadia toda.

Aí estão as “especialidades” dos petistas. Cada uma pior do que a outra.

quarta-feira, 18 de março de 2015

PORQUE TEMER NÃO QUER A VAGA DE DILMA


O Brasil de hoje é um país onde as leis não são cumpridas, onde a Constituição Federal é desrespeitada o tempo todo e ninguém se importa com o fato. Um estado que não respeita as leis e faz pouco caso da sua constituição não pode ser chamado de nação, pois perdeu sua legitimidade. A atual governante, Dilma Rousseff (PT), vem se mantendo no cargo por conta de um expediente criminoso já que existem fatos comprovados do seu envolvimento com o “propinoduto” na Petrobras. As investigações da Operação Lava-Jato deixaram explícita a sua participação nesse crime. Nessa terça-feira, 17, o Instituto Datafolha de Pesquisas, apresentou o resultado de uma pesquisa recente que deu a nota sobre o governo dessa senhora: 3,7, com uma rejeição de 62%. Notem que esse percentual está apenas 6% abaixo da rejeição a Fernando Collor de Mello, um mês antes de sua cassação, cujo índice atingiu os 68%. É bom que se relembre aqui que a cassação de Collor se deu por conta de um desvio de recursos da verba de campanha que, se comparado ao rombo na Petrobras, se tornará uma piada. Os valores se multiplicaram não através de uma operação aritmética, mas numa progressão geométrica monstruosa capaz de quebrar um país de pequena economia como, por exemplo, a Bolívia. Se para Collor houve motivos suficientes para a sua cassação baseada numa quantia relevante, para a cassação de Dilma Rousseff houve muito mais e não só pela quantia surrupiada dos cofres da Petrobras, porque tanto faz um valor pequeno quanto outro muito maior. O importante é a existência do ilícito praticado por uma entidade pública. Ela era a presidente (ou como ela gosta de ser titulada: presidenta) do Conselho de Acionistas da Petrobras, à época dos desvios de recursos da estatal brasileira do petróleo.
Apesar dos últimos acontecimentos, onde o povo se mostrou extremamente revoltado com o status quo no Brasil, parece que o governo federal não levou muito a sério as exigências populares em suas manifestações nas ruas do País, no último domingo, 15, que, só em São Paulo, 1 milhão de protestantes superlotaram a Av. Paulista e todas as ruas transversais à essa. A resposta cínica e pouco séria da Presidência da República foi referir-se a uma suposta reforma política a ser feita pelos petistas em benefício deles mesmos. Não se pode levar a sério um governo como esse.
Nessa segunda, 16 de março de 2015, a procuradoria federal denunciou o tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, como o operador do “propinoduto” da Petrobras, tendo, segundo a denúncia da procuradoria da República, arrecadado fraudulentamente R$ 200 milhões para as campanhas políticas de sua quadrilha. Isso significa que todas as campanhas enquadradas nesse período estão sujeitas a serem vasculhadas  e, caso sejam encontradas evidências de benefícios por conta dessas verbas, todos os eleitos do PT e aliados que estejam no desempenho de seus cargos terão que ser cassados e presos. Ninguém pode se beneficiar de dinheiro ilícito para ganhar uma eleição. É a Lei, e a lei deve ser cumprida!

Analisando detidamente as circunstâncias pelas quais o PMDB não move uma palha para que a presidente Dilma Rousseff seja cassada, vamos encontrar um óbice que determina essa sua omissão. Trata-se do incômodo papel que desempenharia Michel Temer, no caso de o vice-presidente ter que assumir o cargo vago de presidente da República.  E qual seria esse incômodo? Ora, todos sabem, até os mais tolinhos, que quem assumir o lugar sujo de Dilma Rousseff, nas atuais circunstâncias, estará no fio de uma imensa navalha. As contas do governo federal não fecham, tanto que a própria Dilma apelou para um vexame fiscal criminoso no Congresso Nacional, ao fazer o conchavo que evitou seu impeachment por causa de crime por ela cometido contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Se Michel Temer assumir o lugar infecto da petista estará herdando todos os seus enormes problemas. Do baixo índice de crescimento da economia ao desmantelo fiscal existente nas contas do governo. O inchamento da máquina pública nos governos petistas é uma aberração jamais vista em algum lugar do mundo. A despesa com a folha de pagamentos do governo federal é algo inimaginável. Desde os seus quase 40 ministérios (muitos deles inócuos) aos mais de 350 mil “cumpanhêros” embutidos em todos os nichos da administração pública federal fazem do Brasil um cabide de empregos de parasitas imprestáveis que apenas consomem verbas públicas, dando, em contrapartida, absolutamente  nada aos contribuintes que sustentam essa pouca vergonha com os impostos extorsivos que pagam trabalhando 147 dias ao ano apenas para essa finalidade. Com a impopularidade do PT, seu aliado de primeira hora, assumir o governo agora seria suicídio político para Temer e sua quadrilha, o PMDB. Por essa razão, ninguém de mínima inteligência se arriscaria a dizer que o PMDB tenha interesse na deposição de Dilma Rousseff. Nesses termos, que o Brasil se lasque, segundo o pensamento deles. Para que isso tenha um epílogo satisfatório, a população brasileira precisa continuar protestando e levando às ruas cada vez mais gente até que uma paralisação total do País seja factível e deixe às claras para essa sífilis maldita que não estamos para brincadeira. Só que, para uma eficiente paralisação do Brasil, seria necessário que os empresários, braço forte do desenvolvimento, aderissem em peso às manifestações nesse sentido. Aí, sim, o resultado seria inexoravelmente a deposição dessa incompetente do cargo de Presidente da República, por alta incompetência administrativa e prevaricação no desempenho do cargo à ela confiada por 53 milhões supostos eleitores.

terça-feira, 17 de março de 2015

Carta aberta a Juca Kfouri

Nota do blog: muitos leitores me cobraram uma resposta ao artigo do colunista de esportes Juca Kfouri sobre o “panelaço”. Não o fiz, pois não queria dar trela para militante petista que simula imparcialidade. Não vale a pena chafurdar na lama. Certas figuras não querem debater de fato, não estão abertas aos argumentos. Suspeito que muitos façam o que fazem a soldo do partido, inclusive. Dito isso, Kfouri merecia uma resposta, não diretamente a ele, pois está blindado contra a razão, mas para os leitores terem conhecimento de seu engodo. Ou seja, era necessário desmascará-lo sem dó nem piedade, como fez meu amigo Mauad nessa devastadora carta que vai abaixo. Até quando vamos aturar o monopólio das virtudes dessa gente? Até quando vamos fingir que eles falam realmente em nome dos mais pobres?
Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal
Prezado senhor,
O que me traz é um artigo de sua lavra, a mim enviado por um amigo petista que, coitado, tem-se agarrado a tudo que possa amenizar um pouco o imenso constrangimento por que tem passado depois de ajudar a eleger a sua “presidenta” para mais um mandato de 4 anos.
Não tenho qualquer pretensão de convencer este meu amigo do seu (dele) mau julgamento político, pois o infeliz se encontra absolutamente contaminado pelo que os americanos chamam de “partidarismo”.  Ele torce e defende o PT como quem torce e defende um clube de futebol, completamente cego a argumentos ou fatos que possam “contaminar” a sua (dele) paixão.
Tampouco pretendo convencê-lo de nada, Sr. Kfouri.  Minha intenção é tentar demonstrar aos demais que nos lêem o quanto seus argumentos e diatribes estão equivocados, bem como defender-me de algumas acusações que o senhor faz aos brasileiros em geral, e às elites, em particular.  Para tanto, separei alguns trechos do seu artigo (em vermelho) para comentar:
“Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado. Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.”
Fale por si, seu Juca.  Não generalize, por favor.  Não sei da sua vida, mas esse “nós, brasileiros” me é ofensivo.  Não sou nenhum santo que jamais avançou um sinal ou nunca andou em velocidade maior que a permitida, mas não sonego impostos, não compro DVDs piratas, não cuspo no chão e não votei nessa turma que o senhor elenca, assim como nunca votei no Lula ou na Dilma.
“O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção. Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade. Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca. Como eu sou”.
Em primeiro lugar, considero-me um membro da elite, sim, com muita honra.  Tive a sorte de poder estudar e formar-me em nível superior.  Leio mais de cinco livros por ano e minha renda é superior à média nacional.  Quanto a esse negócio de “elite branca”, trata-se de uma enorme bobagem, para não dizer de um clichê preconceituoso e boboca.  Ninguém deveria ser acusado ou cobrado por algo sobre o qual não tem qualquer ingerência.  Eu jamais o acusaria de ser feio, bonito, alto, baixo, branco preto, etc. São qualidades (ou defeitos, dependendo do ponto de vista), sobre os quais não podemos fazer nada.  Simplesmente, nascemos assim.  A propósito, tenho bons amigos negros que pensam muito parecido comigo.
O senhor diz que o panelaço não foi contra a corrupção.  Eu lhe digo que foi também contra a corrupção, mas foi principalmente uma reação das pessoas com algum senso moral ao imenso estelionato eleitoral de que o país foi vítima.  Durante meses escutamos a sua candidata repetir que, se o seu (dela) adversário vencesse, teríamos “tarifaço”, aumento de juros, tunga nos direitos trabalhistas, aumento de impostos, aumento dos combustíveis, etc. E o que tivemos depois que ela foi reeleita?  Tudo aquilo e mais um pouco. Ou seja: ela pode mentir e enganar as pessoas a vontade, e nós devemos permanecer quietos.  Certo?
Mas o panelaço foi também uma reação plenamente justificável aos atentados contra a nossa inteligência cometidos pela sua “presidenta” e seus marqueteiros.  Aquele negócio de dizer que a culpa pela corrupção generalizada do governo era do FHC, ou que a indizível roubalheira na Petrobrás só se tornou pública porque ela mandou apurar, é muita cara-de-pau.  Se o senhor gosta de ser chamado de idiota, é problema seu.  Mas não queira que todos tenhamos o mesmo (mau) gosto.
“Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse: “Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.”… Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.  Não é preocupação ou medo. É ódio. Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou. Continuou defendendo os pobres contra os ricos. O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.”
Vou confessar-lhe uma coisa: estou, sim, com ódio do PT.  Mas não por causa de um suposto espírito golpista contra os pobres.  Meu ódio é porque, ao contrário do que o senhor alega, o seu partido jogou fora doze anos de governo sem que tivesse feito quaisquer das reformas estruturais de que o país tanto precisa, e cujos principais beneficiados seriam justamente os mais pobres que o senhor se jacta de defender.
Seu partido está há doze anos no poder e nada fez para melhorar a educação pública básica.  Ao contrário, o fosso entre a educação de ricos e pobres só fez crescer.  Seu partido nada fez para melhorar aprodutividade da nossa mão-de-obra, única forma comprovada de fazer crescer a renda real dos trabalhadores.  Nada fez para reduzir a enorme (e regressiva) carga tributária indireta, que afeta muito mais os pobres que os ricos.  Nada fez para melhorar o ambiente de negócios no país, para permitir que pequenos e médios empreendedores pudessem levar à frente os seus empreendimentos.
A única coisa que vocês fizeram pelos pobres foi aumentar o alcance do Bolsa Família, um programa que serve muito mais para torná-los dependentes do seu partido do que propriamente para tirá-los da pobreza.  Chega a ser um acinte que vocês comemorem como algo honroso o fato de termos quase metade da nossa população direta ou indiretamente dependente desse programa.  É pavoroso que vocês comemorem o aumento do número de brasileiros recebendo a Bolsa, e não a sua redução.
Ao mesmo tempo, o PT torrou rios de dinheiro com o “andar de cima” (para usar uma expressão de que a trupe petista tanto gosta).  Compare o volume dos empréstimos subsidiados do BNDES às grandes empresas com o volume de repasses do “Bolsa Família” durante todos esses anos e depois me diga quem são os principais beneficiários das políticas públicas petistas (em 2013, por exemplo, o governo desembolsou $13,8 bilhões para o Bolsa Família e $190 bilhões em empréstimos subsidiados para as empresas).  Sem falar dos bilhões e bilhões de dólares jogados no ralo por contratos superfaturados com mega empreiteiras e esquemas de corrupção como “nunca antes nesse país”.
“Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.  Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho. E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.”
Não, meu caro.  A luta de classes voltou pelo discurso raivoso do ex-presidente Lula.  São vocês que, quando acuados, só enxergam a saída do “nós contra eles”, do eterno Fla x Flu.  Até porque única e verdadeira luta de classes que existe atualmente é entre aqueles que pagam impostos e aqueles que os consomem, sem prestar minimamente os serviços que deveriam.  A propósito, como andam a segurança pública, a saúde e a educação?  Pelo visto, o senhor deve morar em outro país…
“Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país. “Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.
O senhor, por acaso assistiu ao depoimento do réu confesso, Pedro Barusco, ontem na CPI da Câmara?  Provavelmente, não.  Mas foi estarrecedor.  O PT certamente não inventou a corrupção. O que este partido fez, como nenhum outro, foi torná-la uma política de Estado, uma instituição permanente, operada de cima para baixo, com o intuito de operar a perpetuação no poder.  A corrupção deixou de ser um assunto pessoal para tornar-se institucional.
“Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia”.
Quer dizer então que elites, ou melhor, gente que não seja pobre ou de esquerda, não pode protestar ou reivindicar qualquer coisa?  Essas são prerrogativas exclusivas dos pobres?  Não sei quantos anos o senhor tem, mas eu vivi numa época em que as elites foram para as ruas pedir anistia.  Foram para as ruas pedir eleições diretas.  Foram para as ruas pedir o impeachment do Collor (não por acaso aliado atual do PT).  Naquela época as elites letradas faziam a sua parte, chamando a atenção do país em geral para as causas certas, né?  Hoje, como nossas causas são diferentes das suas, devemos ficar em casa e assistir inermes a esse espetáculo de roubalheira e hipocrisia?
Não, senhor.  Sou brasileiro como qualquer outro.  Rico, pobre, branco ou preto.  Pago tanto ou mais impostos do que o senhor e tenho todo direito de ir para a rua protestar contra esse descalabro em que se transformou o Brasil sob a sua “presidenta”.  Pelo bem dos meus (e dos seus) filhos e netos, tenho obrigação de ir para a rua bater panelas, tocar buzinas, enfim, demonstrar a minha contrariedade pela transformação do Estado brasileiro num antro de ladrões, demagogos e hipócritas.
Passe bem!

O NOSSO ENCONTRO PRIMEIRO





  
O NossoEncontro Primeiro  




                                          
Louri

Num sonho dourado vislumbrar o amor
Sonhar  com o imponderável
Encantar-me com o improvável
Deslumbrar-me com o teu pudor

Com a doçura da criança que és...
Ser feliz com teu abraço
No tempo e no espaço
Obedecer ao teu viés

As nossas almas se entrelaçam
Num suspiro de alforria
O nosso amor se refugia
Nos dois amantes que se abraçam

Sonhar é viver... é navegar
Nas águas calmas de uma lagoa
Se a voz de um pássaro ao longe ecoa
Adornará  tudo o seu cantar

O marulhar de um regato
Correndo solto ao ribeirão
Traduz a frase do meu coração
Que bate célere num arrebato

Nas delícias do teu corpo e na doçura de “tu alma”
As paixões revelarão
O quanto meu coração
No teu desejo se acalma

Numa noite estrelada, sob o brilho da lua
Nosso amor será sadio
Num momento fugidio
Minha alma se realizará na tua

Nesse cenário de ensejos
Com amor pedirei teu coração
Ouvindo-se ao fundo uma canção
Num mundo inteiro de desejos

E quando o nosso encontro for
Uma realidade concreta e linda
Será meu desejo ainda
Tuas revelações de amor

Dos abraços que te darei
Te lembrarás  com alegria
Pois impossível seria
Olvida-los, eu bem sei

Seremos os dois abençoados
No nosso feliz retiro
É o que mais aspiro
Sermos por Deus agasalhados

Se num espaço de tempo
Perderes a esperança
Lembra que a nossa aliança
Não foi construída ao vento

E ao chegar o final
Do nosso encontro querido
Jamais será esquecido
Como algo acidental

És a musa das minhas rimas
Da poesia o meu tema
Da minha vida o emblema
Que a minha alma sublima

Descrever-te é primoroso
É das artes a mais sublime
E o meu peito se oprime
Sem teu beijo saboroso

Recebe, oh, doce menina
De mim o mais puro amor
Sem medo, sem dissabor
É o que minha alma aglutina

Ah! Como estou feliz
Por me aceitares, amada
Minha fada açucarada
Meu delírio, minha flor de liz!

Hoje, tão distante e saudoso
Com minha alma ferida
Eu sinto por ti querida
O mesmo amor ardoroso

Tu sempre serás minha fada madrinha
Tu sempre terás o meu coração
Serás o tema da minha canção
No reino do amor a minha rainha!


























































quinta-feira, 12 de março de 2015

DILMA NO FIO DA NAVALHA














L. Teles Bezerra


A desonestidade e a falta de caráter dos petistas chegou a tal ponto que seria impossível encontrar um adjetivo capaz de classifica-los corretamente. Nas eleições passadas, eles fizeram de tudo para manter no cargo a maior vigarista política que já existiu no Brasil, depois, lógico, de Luiz Inácio da Silva, vulgo Lula, esse o suprassumo da desonestidade e do maucaratismo em todos os sentidos do termo. Vimos, estampada em todos os canais da internet e mídia em geral, uma quantidade imensa de fraudes eleitorais verificadas em todo o Brasil, mesmo assim nada foi apurado por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde foram cometidas todos os tipos de irregularidades com o objetivo único de garantir a eleição fraudulenta de Dilma Vana Rousseff. Isso é fato! Apesar de todas essas irregularidades já conhecidas de todos na pátria de Macunaíma, ninguém se voluntariou para contestar tais fatos na Justiça, pondo às claras as maracutaias engendradas pelo PT em prol de sua cria, Dilma Rousseff. A desconfiança é de que todos os concorrentes dela estavam comprometidos de alguma forma com os métodos mafiosos dos petistas na montagem da farsa eleitoral de outubro passado.
As promessas mentirosas de Dilma Rousseff em sua campanha eleitoral, somente conseguiu ludibriar os mais desinformados ou àquelas pessoas interessadas nos benefícios pecuniários oferecidos através dos ditos “programas sociais” criados pelo PT com o propósito de angariar votos nas eleições futuras. Depois de empossada, a vigarista que se reeditou como presidente da República, ou como ela quer ser chamada: presidenta da república, começou sua lista de maldades para com  seu eleitorado fiel e cativo, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país, onde ela conseguiu uma esmagadora votação contra o seu rival Aécio Neves. Nessa semana em curso, somente em Pernambuco, mais precisamente no Estaleiro Atlântico Sul, as demissões somaram 2.400, transformando a vida de milhares de famílias num pesadelo inacreditável para todas elas, que depositaram nas urnas sua confiança num futuro melhor. Nota-se, nas ruas de Recife, e outras capitais do Nordeste, uma tensão muito grande por conta da insegurança que reina depois das demissões em massa verificadas na região. Quando estive em recife em março de 2012, constatei que não havia um só mendigo nas ruas do bairro nobre de Boa Viagem onde me hospedei em férias. Fenômeno incrível numa cidade onde a pobreza era uma marca registrada no passado não muito distante. Essa transformação se deveu à capacidade de luta do seu ex-governador já falecido, Eduardo Campos, que levou para seu Estado, mais de 60 novas indústrias possibilitando aos seus conterrâneos farta quantidade de vagas de trabalho. Entre essas empresas que se instalaram em Pernambuco, estão a Fiat e a Volkswagen, duas das maiores montadoras de veículos do mundo, além de dois imensos estaleiros que sozinhos empregaram mais de 4.500 pessoas. Agora, com as medidas de arrocho determinada por Dilma Rousseff, esse benefício criado por Campos, vai por água a baixo como numa enxurrada, transformando radicalmente a vida de milhares de trabalhadores e suas famílias.

Ontem, 11 de março de 2015, uma pesquisa encomendada pelo governo federal constatou que a popularidade da “presidenta” caiu de 47% para inexpressivos 7%!!  Essa notícia caiu como uma bomba de nêutrons dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), que já não sabe mais o que fazer para estancar a hemorragia que não para. Diferentemente das pesquisas efetuadas pelos institutos especializados, a da presidência da república tem muito mais credibilidade, pois foi encomendada para aferir, dentro de uma realidade nua e crua, a situação política de sua maior estrela no momento. Essa decepção não era de toda inesperada para os mais alertas dentro da quadrilha de Lula. Ao contrário, todos já esperavam por essa explosão de inconformismo da população, que foi atingida por petardos desferidos exatamente por alguém que jurou de pés juntos que faria de tudo para não mexer nos direitos dos trabalhadores e fez tudo ao contrário do que prometera. Com essa revelação drástica para alguém que já estava mal na avaliação geral, as coisas devem piorar ainda mais depois de domingo, dia 15 de março, com as maciças manifestações populares que demonstrarão a profunda insatisfação para com o desgoverno petista de Dilma Rousseff. Apesar das previsões catastróficas para a “presidenta,” por conta das medidas de arrocho fiscal determinadas por seu novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nada foi feito para amenizar os efeitos corrosivos na sua popularidade. Ora, como evitar tal desastre se durante a sua campanha eleitoral extremamente mentirosa, ela havia se comprometido com seu eleitorado que em nada mexeria que pudesse prejudicar os trabalhadores no Brasil? Não foi isso o que aconteceu tão logo Joaquim Levy assumiu o comando da economia no País. A alta nos preços dos combustíveis, a retirada da desoneração na folha de pagamento das empresas subindo impostos em quase 100%,  incentivou a greve dos  caminhoneiros em quase todo o País dando um significativo prejuízo à Nação. Por conta dos encargos trabalhistas mais altos, as empresas mais endividadas foram obrigadas a demitir em massa. No setor automobilístico ocorreram milhares de demissões, sem dar aos sindicatos condições para contra atacar com greves em protesto contra o corte de pessoal. Nas justificativas dos empresários havia lógica, fazendo com que a CUT se recolhesse sem argumentos cabíveis para seu movimento paredista já que a culpa cabia ao governo federal e não a eles, empresários.


 A situação política do governo Dilma Rousseff é insustentável. Nunca esteve tão em evidência a possibilidade de um impeachment da presidente, motivado, principalmente, por sua prevaricação na condução dos interesses da Nação brasileira. Ela mostrou-se completamente despreparada para o cargo que assumiu em janeiro de 2011, deixando que  a desorganização nos setores primordiais da administração pública federal se institucionalizasse causando um enorme prejuízo ao País que se habilitou a governar. Cometeu erros primários, em especial contra o setor energético onde causou um déficit enorme às concessionárias de energia elétrica, quando determinou a redução na conta de luz dos usuários. Isso foi visto como uma medida populista descabida, que se projetaria para o futuro, inexoravelmente, como aconteceu recentemente quando houve a inevitável majoração no preço da energia elétrica da ordem de 58% em algumas regiões. Com as medidas de arrocho fiscal implementadas pelo Ministério da Fazenda, a subida do dólar foi imediata saltando dos R$ 2,4 para a catastrófica cifra de R$ 3,13 nessa segunda-feira, 9 de março de 2015. As empresas que contraíram empréstimos no exterior em dólar não terão alternativa que não seja a moratória, do contrário quebrarão em cadeia. Diante de tais acontecimentos, Dilma Vana Rousseff foi colocada no olho do furacão; como ela se safará da degola ninguém pode prever. De nada adiantarão as ameaças de Lula, seu mentor e conselheiro, que incentivou uma guerra fratricida entre os vagabundos do MST e os manifestantes nas ruas do Brasil. Literalmente, ela, Dilma Rousseff, encontra-se no fio da navalha, quem a salvará ninguém sabe, ninguém viu. 

(https://www.youtube.com/watch?v=cMmbstHdw0k)

segunda-feira, 9 de março de 2015

O Brasil não tem medo do PT







                            Marco Antonio Villa
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Em 2015, em meio a muita tensão política, a Constituição de 1988 terá sua prova de fogo. Não há qualquer paralelo com o episódio do impeachment de Fernando Collor. Este já tinha percorrido mais de dois anos de mandato quando foi apeado do poder. E o momento mais agônico da crise foi resolvido em quatro meses — entre julho e outubro de 1992. Também deve ser recordado que o então presidente tinha um arremedo de partido político, sua conexão com a sociedade civil era frágil — e quase nula com os setores organizados, a relação com o Congresso Nacional era ruim, e com medidas heterodoxas descontentou amplos setores, do empresariado ao funcionalismo público. Sem contar que, em 1990, o país passou por uma severa recessão (-4,3%) e tudo indicava — como efetivamente ocorreu — que, em 1992, teria uma nova recessão.

O quadro atual é distinto — e causa muito mais preocupação.

O governo tem um sólido partido de sustentação — que está em crise, é verdade, mas que consegue agir coletivamente e tem presença dominante em governos estaduais e dezenas de prefeituras. A base congressual é volátil mas, aparentemente, ainda responde ao Palácio do Planalto. As divergências com o sócio principal do condomínio petista, o PMDB, são crescentes mas estão longe do rompimento.

Em 12 anos, o governo construiu — usando e abusando dos recursos públicos — uma estrutura de apoio social. E, diferentemente de Collor, Lula estabeleceu uma sólida relação com frações do grande capital — a “burguesia petista” — que é hoje dependente do governo.
O país está vivendo um impasse. O governo perdeu legitimidade logo ao nascer. Dilma não tem condições de governar, não tem respeitabilidade, não tem a confiança dos investidores, dos empresários e da elite política. E, principalmente, não tem mais apoio dos brasileiros horrorizados com as denúncias de corrupção e a inépcia governamental em enfrentá-las, além do agravamento dos problemas econômicos, em especial da inflação.
Deve ser reconhecido que Fernando Collor aceitou o cerco político que sofreu sem utilizar da máquina de Estado para coagir os adversários. E foi apeado legalmente da Presidência sem nenhum gesto fora dos limites da Constituição. Mas o mesmo não ocorrerá com Dilma. Na verdade, não com Dilma.

 Ela é um nada, é uma simples criatura, é um acidente da História. O embate vai ser travado com Lula, o seu criador, mentor e quem, neste momento, assumiu as rédeas da coordenação política do governo.
Foi Lula que venceu a eleição presidencial de 2014. E agora espera repetir a dose. Mas a conjuntura é distinta. As denúncias do petrolão e a piora na situação econômica não permitem mais meros jogos de cena. O momento do marketing eleitoral já passou. E Lula vai agir como sempre fez, sem nenhum princípio, sem ética, sem respeito a ordem e a coisa públicas. O discurso que fez no Rio de Janeiro no dia 24 de fevereiro é apenas o início. Ele — um ex-presidente da República — incitou à desordem, ameaçou opositores e conclamou o MST a agir como um exército, ou seja, partir para o enfrentamento armado contra os adversários do projeto criminoso de poder, tão bem definido pelo ministro Celso de Mello, do STF.

Lula está desesperado. Sabe que a aristocracia petista vive o seu pior momento. E não vai sair do poder sem antes usar de todas as armas, legais ou não. Como um excelente leitor de conjuntura — e ele oé — sabe que os velhos truques utilizados na crise do mensalão já não dão resultado. E pouco resta para fazer — dentro da sua perspectiva. Notou que, apesar de dezenas de partidos e entidades terem convocado o ato público do dia 24, o comparecimento foi pífio, inexpressivo. O clima no auditório da ABI estava mais para velório do que para um comício nos moldes tradicionais do petismo. Nos contatos mantidos em Brasília, sentiu que a recomposição do bloco político- empresarial que montou no início de 2006 — e que foi decisivo para a sua reeleição – é impossível.

A estratégia lulista para se manter a todo custo no poder é de buscar o confronto, de dividir o país, jogar classe contra classe, região contra região,partido contra partido, brasileiro contra brasileiro. Mesmo que isso custe cadáveres.

Para Lula, pouco importa que a crise política intensifique ainda mais a crise econômica e seus perversos efeitos sociais.

 A possibilidade de ele liderar um processo de radicalização política com conflitos de rua, greves, choques, ataques ao patrimônio público e privado, ameaças e agressões a opositores é muito grande. Especialmente porque não encontra no governo e no partido lideranças com capacidade de exercer este papel.

O Brasil caminha para uma grave crise institucional, sem qualquer paralelo na nossa história.

Dilma é uma presidente zumbi. Por incrível que pareça, apesar dos 54 milhões de votos recebidos a pouco mais de quatro meses, é uma espectadora de tudo o que está ocorrendo. Na área econômica tenta consertar estragos que produziu no seu primeiro mandato, sem que tenha resultados a apresentar no curto prazo. A corrupção escorre por todas as áreas do governo. Politicamente, é um fantoche. Serve a Lula fielmente, pois sequer tem condições de traí-lo. Nada faria sozinha.

Assistiremos à lenta agonia do petismo. O custo será alto. É agora que efetivamente testaremos se funciona o Estado Democrático de Direito. É agora que veremos se existe uma oposição parlamentar.



É agora que devemos ocupar as ruas.

É agora que teremos de enfrentar definitivamente o dilema:

ou o Brasil acaba politicamente com o petismo, ou o petismo destrói o Brasil !!