quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A QUADRILHA CHAMADA BRASIL

  • NÃO SOMOS UM PAÍS! SOMOS UMA QUADRILHA!‏


NÃO SOMOS UM PAÍS! SOMOS UMA QUADRILHA!
O GRUPO GUARARAPES JUNTOU O ARTIGO DO BRILHANTE DOUTOR IVES GANDRA DA SILVA
MARTINS com o do jornalista Reinaldo Azevedo. São duas peças que
engrandecem o cidadão brasileiro que tem caráter, inteligência e que não se
curva ao Poder da Quadrilha que governa o País.
O GRUPO GUARARAPES, na sua posição de luta, de 19 anos, na defesa da
democracia e da dignidade da coisa pública tem vergonha do que acontece
neste pobre País. Em qualquer lugar do mundo alguma coisa aconteceria,
quando o povo tomasse conhecimento dos dois artigos escritos abaixo. Uma
revolução, uma expulsão do chefe do Poder Executivo, a colocação do Partido
criminoso fora da lei etc. etc.
Aqui no Brasil nada abala. Quais as causas principais? Uma sociedade podre
e corrompida pelo dinheiro. Um judiciário apegado aos meandros da lei e não
na defesa da sociedade. Juizes que estão presos aos favores do executivo.
Quando um dia explodir e cadáveres forem expostos nas calçadas e a desordem
campear, todos são culpados. Em nome da LIBERDADE, inocentes serão
sacrificados e os ditadores tomarão conta do govern. É o que estamos vendo
aproximar-se do nosso País.
Acusações serão feitas às Forças Armadas e os chefes serão chamados de
eunucos e outros nomes. A tropa, queiram ou não, sairá dos quartéis como
saiu, na Revolução Francesa, russa e outras e se juntará a malta que
estupra, rouba e mata.
MEU DEUS! ONDE ESTÃO OS CASTELLOS! OS JUAREZES! UM LACERDA! UM GETÚLIO!
QUANDO TEMOS TAIDORES NÃO HÁ SALVAÇÃO!
GRUPO GUARARAPES DOC. Nº 223 -2010
O RETROCESSO DEMOCRÁTICO - Por IVES GANDRA DA SILVA MARTINS
O retrocesso democrático
Ives Gandra da Silva Martins

29.5.2010
- A proposta da criação do Conselho Federal de Jornalismo levanta, pela
primeira vez, em âmbito nacional, a discussão sobre a existência, no
governo Lula, de um projeto para reduzir o Estado Democrático de Direito,
no Brasil, a sua mínima expressão.

Tenho para mim que existe um risco concreto de estar sendo envidada uma
tentativa de impor um controle sobre a sociedade, se possível com a
implementação de um ''direito autoritário'', desrespeitando até mesmo
cláusulas pétreas da Constituição.

De início, quero deixar claro não considerar que o governo federal esteja
agindo de má-fé, ao pretenderem seus integrantes impor uma república de
cunho socialista, visto que nunca esconderam suas preferências, quando na
oposição, pelos caminhos de Fidel Castro, de Chávez e da ditadura
socialista chinesa. Prova inequívoca é o tratamento absolutamente
preferencial que dão ao ditador cubano.

O que estão pretendendo impor é apenas o que sempre pregaram - embora não
tenham sido eleitos para implementar programa com esse perfil. Tenho-os,
entretanto, por gente de bem, que acredita num projeto equivocado de
governo e de Estado - ou seja, num modelo a ser desenvolvido sob seu
rigoroso controle, se possível sem oposição, que deve ser conquistada ou
eliminada.

Como primeiro passo, sinalizaram que adotaram a economia de mercado, com o
objetivo de não assustar investidores nacionais e internacionais, e
desarmaram resistências, escolhendo uma competente equipe econômica, que
desempenha papel distante dos moldes petistas, mas relevante para manter a
economia em marcha e assegurar investimentos externos. É a melhor parte do
governo.

A partir daí, todos os seus atos foram e são de controle crescente da
sociedade. Passo a enumerar os sinais que justificam os meus receios:

1) MST - Trata-se de um movimento que pisoteia o direito, desobedecendo
ordens judiciais, invadindo propriedades produtivas - muitas vezes,
destruindo-as - e prédios públicos. Embora seu principal líder dê-se o
direito de chamar o ministro Pallocci de ''panaca'', recebe passagens
grátis do governo para pregar a desordem e a subversão. O ministro da
Reforma Agrária, que o incentiva, diz, todavia, que o fantástico número de
invasões - o maior que já se verificou, na história do país - é normal.
Esse senhor, que saiu do MST, apóia abertamente as constantes violações da
lei e da Constituição. A idéia básica é transferir toda a terra produtiva
para as massas do MST.

2) Judiciário - A reforma objetiva calar um poder incômodo, que, muitas
vezes, no exercício da sua função, impõe limites ao Executivo. Por isto o
governo defende o controle externo desse poder, quando não admite a
imposição de controle semelhante para outras carreiras do Estado, como, por
exemplo, a Receita Federal e a Polícia Federal.

3) Jornalismo - O Conselho Federal do Jornalismo não objetiva outra coisa
que calar os jornalistas, visto que hoje já há mecanismos legais (ações
penais e por danos morais) para responsabilizar os que comentem abusos no
exercício da profissão.

4) Controle da produção artística - Como na Rússia e na Alemanha nazista,
pretende o governo controlar a produção artística, cinematográfica e
audiovisual.

5) Agências reguladoras - Pretende-se suprimir a autonomia que a legislação
lhes outorgou, para atuarem com base em critérios técnicos, e submetê-las
mais ao controle do chefe do Executivo e menos dos ministérios, como se
pode constatar dos anteprojetos que a imprensa já trouxe à baila.

6) Energia elétrica - O projeto é nitidamente re-estatizante.

7) Reforma Trabalhista - Pretende-se retirar o poder normativo da Justiça
do Trabalho, reduzindo a força de um poder neutro.

8) Sistema ''S'' - Estuda-se, nos bastidores, retirar dos segmentos
empresariais as contribuições para o Sistema ''S'', que permitem que Senai,
Sesc etc. funcionem admiravelmente na preparação de mão-de-obra qualificada
e recuperação de jovens sem estudo, com o que se retirará parte da força da
livre iniciativa, representada pelas CNA, CNC, CNI e outras, de reagir a
regimes autoritários. A classe empresarial ficará enfraquecida, se isto
ocorrer.

9) Universidade - O fracasso da universidade federal está levando ao
projeto denominado ''Universidade para todos''. Por ele, revoga-se,
mediante lei ordinária, a imunidade tributária outorgada pela Constituição,
retirando-se das escolas privadas - que fazem o que o governo deveria
fazer, com os nossos tributos, e não faz - 20% de suas vagas. Como essas
escolas já têm quase 30% de inadimplência, o projeto é forma de
inviabilizá-las ou transferi-las para o governo.

10) Sigilo bancário - Embora haja cláusula imodificável, na Constituição,
assegurando que o sigilo bancário só pode ser quebrado mediante autorização
judicial, há projeto para permitir à Polícia Federal a sua quebra. Se ato
desse teor for editado, terá, o governo, até as próximas eleições, acesso
aos dados financeiros da vida de todos os cidadãos brasileiros, o que lhe
permitirá um poder de fogo e de pressão jamais visto, nem mesmo durante o
período de exceção militar.

Poderia enumerar outros pontos.

Não ponho em dúvida, volto a dizer, a honestidade dos integrantes do
governo, até porque conheço quase todos, sou amigo de alguns, e estou
convencido de que acreditam que essa é a melhor solução para o Brasil. Como
eu não acredito que seja - pois entendo que nada substitui a democracia e
que qualquer autoritarismo é um largo passo para a ditadura - e como não
foi esse o programa de governo que os levou ao poder, escrevo este artigo
na esperança de levar pelo menos os meus poucos leitores a meditarem em se
é este o modelo político que desejam para o nosso país.

(*) - Ives Gandra da Silva Martins - Jurista, renomado professor de
Direito.


Os porões do PT — Sindicalista conta tudo: grupo fez trabalho sujo para
Lula e conseguiu culpar Serra
Mais um sindicalista decidiu revelar os porões do PT. A VEJA desta semana
traz uma reportagem de Policarpo Junior e Otávio Cabral sobre a atuação de
um grupo de sindicalistas que produzia dossiês para a campanha do PT em
2002. Um de seus expoentes era Wagner Cinchetto, que concedeu uma
entrevista estarrecedora à revista. O mais espantoso é que Cinchetto não se
diz santo, não. Ele confessa, por exemplo: “Eu e o Medeiros (Luiz Antônio
de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e
participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula.”
Isso foi em 1989.
Em 2002, ele já estava trabalhando para o PT. O mais surpreendente de sua
confissão: o objetivo era atingir todos os inimigos de Lula naquela ano e
jogar a culpa nas costas do tucano José Serra. E assim se fez. E assim
noticiou a imprensa! A ação mais vistosa, revela o sindicalista, foi o caso
Lunus, a operação da Polícia Federal que recolheu na sede da empresa do
marido de Roseana Sarney a bolada de R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo. José
Sarney sempre acusou Serra de estar metido na operação, e isso foi
determinante na sua aliança com… Lula — que era, na prática, o chefão do
grupo que havia destruído a chance de a filha se candidatar à Presidência.
Outro alvo dos petistas foi Ciro Gomes — na verdade, seu então candidato a
vice, Paulo Pereira da Silva, que também tinha a certeza de que estava
sendo alvo de… Serra!
Segundo Cinchetto, Lula sempre soube de tudo. No comando da operação, ele
informa, estavam Ricardo Berzoini e Luiz Marinho, hoje presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Leiam a entrevista:
Qual era o objetivo do grupo?
A idéia era atacar primeiro. Eu lembro do momento em que o Ciro Gomes
começou a avançar nas pesquisas. Despontava como um dos favoritos.
Decidimos, então, fazer um trabalho em cima dele, centrado em seu ponto
mais fraco, que era o candidato a vice da sua chapa, o Paulinho da Força.
Eu trabalhava para a CUT e já tinha feito um imenso dossiê sobre o
deputado. Já tinha levantado documentos que mostravam desvios de dinheiro
público, convênios ilegais assinados entre a Força Sindical e o governo e
indícios de que ele tinha um patrimônio incompatível com sua renda. O
dossiê era trabalho de profissional.
Os dossiês que vocês produziam serviam para quê?
Fotografamos até uma fazenda que o Paulinho comprou no interior de São
Paulo, os documentos de cartório, a história verdadeira da transação. Foi
preparada uma armadilha para “vender” o dossiê ao Paulinho e registrar o
momento da compra, mas ele não caiu. Simultaneamente, ligávamos para o Ciro
para ameaçá-lo, tentar desestabilizá-lo emocionalmente. O pessoal dizia que
ele perderia o controle. Por fim, fizemos as denúncias chegarem à imprensa.
A candidatura Ciro foi sendo minada aos poucos. O mais curioso é que ele
achava que isso era coisa dos tucanos, do pessoal do Serra.
Isso também fazia parte do plano?
Como os documentos que a gente tinha vinham de processos internos do
governo, a relação era mais ou menos óbvia. Também se dizia que o Ciro
tirava votos do Serra. Portanto, a conclusão era lógica: o material vinha
do governo, os tucanos seriam os mais interessados em detonar o Ciro, logo…
No caso da invasão da Lunus, que fulminou a candidatura da Roseana,
aconteceu a mesma coisa.
Vocês se envolveram no caso Lunus?
A Roseana saiu do páreo depois de urna operação sobre a qual até hoje
existe muito mistério. Mas de uma coisa eu posso te dar certeza: o nosso
grupo sabia da operação, sabia dos prováveis resultados, torcia por eles e
interveio diretamente para que aparecessem no caso apenas as impressões
digitais dos tucanos. Havia alguém do nosso grupo dentro da operação. Não
sei quem era a pessoa, mas posso assegurar: soubemos que a candidatura da
Roseana seria destruída com uns três dias de antecedência. Houve muita
festa quando isso aconteceu.
Nunca se falou antes da participação do PT nesse caso…
O grupo sabia que o golpe final iria acontecer, e houve uma grande
comemoração quando aconteceu. Aquela situação da Roseana caiu como uma
luva. Ao mesmo tempo em que o PT se livrava de uma adversária de peso, agia
para rachar a base aliada dos adversários… Até hoje todo mundo acha que os
tucanos planejaram tudo. Mas o PT estava nessa.
Quem traçava essas estratégias?
O grupo era formado por pessoas que têm uma longa militância política.
Todas com experiência nesse submundo sindical, principalmente dos bancários
e metalúrgicos. Não havia um chefe propriamente dito. Quem dava a palavra
final às vezes eram o Berzoini e o Luiz Marinho (atual prefeito de São
Bernardo do Campo). Basicamente, nos reuníamos e discutíamos estratégias
com a premissa de que era preciso sempre atacar antes.
O então candidato Lula sabia alguma coisa sobre a atividade de vocês?
Lula sabia de tudo e deu autorização para o trabalho. Talvez desconhecesse
os detalhes, mas sabia do funcionamento do grupo. O Bargas funcionava como
elo entre nós e o candidato. Eu ajudei a minar a campanha do Lula em 1989,
com aquela história da Lurian. Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros,
ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos
da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula. O grupo se
preparou para evitar que ações como aquelas pudessem se repetir - e fomos
bem-sucedidos.
De onde vinham os recursos para financiar os dossiês?
Posso te responder, sem sombra de dúvida, que vinham do movimento sindical,
principalmente da CUT. Se precisava de carro, tinha carro. Se precisava de
viagem, tinha viagem. Se precisava deslocar… Não faltavam recursos para as
operações. Quando eu precisava de dinheiro, entrava em contato com o Carlos
Alberto Grana (ex-tesoureiro da CUT), o Bargas ou o Marinho.
Quem mais foi alvo do seu grupo?
O plano era gerar uma polarização entre o Serra e o Lula. Por isso se
trabalhou intensamente para inviabilizar a candidatura do Garotinho, que
também podia atrapalhar. Não sei se o documento do SNI que ligava o vice de
Garotinho à ditadura saiu do nosso grupo, mas posso afirmar que a
estratégia de potencializar a notícia foi executada. O Garotinho deixou de
ser um estorvo. E teve o dossiê contra o próprio Serra. Um funcionário do
Banco do Brasil nos entregou documentos de um empréstimo supostamente
irregular que beneficiaria uma pessoa ligada ao tucano. Tudo isso foi
divulgado com muito estardalhaço, sem que ninguém desconfiasse que o PT
estava por trás.
Por Reinaldo Azevedo

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