quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
SUAS "EXCELÊNCIAS"
OLAVO DE CARVALHO | 10 DEZEMBRO 2010
ARTIGOS - GOVERNO DO PT
A exploração estatal do erotismo é característica inconfundível dos regimes totalitários e revolucionários.
Por que devemos consentir em continuar chamando de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação" um semianalfabeto que não sabe sequer soletrar a palavra "cabeçalho"? Por que devemos continuar adornando com o título de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Defesa" um civil bocó que se fantasia de general sem nem saber que com isso comete ilegalidade? Por que devemos honrar sob a denominação de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Cultura" um pateta sem cultura nenhuma? Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham - se é que tinham - relações sexuais com cabritas e jumentas?
Essas criaturas, é certo, têm o direito legal a formas de tratamento que as elevam acima do comum dos mortais, mas até quando nossos nervos suportarão o exercício supremamente antinatural e doentio de fingir respeito a pessoas que não merecem respeito nenhum, que só emporcalham com suas presenças grotescas os cargos que ocupam? Respeito, afinal de contas, é noção hierárquica: sem o senso da distinção entre o melhor e o pior, o alto e o baixo, o excelso e o vulgar, não há respeito possível.
Nietzsche já observava: Quem não sabe desprezar não sabe respeitar. Se um sujeito que só merece desprezo aparece envergando um uniforme, ostentando um título, exibindo um crachá que o diz merecedor de respeito, estamos obviamente sofrendo uma agressão psicológica, um ataque de estimulação contraditória, ou dissonância cognitiva, que esfrangalha o cérebro mais vigoroso e reduz ao estado de cãezinhos de Pavlov as mentes mais lúcidas e equilibradas.
Um povo submetido a esse regime perde todo senso de gradação valorativa, todo discernimento moral. Prolongado o tratamento para além de um certo ponto, a sociedade entra num estado de desmoralização completa, de apatia, de indiferentismo, onde só os mais cínicos e desavergonhados podem sobreviver e prosperar.
Mas não é só nas pessoas que o encarnam que o presente governo é uma usina de estimulações desmoralizantes. Impondo a sodomia como o mais sacrossanto e incriticável dos atos, as invasões de terras como modalidade superior de justiça fundiária, o abortismo como dever de caridade cristã, a distribuição de pornografia às crianças como alta obrigação pedagógica, Suas Excrescências estão fazendo o que podem para sufocar, na alma do povo brasileiro, toda capacidade de distinguir entre o bem e o mal e até a vontade de perceber essa distinção.
Nunca, na história de país nenhum, se viu uma degradação moral tão rápida, tão geral e avassaladora. Os crimes mais hediondos, as traições mais flagrantes, os escândalos mais intoleráveis são aceitos por toda parte não só com indiferença, mas com um risinho de cumplicidade cínica que, nesse ambiente, vale como prova de realismo e maturidade.
Em cima de tudo, posam as personalidades mais feias e disformes, ante as quais mesmo homens sem interesses obscuros em jogo se sentem obrigados a debulhar-se em louvores e rapapés.
Num panorama tão abjeto, destacam-se quase como um ato de heroísmo as manifestações de desrespeito ostensivo com que os estudantes da Universidade de Brasília saudaram, na inauguração do "beijódromo", o presidente da República, seu ministro da Incultura e o reitor José Geraldo Souza Júnior.
Que é um "beijódromo", afinal? Idéia suína concebida na década de 60 por Darci Ribeiro, um dos intelectuais mais festeiros e irresponsáveis que já nasceram neste País, então deslumbrado com a doutrina marcusiana da gandaia geral como arma da revolução comunista, o "beijódromo" é um estímulo à transformação da universidade em espaço lúdico-erótico onde um governo de vigaristas possa obter ganhos publicitários explorando calhordamente os instintos lúbricos da população estudantil, assim desviada dos deveres mais óbvios que tem para consigo mesma e para com o País.
Meu caro amigo Reinaldo Azevedo assim resumiu o caso: "Um estado totalitário reprime o tesão. Um estado demagogo o estatiza." Peço vênia para discordar. Excetuados os países islâmicos, só alguns regimes autoritários, de natureza transitória, ousaram impor a repressão sexual.
A exploração estatal do erotismo é característica inconfundível dos regimes totalitários e revolucionários. Quem tenha dúvida fará bem em percorrer as 650 páginas do estudo magistral de E. Michael Jones, Libido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control (St. Augustine's Press, 2000). O "beijódromo" é a cristalização mais patente de um totalitarismo em gestação.
Os gritos e insultos com que Lula foi recebido por estudantes que querem algo mais que pão, circo e orgasmo refletem um fundo de sanidade que ainda resta na alma popular: nem todos os cérebros, neste País, estão perfeitamente adestrados na arte de bajular o que não presta.
Esse protesto impremeditado, espontâneo, sem cor ideológica definida, traz a todos os brasileiros a mais urgente das mensagens: no estado de degradação pomposa a que chegamos, só uma vigorosa falta de respeito pode nos salvar.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
OS BARÕES DAS DROGAS NO BRASIL
OLAVO DE CARVALHO | 01 DEZEMBRO 2010
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
Já faz dez anos que o então principal traficante brasileiro, Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia,
descreveu em detalhes a operação em que trocava armas contrabandeadas do Líbano
por duas toneladas anuais de cocaína das Farc.
Um leitor pede, gentilmente, que eu lhe diga quem, afinal, são os tão falados e jamais nomeados "barões da droga". Quem ganha com o crescimento ilimitado das quadrilhas de narcotraficantes e sua transformação em força revolucionária organizada, ideologicamente fanatizada, adestrada em táticas de guerrilha urbana, capacitada a enfrentar com vantagem as forças policiais e não raro as militares?
A resposta é simplicíssima: quem ganha com o tráfico de drogas é quem produz e vende drogas. O maior, se não o único fornecedor de drogas ao mercado brasileiro são as Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. São elas, também, que dão adestramento militar e assistência técnica ao Comando Vermelho, ao PCC e a outras quadrilhas locais.
Já faz dez anos que o então principal traficante brasileiro, Fernandinho Beira-Mar, preso na Colômbia, descreveu em detalhes a operação em que trocava armas contrabandeadas do Líbano por duas toneladas anuais de cocaína das Farc. Também faz dez anos que uma investigação da Polícia Federal chegou à seguinte conclusão: "A guerrilha tem o comando das drogas" (v.http://www.olavodecarvalho.org/semana/031002jt.htm).
Se alguém ainda tem dúvidas, está gravemente afetado da Síndrome do Piu-Piu: "Será que vi um gatinho?"
Mas, dirá o leitor, não há políticos envolvidos na trama, gente das altas esferas, que dirige tudo de longe, sem mostrar a cara ou sujar as mãozinhas? Claro que há. Mas só são invisíveis a quem tenha medo de os enxergar. Para descobri-los, basta averiguar quem, na política, protege as Farc. Não preciso dar nomes: para avivar a memória, leia as listas de participantes do Foro de São Paulo, entidade criada precisamente para articular, numa estratégia revolucionária abrangente, a política e o crime.
Alguns ganham muito dinheiro com isso, mas nem todos, na lista, têm interesse financeiro direto no narcotráfico - o que não os torna menos criminosos. As Farc e organizações similares servem-lhes de arma de barganha, para criar o caos social, intimidar o inimigo e extorquir dele concessões políticas que valem muito mais do que dinheiro.
Quando a guerrilha está em vantagem, os políticos sublinham com as armas da retórica a retórica das armas, anunciando o advento de uma sociedade justa gerada no ventre do morticínio redentor. Quando a guerrilha está perdendo, usam o restinho dela como instrumento de chantagem, oferecendo a "paz" em troca da transformação dos bandos armados em partidos políticos, de modo a premiar a lista de crimes hediondos com a abertura de uma estrada risonha e franca para a conquista do poder.
São esses os barões. Não há outros. A parceria deles com o narcotráfico vem de longe. Começou na Ilha Grande, nos idos de 70, quando terroristas presos começaram a doutrinar os bandidos comuns e a ensinar-lhes os rudimentos da guerrilha urbana, segundo o manual de Carlos Marighela. Naquela época, os guerrilheiros e a liderança esquerdista em geral tinham um complexo de inferioridade: viam-se como uma elite isolada, sem raízes nem ressonância no "povo", em cujo nome falavam com um sorriso amarelo.
Por feliz coincidência, foram parar na cadeia numa época em que o filósofo germano-americano Herbert Marcuse lhes dera uma idéia genial: a faixa de população mais sensível à pregação revolucionária não eram os trabalhadores, como pretendia Karl Marx, e sim os marginais - ladrões, assassinos, narcotraficantes. Que parassem de pregar nas fábricas e buscassem audiência no submundo - tal era o caminho do sucesso. Quando as portas do cárcere se fecharam às suas costas, abriram-se para eles as portas da mais doce esperança: lá estava, no pátio da prisão, o tão ambicionado "povo". Sua função no esquema? Transmutar o reduzido círculo de guerrilheiros em movimento armado das massas revolucionárias.
Em 1991, o projeto, em formato definitivo, já vinha exposto com toda a clareza no livro Quatrocentos Contra Um, do líder do Comando Vermelho, William da Silva Lima, publicado pela Labortexto e lançado ao público na sede da Associação Brasileira da Imprensa, entre aplausos de mandarins da intelectualidade esquerdista que ali viam materializados seus sonhos mais belos de justiça e caridade.
Mais que materializados, ampliados: "Conseguimos o que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes, que matarão vocês nas esquinas." Todo o descalabro sangrento que hoje aterroriza a população do Rio de Janeiro não é senão a efetivação do plano aí esboçado com a ajuda dos mesmos luminares do esquerdismo que hoje pontificam sobre "segurança pública".
O parágrafo seguinte não preciso escrever, porque já escrevi. Está no Diário do Comércio de 16 de outubro de 2009 (http://www.olavodecarvalho.org/semana/091016dc.html): "Mais tarde, os terroristas subiram na vida, tornaram-se deputados, senadores, desembargadores, ministros de Estado, tendo de afastar-se de seus antigos companheiros de presídio. Estes não ficaram, porém, desprovidos de instrutores capacitados.
A criação do Foro de São Paulo, iniciativa daqueles terroristas aposentados, facilitou os contatos entre agentes das Farc e as quadrilhas de narcotraficantes brasileiros - especialmente do PCC -, dos quais logo se tornaram mentores, estrategistas e sócios. Foi o que demonstrou o juiz federal Odilon de Oliveira, de Ponta Porã, MS, pagando por essa ousadia o preço de ter de viver escondido, como de fosse ele próprio o maior dos delinquentes, enquanto os homens das Farc transitam livremente pelo país, têm toda a proteção da militância esquerdista em caso de prisão e até são recebidos como hóspedes de honra por altos próceres petistas."
Mas também é claro que, entre esses dois momentos, os apóstolos da sociedade justa não ficaram parados: fizeram leis que dificultam a ação da polícia (o governador carioca Leonel Brizola chegou a bloqueá-la por completo), espalharam por toda a sociedade a noção de que os bandidos são vítimas e, a pretexto de combater o crime por meio de uma "política de inclusão", construíram nos redutos da bandidagem obras de infraestrutura que tornam a vida dos criminosos mais confortável e sua ação mais eficiente.
No meio de tanta atividade meritória, ainda tiveram tempo de estreitar os laços tático-estratégicos entre as quadrilhas de delinquentes e a militância política, articulando, nas reuniões do Foro de São Paulo, a colaboração entre as Farc e o MST, que hoje recebe da guerrilha colombiana o mesmo adestramento em técnicas de guerrilha que começou a ser transmitido aos presos da Ilha Grande nos anos 70.
Falar em "ligações" da esquerda com o crime é eufemismo. O que há é a unidade completa, a integração perfeita, uma das mais formidáveis obras de engenharia revolucionária de todos os tempos. Não espanta que empreendimento de tal envergadura tenha a seu dispor, entre os "formadores de opinião", um número até excessivo de colaboradores incumbidos de negar a sua existência.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A GRANDE ALIANÇA PARA O TRÁFICO
FARC usarão PCC e aliados no Brasil para assumir narcovarejo no RJ se CV e ADA “caírem”
Por Jorge Serrão
A “geopolítica” do narcotráfico no Brasil pode sofrer profundas mudanças no curto e médio prazos. A facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital já costura um acordo com seus parceiros das FARC no Brasil para assumir a hegemonia dos negócios de distribuição de drogas e aluguel de armas no Rio de Janeiro. Tudo depende do estrago estrutural sofrido pelo Comando Vermelho na guerra de enxugamento de gelo contra o narcotráfico no Complexo do Alemão – que era o principal centro logístico do CV. Também depende do futuro da principal rival da facção criminosa carioca, a Amigo dos Amigos, que pode se enfraquecer se eventualmente ocorrer uma mega-operação contra o narcovarejo na Rocinha – área dominada pela ADA.
O cenário é desenhado pela área de inteligência militar – que monitora a ação das FARC na parceria com as facções criminosas (PCC, CV e ADA) no Brasil. As FARC são os maiores fornecedores das drogas para o eixo RJ e SP. Em troca, recebem dinheiro e material (principalmente carros e peças de veículos roubados) que garantem a sobrevida da guerrilha colombiana, apesar do permanente ataque imposto pelo governo de lá, em parceria com a indústria bélica norte-americana. Agora, dirigentes das FARC já pensam em usar seus laranjas e simpatizantes no Brasil para tomar o negócio do narcovarejo no RJ, caso o sistema policial desmonte a estrutura do CV (principal parceiro, via Fernandinho Beira-Mar) e da ADA.
Analistas de inteligência avaliam que uma das opções táticas das FARC seria fortalecer seus laços com o PCC. A facção paulista tem uma estrutura logístico-administrativa muito mais profissional que as quadrilhas cariocas. O PCC opera como uma holding, que comanda vários negócios invisíveis, inclusive no setor financeiro informal. O PCC esquenta dinheiro emprestando dinheiro em comunidades carentes de São Paulo. Além de prestar “serviços de segurança”, os empresários-laranjas mantidos pelo PCC se transformam em lideranças comunitárias, Assim, o PCC vai ganhando força política e econômica para crescer.
Só em três dias de operação, o CV teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, com apreensão de drogas e armas – o que pode afetar a sustentabilidade de seus esquemas mafiosos. O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior, já que não foram contabilizados nas perdas, os revólveres, pistolas e granadas apreendidas. O CV pode demorar a se recuperar do baque sofrido no Alemão, com seus membros se reorganizando nas favelas do Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona Norte do Rio de Janeiro. As FARC e parceiros político-econômicos contam com tal demora.
Por isso, os mesmos analistas de inteligência interpretam o que estaria por trás dos ataques profundos, por enquanto, apenas contra o Comando Vermelho: a intenção de desestruturar o CV, para que outra facção (seja a ADA e, mais adiante, o PCC) tomem conta dos negócios gerenciados, atrás das grades, pela turma de Fernandinho Beira-Mar (vulgo Luiz Fernando da Costa) e Marcinho VP (vulgo Márcio dos Santos Nepomuceno) – marginais que têm gente muito maior por trás deles, no campo político e empresarial.
Origem da “guerra”
Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPP
domingo, 28 de novembro de 2010
O RIO DE JANEIRO E AS FARC
SÁBADO, 27 DE NOVEMBRO DE 2010
As FARC e o cerco aos traficantes cariocas
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
COMO AGEM OS PATROCINADORES DO CAOS
Caos na segurança do Rio é o mestre-salas do show de incoerência dos petistas
25.11.2010 - 4:45pm | Seção: Política
A turma fugiu –
Em 2006, por ocasião das eleições gerais, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC, deflagrou em São Paulo uma onda de ataques que levou a população da maior cidade brasileira a não sair de casa. À época, o episódio serviu para rechear o discurso dos candidatos do PT contra os tucanos Geraldo Alckmin, que disputava a Presidência da República contra Lula, e José Serra, que concorria ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. O assunto só não prosperou como planejado pelo PT porque a policiais interceptaram ligações telefônicas em que marginais davam ordens aos familiares e subordinados em liberdade para que votassem no mensaleiro José Genoíno, eleito naquele ano à Câmara dos Deputados.
Coincidência ou não, semanas antes do clima de terror que tomou conta da cidade de São Paulo o deputado cassado José Dirceu viajou repentinamente para a Bolívia, onde se encontrou com o também deputado Gabriel Herbas Camacho, ligado ao presidente-cocalero Evo Morales. O parlamentar boliviano é irmão de Marcos Williams Herbas Camacho, considerado o número 1 na hierarquia do PCC.
Na eleição deste ano, o assunto do terror instalado em São Paulo foi retomado pelo senador Aloizio Mercadante, obrigado pelo PT a disputar o governo paulista como forma de garantir palanque para Dilma Rousseff no estado. Diferentemente do discurso que adotou nas duas distintas ocasiões, o PT optou por um silêncio obsequioso diante do caos que se alastrou pela cidade do Rio de Janeiro, que nesta quinta-feira (25) foi transformada em palco de uma caçada policial aos traficantes da Vila Cruzeiro. Organizados, como sempre, os traficantes conseguiram fugir para o conjunto de favelas conhecido como Complexo do Alemão, o que mostra que a inteligência policial continua burra.
O silêncio dos sempre gazeteiros petistas aumenta porque verbas federais, através do pirotécnico Pronasci, foram liberadas para dar suporte financeiro ao projeto das Inidades de Polícia Pacificadora, que não combate o tráfico, mas permite o acesso dos moradores às favelas e garante o convívio entre traficantes e cidadãos de bem.
Se o que vem acontecendo no Rio de Janeiro nos últimos tivesse o estado de São Paulo como cenário, certamente uma legião de petistas já teria surgido diante de câmeras e microfones para fazer aquela oposição mambembe e rasteira que os brasileiros já conhecem. As críticas palacianas certamente não surgirão, pois o incompetente Sérgio Cabral Filho, governador do Rio, é aliado de de primeira hora do presidente Lula da Silva e da eleita Dilma Rousseff.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
DOMINGO, 7 DE NOVEMBRO DE 2010
Ao vencedor, a conteiner!
Por Jorge Serrão
“Em última análise, há apenas dois tipos de pecado mortal no campo da política: a falta de objetividade e – com frequência, idêntica a ela, mas nem sempre – a irresponsabilidade”.
(Max Weber – “A Política como Vocação” – in Ensaios de Sociologia, página 139).
Circula, freneticamente, no “e-meio” militar uma análise numérica da eleição que mereceria uma atenção dos segmentos esclarecidos da sociedade. Mesmo com o nada democrático voto obrigatório, 29.191.309 eleitores não votaram no segundo turno. Isto equivale à soma do eleitorado de 16 colégios eleitorais.
Em tese, o valor total das multas que poderão ser cobradas daqueles que não votaram: R$ 102.461.494,59. A penalidade varia entre 3% e 10% do valor de 33,02 UFIR, ou seja, de R$ 1, 06 a R$ 3,51. O Juiz Eleitoral, no entanto, poderá aumentar até 10 vezes o valor, quando considerado ineficaz, em virtude da situação econômica do infrator.
Além da falta da perigosa falta de vontade de participar do fla-flu eleiroreiro do segundo turno, outro número serve de advertência para a suposta vencedora. Mais de 80 milhões de eleitores não se interessaram em votar na Dilma do Chefe, perdão, Dilma Rousseff. Votos nulos: 4.689.293.Votos em branco: 2.452.588. Não votaram: 29.191.309. José Serra teve: 43.710.381 votos. Somando tudo, 80.043.571, em tese, não se interessaram por Dilma, que conquistou 55.752.529 votos no segundo turno. Ganhou pelo percentual de 56,05% a 43,95% do adversário que não parecia, de verdade, ter muita vontade de vencer.
Os números deviam ser bons conselheiros à futura 40ª Presidenta do Brasil. Detalhe importante: ela ainda não tomou posse, embora vá dar a impressão de que já governa, mesmo antes da saída contrariada do companheiro $talinácio. Por isso, é bom ela lembrar que a oposição ao governo eleito é bem grande (80.043.571) – considerando que temos 135.803.366 eleitores. Além disto, PSDB e DEM administrarão 10 estados que somam mais de 50% do PIB nacional e 52% da população.
Dilma realmente venceu a eleição? Claro que não. O real ganhador foi seu vice Michel Temer – que comanda o PMDB. Ele será responsável pelo lucrativo controle da entrada e saída de conteineres políticos no porto do poder brasileiro. O que for decidido politicamente, passará por ele. Se não passar, não avança no Congresso. Eis o nosso “Presidedncialismo de Coalisão” – bem definido pelo sociólogo Sergio Abranches. Dilma precisa ter muito cuidado para não praticar um Presidencialismo de “Colisão” – termo bem próximo do jeitinho dela, desde os tempos de terrorista revolucionária.
Mas isto é coisa do passado! Contrariando o comercial das Organizações Tabajara, “seus pobremas apenas comessaram” – como bem escreveria um legítimo analfabeto político. A presidenta, que não foi em seu Mestrado e Doutorado, devia dar uma lidinha em Max Weber, o pai da Ciência Política. Segundo Weber, existem dois tipos de ética. A das “convicções” (ou fins últimos) e a da “Responsabilidade”.
A primeira, da convicção, consiste em tomar decisões baseadas em normas que o sujeito considera corretas. A segunda, da responsabilidade, prevê que se pense qual será a consequência da postura ou ação do detentor do poder. Max Weber receita que, para exercer a vocação política, é preciso balancear os dois tipos de ética: Convicção + Responsabilidade = a boa política – definida por Maquiavel como a arte do possível. No sentido amplo do Poder, como verbo e como substantivo.
Dilma não pode brincar com a oposição. E, muito menos, com a sua situação – que tem um equilíbrio de forças instável contra ela. O PMDB não brinca em serviço. Seu presidente (vice da Dilma) não abre mão de um conteiner de poder. Logo, Dilma poderá tudo. Menos radicalizar – como desejam seu velho instinto ideológico e muitos radicalóides que a cercam. Nada menos que 80.043.571 potenciais opositores estão de olho nela. Por isso, como já recomendou Max Weber lá em cima do texto, Dilma precisa ser objetiva e responsável.
De cara, a Presidenta precisa saber que “bronca é ferramente de otário”. Logo, suas primeiras atitudes midiáticas, são temerárias. Na primeira entrevista pós-eleição, para o Jornal da Record do Reino de Deus, Dilma prometeu às jornalistas Adriana Araújo e Ana Paula Padrão que lhes informaria, em primeira mão, a futura composição do ministério. Promessa bobinha, mas que pode lhe custar cara, porque sinaliza uma vingancinha contra a Rede Globo – que lhe fustigou no primeiro turno da campanha.
Prova do jeitinho ressentido de Dilma foi a entrevista, imediatamente posterior, no Jornal Nacional - que agora tende a perder o status de Diário Oficial do poder tupiniquim. Será que vai? Dilma não perdoou o apresentador William Boner pelas perguntinhas-estocadas nas entrevistas amestradas do primeiro turno no JN. Ao fim da entrevista do segundo turno, quando o elegante Boner tentou lhe dar um beijinho carinhoso, Dilma tirou a cara da reta e apenas lhe estendeu, friamente, a mão de ferro. Boner, que vibrou ao anunciar a vitória da primeira mulher presidenta do Brasil, ficou com cara de manezão.
Coitadinho do marido da Santa Fátima. E coitados de nós, que corremos o risco de aturar o estilo bronqueado da futura raínha-da-cocada vermelha no Palácio do Planalto. Temer deve logo descobrir que Dilma é um conteiner difícil de carregar, mesmo com toda tecnologia adquirida no Porto de Santos. Agora, à vencedora e (ao eleitorado, principalmente), as batatas quentes... Ou os lucrativos conteineres... Que Lula (ou os ministros do Supremo) nos protejam! Amém!
O MEC E SUAS ASNEIRAS
08/11/2010
às 4:59MEC disfarça a própria incompetência ameaçando os alunos
E o Enem, hein?
Fernando Haddad, ministro da Educação, é de uma incompetência que chega a ser comovente. Não obstante, é um daqueles que Lula gostaria de ver mantidos no Ministério de Dilma Rousseff. É impressionante! Não há coisa que esse senhor consiga fazer direito, mas a educação é uma das áreas mais superfaturadas da era Lula. Os números do ProUni ajudam a construir o mito. A fantástica máquina criada para repassar dinheiro público para mantenedoras privadas é considerada a grande obra do gênio.
Achando certamente que a barafunda criada na prova de sábado, com a inversão dos gabaritos, era café pequeno, o MEC resolveu ontem ameaçar os estudantes. No Twitter, mandou uma mensagem: afirmou que alunos que já “dançaram” no Enem estariam tentando tumultuar o processo (imagem no alto). O Ministério promete tomar as medidas judiciais para puni-los. E anuncia que tudo está sendo “monitorado”. É terrorismo! Prestem atenção à linguagem: o MEC recorre à gíria da garotada para demonstrar que é moderno. Mas está no paleolítico no que concerne à liberdade de expressão. Quem já deveria ter dançado há muito tempo é Haddad.
Não só! No Fantástico, a mãe de uma estudante diz ter solicitado ao Ministério uma sala especial para a filha, que está com catapora, fazer a prova. Recebeu um e-mail como resposta: solicitações para salas especiais têm de ser apresentadas com dois meses de antecedência. Entendo! A garota deveria ter sabido em setembro que contrairia catapora em novembro… Santo Deus! Pior: a reportagem ouviu um representante do Ministério que assegurou que houve o necessário isolamento. Não houve. O MEC educa os nossos adolescentes ameaçando-os e mentindo.
Também houve problema com a tal “prova amarela”, com repetição de questões. O Ministério tem um resposta: no máximo, atingiu 1% dos que fizeram o exame. Parece pouco? Fala-se 33 mil pessoas!!! Há alguns dias o MEC foi notícia porque decidiu censurar Monteiro Lobato.
Mais quatro anos de Haddad na educação, as provas de seleção serão substituídas por campeonato de relincho.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
WALTER WILLIAMS | 03 NOVEMBRO 2010
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
Embora os esquerdistas, socialistas e comunistas condenem Hitler, eles dão passe livre aos assassinos mais terríveis do mundo. Primeiro, eles fazem uma falsa distinção entre fascismo, comunismo e socialismo, mas, o que é mais importante, eles simpatizam com os objetivos econômicos do comunismo e do socialismo.
Uma das maiores fontes de confusão e engano é a diferença entre esquerdistas, progressistas, socialistas, comunistas e fascistas. Eu pensei nissoassim que bati o olho na passeata da "One Nation" [Uma Só Nação], em Washington. Os participantes marchavam com faixas, placas e cartazes dizendo"Socialistas", "Socialistas Democratas de Ohio," "Organização dos Socialistas Internacionais," "Partido Socialista dos EUA," "Construir uma Alternativa Socialista" e outros cartazes manifestando apoio ao socialismo e o comunismo. Havia barracas onde eles vendiam livros de bolso com os títulos de "O Marxismo e o Estado," "Manifesto Comunista," "Quatro Clássicos Marxistas," "O Caminho do Socialismo" e títulos semelhantes.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
CARÁTER À VENDA
NIVALDO CORDEIRO | 03 NOVEMBRO 2010
MEDIA WATCH - OUTROS
Dilma glamurizada no Jornal Nacional e Abílio Diniz louvando o governo petista. Eis a cooptação da grande imprensa e dos grandes grupos empresariais por parte dos revolucionários, promovendo a falsificação da história e o socialismo dos ricos, o padrão da economia globalista, de viés fascistóide, que sufoca os pequenos empreendedores. Nivaldo Cordeiro comenta em vídeos.
A edição de ontem do Jornal Nacional, da Rede Globo, direto de Brasília, contou com a presença da presidente eleita, Dilma Rousseff, nos estúdios.
Foi o mais espetacular caso de puxa-saquismo jornalístico da história da televisão brasileira.
VOCÊ RACIOCINA POR CONTA PRÓPRIA?
OLAVO DE CARVALHO | 01 NOVEMBRO 2010
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
Enquanto uma coisa não aparece no Jornal Nacional ou não é confirmada pelo testemunho de meia dúzia de pop stars, ela não existe, ainda que pose ante os olhares do mundo desde o alto do Corcovado ou no meio da Praça da Sé.
De repente, parece que todas as mentes iluminadas do País descobriram aquilo que os documentos internos do PT, as atas do Foro de São Paulo e centenas de artigos que escrevi a respeito lhes teriam revelado dez ou vinte anos atrás, se consentissem em lê-los e se, malgrado suas profissões nominalmente letradas, não padecessem da obstinada insensibilidade brasileira à palavra escrita.