A sovietização das Forças Armadas |
30 de agosto de 2010 | ||||
Os movimentos do PT e sua conspiração totalitária de forma alguma estão confinados ao rosário de mentiras institucionais em torno do projeto eleitoral de perpetuação no poder. Esses episódios em torno do vazamento dos dados da base da Receita Federal, gravíssimos em si, nada são perto do que estão fazendo para preparar o tempo do poder total. Refiro-me aqui às modificações que foram introduzidas na estrutura do ministério da Defesa e na criação do Estado-Maior das Forças Armadas por lei recentemente, agora recheado de “assessores” civis. Bem sabemos que o coração das estruturas militares é a sua linha de comando clara, que tem no topo um chefe preparado e respeitado dentro da instituição. Quebrar essa hierarquia personificada, que tem nome, por órgãos colegiados e sem rosto, é algo próprio da ideologia comunista.
Chamo a atenção para o artigo publicado na revista Isto É (Jobim vai à guerra), única publicação que ousou comentar a gravíssima inovação. O jornalista Hugo Marques sintetizou tudo no primeiro parágrafo da matéria: “Ao anunciar a nova estrutura das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou guerra à caserna. Além de subordinar ainda mais os militares ao poder civil, o projeto prevê a redução de postos de comando, transfere o controle sobre as compras de materiais das três Forças e alija os militares de todas as decisões políticas. Se custaram a digerir a criação do próprio Ministério da Defesa há dez anos, os oficiais do Exército, da Aeronáutica e da Marinha agora terão de engolir uma pílula ainda mais amarga. Na opinião de generais ouvidos por ISTOÉ, o abalo maior atingirá o Exército. Um deles, com posto de chefia no comando do Exército, afirma que as mudanças impostas por Jobim serão funestas para os quartéis. “O foco dessa reorganização é a retirada de poder das Forças Armadas. Militar vai virar enfeite”, revolta-se”. | ||||
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