quinta-feira, 3 de junho de 2010

OLAVO DE CARVALHO

hillary_laughsO problema é que, para um país que duas décadas e meia atrás chegou a crescer 15% ao ano sem gigantismo fiscal, os 4% ou 5% anuais de hoje são, na mais triunfalista das hipóteses, sinais de recuperação vegetativa, espontânea, imune tanto à estupidez quanto à genialidade dos governos.

Foi talvez profeticamente que a Canção do Soldado denominou o patriotismo brasileiro "amor febril": febres, por definição, passam rápido ou matam o sujeito após algumas semanas. Como nossos concidadãos não têm senso de tradições históricas que possam dar substância à noção de "pátria", toda a sua devoção à entidade abstrata e inapreensível denominada "Brasil" consiste em rompantes de entusiasmo fugaz ante glórias de ocasião, em geral vitórias esportivas ou louvores interesseiros da mídia internacional às miúdas criaturas que nos governam.

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