quinta-feira, 16 de abril de 2015

A CORTE DE D. JOÃO VI E OS "SOBERANOS" DE HOJE












L. Teles Bezerra

Para se fazer uma análise bem apurada sobre a situação político/social do Brasil na atualidade, há que se voltar no tempo até 1808, quando da chegada da família real portuguesa aqui ao solo brasileiro. Seus costumes, suas maneiras comportamentais, sua arrogância e prepotência em relação aos brasileiros ou portugueses moradores da terra de além mar e por aí vai. O meio mais prático de se conseguir informações a esse respeito é ler o excelente livro de Laurentino Gomes, “1808” e dar prosseguimento à leitura completando a trilogia do mesmo autor com “1822” e “1889”. Depois de ler esses três excelentes volumes, o leitor terá uma imagem bem nítida do embrião sociológico que tivemos com a chegada da família real portuguesa ao Brasil.

Tendo em D. João VI o mau exemplo dado por um soberano, por suas imundas práticas, vamos encontrar fidalgos portugueses que se apoderaram das residências de comerciantes e até autoridades para se acomodarem sem pagar um centavo que fosse de aluguel. Para se alojar em definitivo com sua imperial família, o soberano malcheiroso lançou mão de um palácio recém construído por um dos maiores traficantes de escravos do Brasil, Amaro Velho da Silva, que tornou-se íntimo da corte por conta dos préstimos à Sua Majestade. Aliás, do cortejo da soberana família fazia parte a figura desse traficante de escravos, segundo a descrição dada por Perereca, um cronista que desempenhava o papel de jornalista na cidade do Rio de Janeiro e que retratou muito bem com suas palavras o desembarque dos nobres portugueses. Descreveu Perereca: “ Por fim, fechando o cortejo, vinha o pálio (cobertura portátil, com varas, que se conduz em cortejos) sob o qual caminhava a família real. As varas desse pálio eram sustentadas por oito pessoas, entre as quais se destacava Amaro Velho da Silva, um dos maiores traficantes de escravo do Brasil na época.” Como pode-se ver, o próprio imperador do Brasil e de Portugal, era amigo de um traficante de escravos por quem foi beneficiado e a ele concedeu regalias diversas enquanto viveu nas terras brasilis com sua família real. Com esse breve exemplo de maus procedimentos por parte de um imperador, podemos nos situar em relação ao que hoje acontece de mais repugnante no nosso tão querido Brasil. É preciso que se leia o livro de laurentino Gomes por inteiro para que se possa ter a noção exata de como foi “construído” o Brasil que herdamos dos nossos antepassados.

Comparo Lula da Silva ao imperador D. João VI, não por sua magnanimidade e descendência, mas por seus costumes e malfeitos ao se apoderar por inteiro do poder republicano que lhe deram mais de 53 milhões de idiotas, que nele votaram sem terem, na sua maioria, a menor consciência do que estavam fazendo ao colocarem no Palácio do Planalto, um bandido que iniciou sua vida de crimes chantageando montadoras do ABC paulista, com poderes quase ditatoriais sobre tudo e todos. O resultado desse desastre político estamos assistindo diuturnamente com as investigações da Operação Lava-Jato e seus desdobramentos. Bem semelhante à partida da família real de volta a Portugal, o ladrão de Caetés, que chegou ao Alvorada com meia dúzia de malas, saiu de lá, ao término dos seus dois mandatos, com nada mais nada menos do que11 carretas carregadas de tudo que se pode imaginar, inclusive um crucifixo que fazia parte da decoração do gabinete presidencial. Depois de saquear os cofres do Brasil, inclusive tudo o que havia no Banco do Brasil, entidade fundada por D. João VI para custear suas despesas reais e a de sua perdulária corte, o soberano foi embora para sua pátria, carregado de riquezas roubadas dos brasileiros. A associação vem bem a calhar quando vemos tanta roubalheira sendo descoberta a cada dia que passa. Depois do Petrolão, muitas outras falcatruas foram descobertas, sendo a última delas o escândalo do DPVAT que, segundo os jornais de hoje, 16/04/2015, pode chegar a mais de um bilhão de reais.

A cara do Brasil atual só não é semelhante ao Brasil da época de D. João VI, porque a quantidade de dinheiro roubado hoje é milhões de vezes superior à que foi embolsada pelos portugueses durante a sua estada no Brasil. As taxas e impostos criados para o custeio dos desocupados reais (276, segundo o historiador Luiz Felipe Alencastro), eram pagas como verba de representação e custeio anualmente em moeda de ouro e prata para pessoas que nada produziam em benefício da colônia. Vemos isso hoje por toda parte no Brasil atual. Os mais de 107 mil cargos comissionados criados por Lula e Dilma Rousseff, representam, em larga escala, os 276 parasitas que acompanhavam D. João VI em sua fuga para o Brasil. Naquela época, os impostos e taxas recolhidas eram distribuídos entre a casa real, seus fidalgos e dignatários régios. Hoje, na corte de d. Rousseff, os cartões corporativos e as regalias exageradas dos 39 ministros e demais parasitas, se comparadas com o que a corte real portuguesa usufruiu aqui, é milhões de vezes superior aos gastos com a corte de desocupados reais que D. João VI trouxe consigo de Portugal. Trabalhamos, nós, os brasileiros de hoje, 147 dias ao ano apenas para pagarmos os impostos e taxas que a nova “corte de d. Luiz VI” nos impôs. É chegada a hora de darmos um novo grito de independência dessa ratazana miserável, antes que o império do mal vindo de Cuba e Venezuela se apodere de tudo por aqui. Teremos, de uma maneira ou de outra, que nos apoderarmos do poder de mando para que não sejamos escravizados por esse bando de canalhas criminosos que Lula implantou para dominar a todos. Somos mais de 200 milhões de brasileiros dominados por pouco mais de dois mil cafajestes, será que não podemos com eles?

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