Eu te contemplo e, sem que me digas nada,
Ouço a tua voz interior me confessar que me queres.
E nesse instante mágico, movido pelos carrilhões
Do meu coração em alvíssaras, festejo comigo mesmo.
Não se faz necessário que me digas qualquer palavra
Por mais doce e linda que seja, pois eu percebo
Em teus gestos e olhares que sou o teu eleito.
E perante o altar desse amor que nasceu de uma poesia,
Versejo em teu louvor entoando o cântico produzido
Pelas vibrações mais delicadas que minhas cordas vocais
São capazes de emitir num ensejo como esse.
E componho, desse modo, a tua canção de amor perfeito
Pois que oriunda do sentir mais nobre
Que a minha alma é capaz de dar à luz.
E então, numa oração silente eu agradeço a Deus
O presente que, num sopro de bondade, Ele me deu.
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