quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A CANALHA ESTEVE CHAFURDANDO

PF prova que membros da Campanha da Dilma quebraram o sigilo da Família Serra.

Da Folha de São Paulo, a matéria esclarecedora, que não admite tergiversações. A responsabilidade pela quebra de sigilo da Família Serra é de Dilma Rousseff ou é ela apenas um mamulengo que nada sabe, nada vê e por nada responde? Para quem era o cérebro de um grupo guerrilheiro, preparando as operações, conforme já por ela declarado, é impossível que não tenha sida a mentora de tal ação contra o seu inimigo.

Investigação da Polícia Federal fez conexão entre a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato José Serra (PSDB) e o dossiê preparado pelo chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). A PF já descobriu quem encomendou as informações: o jornalista Amaury Ribeiro Jr., ligado ao "grupo de inteligência".Também identificou o homem que intermediou a compra dos dados obtidos ilegalmente em agências da Receita no Estado de São Paulo. Trata-se do despachante Dirceu Rodrigues Garcia. O elo foi estabelecido a partir do levantamento de ligações entre o despachante e o jornalista revelado pelo cruzamento de extratos telefônicos obtidos pela PF com autorização judicial. O uso de informações confidenciais de tucanos no dossiê petista foi revelado pela Folha em junho. Em depoimento à polícia neste mês, Garcia confirmou que Amaury pagou pelos dados da filha e do genro de Serra, Verônica e Alexandre Bourgeois, do dirigente tucano Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB. O despachante disse ter recebido R$ 12 mil pelo trabalho. O "grupo de inteligência" era responsável pelo levantamento de informações e confecção de dossiês que pudessem ser usados na campanha contra os adversários.Amaury até hoje negava que estivesse trabalhando para a campanha do PT. Mas ele participou de reunião da "equipe de inteligência" em 20 de abril deste ano, num restaurante de Brasília. Na época, o responsável pela comunicação da pré-campanha de Dilma era o jornalista Luiz Lanzetta, que participou do encontro. O flat em que Amaury estava hospedado em Brasília era pago pelo partido. Desde que a existência do grupo foi revelada pela revista "Veja", Amaury atribui a uma ala do PT o furto de informações de seu computador pessoal e o vazamento "por interesse político". Em um primeiro momento, o despachante Garcia afirmou à PF não ter envolvimento com o caso. Mas, confrontado com o histórico de telefonemas dele com Amaury, admitiu o pedido e a execução dos serviços. A investigação foi aberta a partir de reportagem da Folharevelando que cópias de cinco declarações de renda de Eduardo Jorge faziam parte do dossiê que circulava entre pessoas ligadas ao "grupo de inteligência". Ontem, a advogada de EJ foi à Superintendência da PF em Brasília para obter novas informações e cópias de depoimentos do inquérito. Segundo a investigação, quando os dados dos tucanos foram encomendados em outubro de 2009, Amaury ainda mantinha vínculo profissional com o jornal "O Estado de Minas". O PT atribui ao diário proximidade política com o ex-governador tucano Aécio Neves, eleito senador. A partir de depoimentos e cruzamentos telefônicos, a PF mapeou a cadeia da quebra dos dados fiscais. Amaury não só fazia a encomenda, segundo a PF, como ia a São Paulo buscar os documentos. As viagens eram pagas pelo jornal. Garcia fazia contato com o office-boy de São Paulo Ademir Cabral. Este acionava um outro despachante, Antonio Carlos Atella. Atella tinha dois caminhos para obter os dados. O primeiro por meio da falsificação de uma solicitação de cópia de documentos da Receita. O segundo era contatar o despachante Fernando Araújo Lopes. Segundo a PF, Lopes pagava Adeildda dos Santos, funcionária lotada na agência da Receita em Mauá (SP), que acessou os dados.

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