terça-feira, 13 de março de 2012

Infelizmente, a impressão que se tem, é que a democracia está cedendo espaço para a tirania e a vilania.



"Enveredamos por um caminho sem volta

Temos nos últimos dias constatado o quanto de adesões têm-se apresentado em solidariedade ao Manifesto ALERTA A NAÇÃO, que referenda os termos expressos no também Manifesto dos Clubes Militares. Realmente é gratificante sabermos que tanto militares quanto civis se associam num momento em que é imperiosa a iniciativa de sair-se em defesa dos princípios sagrados que regem o destino democrático do nosso País. Estamos vivenciando, depois de tantos anos de silêncio, o despertar da palavra dos militares inativos, hoje não limitada a manifestações dos clubes militares, não por vontade própria, mas por imposições outras que preferimos manter-nos alheios em respeito à consciência de cada um dos presidentes dos clubes que deve tê-los alertado para algo que desconhecemos. Mas os inativos decidiram sair à luta para romper tão danoso silêncio, pois as afrontas aos militares excederam, em muito, o limite da tolerância que sempre foi uma referência ao longo de nossas carreiras. Podemos considerar que as adesões de civis nesse momento, estão a indicar que o chamamento feito pelos militares repercutiu como uma verdadeira caixa de ressonância, atraindo diferentes segmentos de uma sociedade sequiosa na busca de uma voz que lhes respondesse em seus anseios e aspirações por uma moralidade pública na qual valores éticos sejam preponderantes; isso como condição essencial ao restabelecimento do respeito às instituições permanentes representadas pelas FFAA, e ao exercício das funções públicas que essa sociedade confiou àqueles que foram consagrados pelo voto popular. Há que se considerar pelos inativos que a criação da infeliz Comissão da Verdade serve, essencialmente, para afrontar o nosso Exército e por extensão as demais FFAA, mas para os civis, não só expressam essa solidariedade como também o desejo incontido de recorrer à reserva moral que ainda existe em nós militares como um recurso último de mudar, não pelas armas que já não a temos, mas pela audácia que fervilha em nosso sangue quando significa defender os superiores interesses da Pátria. Entende a CONFAMIL que a nossa responsabilidade é muito grande, embora isso não nos atemorize, mas temos que assumir essa missão que foi colocada em nossos caminhos, respondendo à sociedade que reagiu à nossa convocação, mantendo a presente mobilização; o caminho que enveredamos não tem volta. Nunca foi desejo de a CONFAMIL confrontar a balbúrdia das ações governamentais, pois entendemos que o povo que escolheu essa representação política é que precisa ter a percepção das consequências dela decorrentes, não nos cabendo tutelá-los em suas escolhas. Mas o respeito às nossas instituições militares e aos valores morais e éticos da sociedade, este tem que, a partir de agora, ser imposto por nós, pois os clubes militares nada podem fazer, já que sofrem pressões de suas Forças, como o que se viu em passado recente. A CONFAMIL já tentou constituir um colegiado junto aos clubes militares para apoiá-los em situações como a que ocorreu, uma vez que como entidade associativa estava imune de qualquer ingerência externa. Agora desponta uma nova oportunidade para essa iniciativa que, tanto quanto possível, precisa ser independente para preservar a autoridade de suas opiniões. É preciso que programemos algo novo capaz de transformar o segmento dos inativos como um fiel da balança nas decisões do governo sobre questões militares. Não desejamos confrontos, apenas exigimos respeito à nossa posição de militares que colocaram e ainda colocam suas vidas em defesa da Pátria. Como já disse em outras oportunidades, SOMOS INATIVOS, MAS NÃO ESTAMOS MORTOS. SUSTENTAR O FOGO QUE A VITÓRIA É NOSSA. Ad Sumus."
Waldemar da Mouta Campello Filho
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Presidente da CONFAMIL
Coordenador do Sistema CONFAMIL





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