quarta-feira, 18 de março de 2015

PORQUE TEMER NÃO QUER A VAGA DE DILMA


O Brasil de hoje é um país onde as leis não são cumpridas, onde a Constituição Federal é desrespeitada o tempo todo e ninguém se importa com o fato. Um estado que não respeita as leis e faz pouco caso da sua constituição não pode ser chamado de nação, pois perdeu sua legitimidade. A atual governante, Dilma Rousseff (PT), vem se mantendo no cargo por conta de um expediente criminoso já que existem fatos comprovados do seu envolvimento com o “propinoduto” na Petrobras. As investigações da Operação Lava-Jato deixaram explícita a sua participação nesse crime. Nessa terça-feira, 17, o Instituto Datafolha de Pesquisas, apresentou o resultado de uma pesquisa recente que deu a nota sobre o governo dessa senhora: 3,7, com uma rejeição de 62%. Notem que esse percentual está apenas 6% abaixo da rejeição a Fernando Collor de Mello, um mês antes de sua cassação, cujo índice atingiu os 68%. É bom que se relembre aqui que a cassação de Collor se deu por conta de um desvio de recursos da verba de campanha que, se comparado ao rombo na Petrobras, se tornará uma piada. Os valores se multiplicaram não através de uma operação aritmética, mas numa progressão geométrica monstruosa capaz de quebrar um país de pequena economia como, por exemplo, a Bolívia. Se para Collor houve motivos suficientes para a sua cassação baseada numa quantia relevante, para a cassação de Dilma Rousseff houve muito mais e não só pela quantia surrupiada dos cofres da Petrobras, porque tanto faz um valor pequeno quanto outro muito maior. O importante é a existência do ilícito praticado por uma entidade pública. Ela era a presidente (ou como ela gosta de ser titulada: presidenta) do Conselho de Acionistas da Petrobras, à época dos desvios de recursos da estatal brasileira do petróleo.
Apesar dos últimos acontecimentos, onde o povo se mostrou extremamente revoltado com o status quo no Brasil, parece que o governo federal não levou muito a sério as exigências populares em suas manifestações nas ruas do País, no último domingo, 15, que, só em São Paulo, 1 milhão de protestantes superlotaram a Av. Paulista e todas as ruas transversais à essa. A resposta cínica e pouco séria da Presidência da República foi referir-se a uma suposta reforma política a ser feita pelos petistas em benefício deles mesmos. Não se pode levar a sério um governo como esse.
Nessa segunda, 16 de março de 2015, a procuradoria federal denunciou o tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, como o operador do “propinoduto” da Petrobras, tendo, segundo a denúncia da procuradoria da República, arrecadado fraudulentamente R$ 200 milhões para as campanhas políticas de sua quadrilha. Isso significa que todas as campanhas enquadradas nesse período estão sujeitas a serem vasculhadas  e, caso sejam encontradas evidências de benefícios por conta dessas verbas, todos os eleitos do PT e aliados que estejam no desempenho de seus cargos terão que ser cassados e presos. Ninguém pode se beneficiar de dinheiro ilícito para ganhar uma eleição. É a Lei, e a lei deve ser cumprida!

Analisando detidamente as circunstâncias pelas quais o PMDB não move uma palha para que a presidente Dilma Rousseff seja cassada, vamos encontrar um óbice que determina essa sua omissão. Trata-se do incômodo papel que desempenharia Michel Temer, no caso de o vice-presidente ter que assumir o cargo vago de presidente da República.  E qual seria esse incômodo? Ora, todos sabem, até os mais tolinhos, que quem assumir o lugar sujo de Dilma Rousseff, nas atuais circunstâncias, estará no fio de uma imensa navalha. As contas do governo federal não fecham, tanto que a própria Dilma apelou para um vexame fiscal criminoso no Congresso Nacional, ao fazer o conchavo que evitou seu impeachment por causa de crime por ela cometido contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Se Michel Temer assumir o lugar infecto da petista estará herdando todos os seus enormes problemas. Do baixo índice de crescimento da economia ao desmantelo fiscal existente nas contas do governo. O inchamento da máquina pública nos governos petistas é uma aberração jamais vista em algum lugar do mundo. A despesa com a folha de pagamentos do governo federal é algo inimaginável. Desde os seus quase 40 ministérios (muitos deles inócuos) aos mais de 350 mil “cumpanhêros” embutidos em todos os nichos da administração pública federal fazem do Brasil um cabide de empregos de parasitas imprestáveis que apenas consomem verbas públicas, dando, em contrapartida, absolutamente  nada aos contribuintes que sustentam essa pouca vergonha com os impostos extorsivos que pagam trabalhando 147 dias ao ano apenas para essa finalidade. Com a impopularidade do PT, seu aliado de primeira hora, assumir o governo agora seria suicídio político para Temer e sua quadrilha, o PMDB. Por essa razão, ninguém de mínima inteligência se arriscaria a dizer que o PMDB tenha interesse na deposição de Dilma Rousseff. Nesses termos, que o Brasil se lasque, segundo o pensamento deles. Para que isso tenha um epílogo satisfatório, a população brasileira precisa continuar protestando e levando às ruas cada vez mais gente até que uma paralisação total do País seja factível e deixe às claras para essa sífilis maldita que não estamos para brincadeira. Só que, para uma eficiente paralisação do Brasil, seria necessário que os empresários, braço forte do desenvolvimento, aderissem em peso às manifestações nesse sentido. Aí, sim, o resultado seria inexoravelmente a deposição dessa incompetente do cargo de Presidente da República, por alta incompetência administrativa e prevaricação no desempenho do cargo à ela confiada por 53 milhões supostos eleitores.

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