quinta-feira, 26 de julho de 2018

AMOR EM ÊXTASE (poesia) (262/18)




AMOR EM ÊXTASE - (262/18)
(https://youtu.be/whd2UQcA-CY)
"Primavera" (A Quatro Estações - Antonio Vivaldi) Quinteto Israelense "CARMEL A CAPELLA".



A magnífica visão do teu corpo é como um filme de amor e romance, uma obra prima de um pintor renascentista.
É uma poesia em forma humana...
É uma escultura com vida plena com todo viço de mulher madura e estonteantemente bela.
É um sonho erótico, mas com a delicadeza dos detalhes em nuances sutis e suaves.
Extasio-me ao te ver a meio pano... seminua a me provocar sem pudor ao extremo.
Faço uma viagem sem volta ao te ver lânguida sobre teus lençóis de linho branco, deixando-me contemplar a tua anatomia deslumbrante cruelmente semicoberta.
Num soslaio vislumbro disfarçadamente as tuas coxas desnudas ao frescor da ventilação que combate o forte calor da tua cidade.
Propositalmente deixas-me ver sutis fragmentos dos teus belos seios fartamente distribuídos quase sem caber na blusa fina de seda azul claro.
Teus lábios vermelhos de carmim vez por outra umedecidos pela deliciosa língua que tens nessa boca magnífica.
Me provocas de propósito quando me vês te olhando com a voracidade de um tigre que observa a presa a ser devorada.
E assim me delicio nesse vislumbrar maravilhoso de imagens deliciosas do teu esplendoroso corpo de mulher/moça saborosamente estendido sobre a tua cama.
É como uma ceia dos deuses num campo florido do Olimpo.
Tu és uma deusa encantada que Zeus produziu num dos seus périplos pela floresta mágica da Grécia antiga.
És a minha ninfa dos bosques e cascatas, das flores e riachos embelezados pela mãe natureza.
Tu és um parto de delícias e belezas inenarráveis....
Tu és a minha mulher querida.

domingo, 15 de julho de 2018

VIOLINO ONÍRICO (244/18)


(https://youtu.be/luL1T1WQC2k) "Meditação" - J. Massenet
(https://youtu.be/8b9uU_z8FfE) "Ària da Corda de Sol - J. S. Bach



L. Telles Bezerra

Num fim de tarde de um dia chato perambulava despreocupado pela praça da matriz, quando ouvi o som maravilhoso de um violino.

Quis saber de onde vinha tamanha maravilha e comecei a procurar.

Por fim encontrei o lugar de onde se produzia aquele som cheio de suavidade e muita ternura.

A peça musical era “MEDITAÇÃO”, de Jules Massenet.

Uma preciosidade magnífica que aprecio muito.

Fiquei recostado em frente ao portão do pequeno bangalô de onde vinha o recital de violino.

Queria saber quem estava executando aquela música divina com tanta virtuosidade.

Só poderia ser um anjo, pensei comigo mesmo.

De repente, através da portinhola da porta de entrada, vislumbrei uma linda moça empunhando o instrumento de quatro cordas.

A música me pareceu ainda mais linda depois daquela visão angelical.

Com receio de ser mal interpretado evitei tocar a campainha e me afastei dali meio a contragosto.

Prometi a mim mesmo que voltaria no outro dia e tentaria chamar a atenção daquele querubim.

No outro dia, na mesma hora, estava eu ali escorado no muro baixo da casa da fadinha violinista.

Dessa vez ela tocava a “Ária na Corda de Sol” do divino Johann Sebastian Bach.

Ao término da execução não me contive e toquei a campainha.

Ela olhou pela portinhola e veio atender-me.

Eu a cumprimentei e me desculpei pelo transtorno.

Ela, educadamente, aceitou as minhas desculpas e me ouviu dizer-lhe que estava encantado com sua magistral execução.

Com um sorriso tão lindo quanto a música que executara, ela me convidou para entrar.

Ao transpor a soleira da porta tropecei na mesma e, antes de cair ao solo, acordei do meu sono delicioso em minha rede estendida na varada de minha casa.

Eu havia adormecido com os fones acoplados a ouvir uma seleção de músicas eruditas previamente escolhidas para meu deleite.

Tudo não passou de um delicioso sonho, infelizmente.