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ELA WIECKO |
Escrito por Eduardo Cruz | 26 Agosto 2016
Artigos - Globalismo
Abortista, pró-drogas, adepta da ideologia de gênero, defensora da regulamentação da prostituição, indigenista radical e inimiga jurada das Forças Armadas.
Não surpreende que a Dra. Ela Wiecko seja figura central em eventos patrocinados por governos estrangeiros e agentes globalistas como as fundações Ford, Rockefeller e Open Society (de George Soros), entre outras.
"Uma nação pode sobreviver aos tolos e até aos gananciosos, mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo estrangeiro não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade às suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo na escuridão da noite para demolir os alicerces da Nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe. Deve-se temê-lo mais que a um assassino."
Marco Túlio Cícero, cônsul romano, 106 a.C. – 43 a.C.
INTRODUÇÃO
No dia 21 de junho, por quatro votos a um, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal acolheu a Petição nº 54853, que acusa o Capitão R-1 Jair Messias Bolsonaro de haver incorrido no delito de “incitação ao crime”, previsto no art. 286 do Código Penal.
Os fatos que deram origem ao processo são amplamente conhecidos. Não é preciso recapitulá-los. Em vários sites pode-se encontrar o vídeo que registrou as ofensas daquela deputada e a reação de Bolsonaro, bem como os comentários que ele fez sobre o entrevero.
Também são amplamente conhecidas as posições de ambos. Durante seu 2º mandato na Câmara, em 2008, Maria do Rosário trabalhou para obstruir a instalação da CPI do Aborto Clandestino, no intuito declarado de impedir a exposição e punição dos criminosos chamados a depor [1]. Anos depois, já como Secretária de Direitos Humanos, se indispôs com as Forças Armadas por conta de uma entrevista concedida ao Correio Braziliense em 09/02/2012, quando sustentou a tese de que a Lei de Anistia deve ser revogada – mas revogada pela metade, para processar apenas os militares, não os guerrilheiros [2]. Mais recentemente, manifestou-se contra a PEC nº 215, que, se aprovada, conferirá ao Congresso a prerrogativa de autorizar ou vetar a demarcação de terras indígenas identificadas pelo Poder Executivo – atualmente, este último concentra em suas mãos quase todas as atribuições concernentes ao tema.
Jair Bolsonaro, por sua vez, bate-se contra as tentativas de legalizar o aborto [3] e revogar a Lei de Anistia [4]. Também é conhecida sua posição favorável à PEC nº 215, cuja aprovação dificultaria a ação do “lobby estrangeiro” que vem atuando junto ao Poder Executivo para demarcar terras indígenas pelo Brasil afora [5]. Há 20 anos o deputado vem denunciando a existência de uma campanha orquestrada por “ONGs que representam países do Primeiro Mundo” [6], cujos governos buscam “usar o índio como massa de manobra” e jogá-lo contra o restante da população, a fim de dificultar sua integração à sociedade e mantê-lo isolado em imensas reservas [7]. O objetivo real das demarcações seria impedir que o Brasil aproveite as riquezas ali existentes para desenvolver sua indústria em condições de competir com similares estrangeiras [8]. No limite, segundo o capitão, a gritaria preservacionista poderia ser instrumentalizada pela ONU para usurpar a soberania do Brasil sobre a Amazônia, sob alegação de que o País não consegue proteger os índios e a fauna da região [9]. Em tal cenário, as reservas se tornariam áreas semi-autônomas dentro do Brasil, sob tutela de organismos internacionais, sob pretexto de salvaguardar os direitos humanos de minorias étnicas, tal como sucedeu na Iugoslávia[10]. Para Bolsonaro, um passo perigoso nesta direção foi dado em 2007, quando o Brasil aderiu à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, na 107ª Sessão Plenária da ONU, já que o documento dificulta a presença das Forças Armadas nas terras indígenas e reconhece a “autodeterminação” das comunidades ali viventes [11].
Além dos temas acima, seria possível citar outros, em relação aos quais Jair Bolsonaro e Maria do Rosário se posicionam em campos antagônicos: maioridade penal, socialismo, desarmamento, drogas, ideologia de gênero, etc. Quase todos os observadores focalizam suas lentes nos dois protagonistas. Outros voltam seus olhos para o STF. Entretanto, até agora ninguém prestou atenção em uma terceira personagem do enredo: a Dra. Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Vice-Procuradora-Geral da República, autora da acusação encaminhada ao Supremo. Um espectador desatento pode imaginar que ela apresentou a denúncia movida pelo dever de ofício, a partir de uma interpretação bastante criativa das palavras alheias. Contudo, um exame mais detido do contexto revela que os motivos da denúncia são puramente políticos. Por quê? Porque há mais de 20 anos a Dra. Ela Wiecko vem trabalhando para promover – e até institucionalizar – certa agenda ideológica, da qual o deputado Jair Bolsonaro é feroz inimigo. Em última análise, trata-se de usar o Judiciário para perseguir o único presidenciável que combate a intromissão de certos grupos estrangeiros e organismos internacionais nos assuntos internos do nosso País.
Como não tenho o dom de ler pensamentos, não posso afirmar que a Dra. Ela Wiecko age conscientemente a serviço de interesses antipatrióticos. Prefiro acreditar que ela está apenas equivocada, pois não desejo injustiçar alguém que sequer conheço. Todas as informações a seguir foram rigorosamente checadas e podem ser conferidas nos links apensos ao texto, bem como nas notas de rodapé, que levarão o leitor a relatórios, atas, comunicados, depoimentos juramentados e outras fontes de autenticidade incontroversa.
A Dra. Ela Wiecko ingressou no Ministério Público Federal em 1973. Boa parte da sua carreira está descrita na Plataforma Lattes, que registra sua participação no VII Congresso Internacional de Criminologia dos Países Socialistas, realizado em Cuba, de 20 a 24 de novembro de 1989. Não tenciono, porém, iniciar minha narrativa a partir de um ano tão remoto. Prefiro realçar alguns fatos ocorridos nos últimos 20 anos, ao longo dos quais a Dra. Ela Wiecko ocupou vários cargos-chave: foi integrante da 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (1996-1997), Subprocuradora-Geral da República (1998-1999), integrante e depois Coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (2000-2004), Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão (2004-2008), Corregedora-Geral do MPF (2009-2011), Subprocuradora-Geral da República (2012-2013) e Vice-Procuradora-Geral da República (desde 2013). Também pertenceu à Comissão de Seleção do Programa Internacional de Bolsas da Fundação Ford (2005) e leciona no curso de Direito da UnB há 16 anos.
Enumerei os cargos e datas para que o leitor possa situar os fatos descritos abaixo no seu contexto. Para facilitar a interpretação dos acontecimentos, dividi a atuação política da Dra. Ela Wiecko em quatro blocos: (1) Militância pela liberação do aborto, pela difusão da ideologia de gênero e pela regulamentação da prostituição; (2) Militância pela liberação do consumo de todas as drogas; (3) Atuação em favor do indigenismo radical; (4) Tentativas de provocar as Forças Armadas. Dentro do possível, abstive-me de emitir juízos de valor. Prefiro que cada um tire suas próprias conclusões. As minhas deixei para o final.
1 - MILITÂNCIA PELA LIBERAÇÃO DO ABORTO, PELA DIFUSÃO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO E PELA REGULAMENTAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO
Em 24 de março de 1998 a Dra. Ela Wiecko foi designada pelo Ministério da Justiça para compor a Comissão encarregada de revisar o anteprojeto de Código Penal que havia sido redigido no âmbito da pasta [12]. Nesta condição, trabalhou para ampliar o rol de hipóteses em que o aborto seria permitido, como pode-se ler nesta passagem de uma entrevista concedida por ela: “Introduzimos uma causa nova de exclusão de ilicitude do aborto ou, como se diz de um modo geral, uma causa de aborto legal além do perigo de vida. Introduzimos o risco à saúde” [13]. Mais recentemente, em 23 de março de 2015, já no cargo de Vice-Procuradora-Geral, a Dra. Ela Wiecko entregou aos ministros do STF uma petição assinada por 3.300 ativistas, solicitando que o aborto seja amplamente permitido até o final do 3º mês de gestação. A comitiva que a acompanhou no Supremo era formada por sete senhoras, entre elas a advogada Leila de Andrade Linhares Barsted, coordenadora da Cepia, ONG que recebe verbas milionárias da Fundação Ford desde os anos 90, conforme consta nos registros desta última [14].
Em seguida, a comitiva se reuniu com o deputado Jean Wyllys, que encaminhou a proposta ao Congresso na forma do Projeto de Lei nº 882, em 24 de março de 2015. Óbvio que foi uma iniciativa previamente combinada, tendo em vista que a audiência e a apresentação do PL ocorreram no mesmo dia. Na Justificativa do projeto, o deputado explica que ele foi redigido com ajuda de várias pessoas e entidades, entre elas a IPAS [15]. Para quem não sabe, a IPAS (International Projects Assistance Services) é uma ONG abortista sediada em Chapel Hill, nos EUA [16]