sábado, 7 de junho de 2014

Em greve política, metroviários de SP insistem em manter o cabo de guerra com o governo Alckmin




(Foto: Werther Santana - Agência Estado)
(Foto: Werther Santana – Agência Estado)
Esquerda radical – Como vem afirmando o ucho.info desde a paralisação do metrô de São Paulo, a greve tem caráter eminente político e visa desestabilizar o governador paulista Geraldo Alckmin, candidato à reeleição e que terá de enfrentar o petista Alexandre Padilha, que conta com o apoio dos partidos de esquerda, inclusive do ultrarradical PSTU, legenda à qual é ligado o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres. Sem aceitar a proposta da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), os grevistas decidiram estender a manifestação para esta sexta-feira (6), dia da semana em que normalmente aumenta o volume de automóveis nas ruas e avenidas da maior cidade brasileira. Sob chuva, não demorou muito para a cidade que a cidade experimentasse um caos no trânsito maior do que o normal.
Para que os leitores que não vivem na cidade de São Paulo compreendam a extensão dos reflexos da greve, o congestionamento tornou-se ainda maior porque cresceu o número de ônibus nas ruas e também por causa da suspensão do rodízio de veículos. Com isso, as vias transformaram-se em verdadeiros oceanos de carros, que ao longo do dia se movimentavam em velocidade baixíssima. O caos é tamanho, que em determinados casos percorrer a distância de um quarteirão, aproximadamente 200 metros, pode demorar até dez minutos. Às 9h43 desta sexta-feira, o índice de congestionamento na capital dos paulistas era de 620 km, de acordo com a empresa Maplink. Sucateada pela administração do incompetente Fernando Haddad, prefeito da cidade, a Companhia de Engenharia de tráfego (CET) apontava, no mesmo horário, 237 km de congestionamento.
O objetivo principal da greve não é forçar o Palácio dos Bandeirantes a acatar as reivindicações salariais dos metroviários, mas provocar um caos na cidade que tenha reflexos nas eleições de outubro próximo. Acontece que a manobra arquitetada pela esquerda radical, que funciona como satélite político do PT, acabou como tiro pela culatra. Isso porque a população está consciente dos motivos da greve e inteirada das razões. Ou seja, o maior prejudicado com a paralisação é o próprio Partido dos Trabalhadores.
A politização da greve ficou evidente nos seguidos e descendentes índices de reajustes salariais apresentados pelos metroviários, que sem qualquer explicação convincente exigem que o aumento seja de pelo menos dois dígitos. Não contentes, os grevistas deixam escapar as digitais polícias do movimento e propõem trocar o retorno ao trabalho pela catraca livre. Em outras palavras, os trabalhadores do Metrô querem gerar um prejuízo diário de R$ 15 milhões à empresa.
Como se não bastasse a intransigência dos grevistas, a cidade de São Paulo recebe na tarde de hoje, no estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), o jogo amistoso entre as seleções brasileira e sérvia. Enfim…

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