quarta-feira, 30 de abril de 2014

Câmara adia votação de Plano Diretor e sem-teto entram em confronto com a PM



Texto não será votado nesta terça por falta de relatórios de cinco comissões

29 de abril de 2014 | 18h 01

Bruno Ribeiro e Diego Zanchetta - O Estado de S. Paulo
Atualizada às 20h47
Cerca de 3 mil manifestantes fizeram pressão em frente à Câmara - Alice Vergueiro/Futura Press
Alice Vergueiro/Futura Press
Cerca de 3 mil manifestantes fizeram pressão em frente à Câmara
SÃO PAULO - Cerca de 3 mil sem-teto entraram em confronto com a Polícia Militar no centro de São Paulo, por volta das 17h20 desta terça-feira, 29, logo após o presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), anunciar o adiamento da votação do Plano Diretor. Por falta de relatórios de cinco comissões - Saúde, Educação, Transporte, Administração Pública e Finanças -, os vereadores suspenderam a primeira discussão, prevista para a noite desta terça. Os relatórios precisariam antes ser publicados no Diário Oficial da Cidade.
Logo após o anúncio, os sem-teto que fechavam as duas vias de acesso ao Viaduto Jacareí, no centro, e pressionavam os vereadores para votar o projeto se revoltaram. Eles começaram a atirar pedras contra o Palácio Anchieta e queimaram banheiros químicos que estavam na rua. Grupos liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) destruíram as grades que cercavam a sede do Legislativo.
A reação da Tropa de Choque da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi imediata. Os PMs começaram a lançar bombas de gás contra os manifestantes, que montaram barricadas de fogo. A confusão durou mais de uma hora, se espalhou pela região e chegou até a Praça da Sé.
Um restaurante ao lado da Câmara foi incendiado e pelo menos sete ruas foram bloqueadas com montanhas de pneus queimados. Dentro do plenário, a sessão foi suspensa após alguns sem-teto começarem a lançar pedaços de madeira arrancados das galerias nos vereadores.
Tensão. "Podem tacar fogo nos pneus, quebrar as grades, que vocês não ajudaram em nada", afirmou o presidente da Câmara ao suspender a sessão. "A história vai mostrar que vocês atrapalharam", disse Américo, enquanto bombas de gás explodiam do lado de fora do plenário. Um PM atingido com uma pedra no rosto ficou ferido e foi levado para o pronto-socorro da Casa.
Vereadores da oposição acusaram o prefeito Fernando Haddad (PT) pelo incidente - na semana passada, ele subiu em um carro de som dos grupos de sem-teto na frente da Prefeitura e pediu para que eles pressionassem a Câmara a aprovar o novo Plano Diretor, que prioriza a construção de moradias populares em áreas centrais da cidade, nas chamadas Zonas de Interesse Social (Zeis).
"Tudo o que aconteceu aqui foi fruto de uma irresponsabilidade do prefeito. Ele incitou os manifestantes", afirmou Floriano Pesaro, líder do PSDB. O PT rebateu as críticas de forma tímida, por meio do vereador Paulo Fiorilo.

"É uma irresponsabilidade acusar o prefeito, a oposição não pode fazer isso", disse.
Tumulto. Durante o protesto, como os vidros da fachada do Palácio Anchieta são blindados, os manifestantes tentaram atingir as janelas laterais. As salas das lideranças do PSDB e do PSB tiveram as janelas destruídas. Funcionários passaram mal com o cheiro de gás. Enquanto isso, o centro vivia momentos de "campo de batalha".
Os manifestantes partiram, no início da noite, rumo à Catedral da Sé. Pelo caminho, os sem-teto atearam fogo em entulhos e sacos de lixos, o que causou reflexos no trânsito de avenidas como a 9 de Julho e a 23 de Maio. A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para tentar dispersar a multidão e acelerar o passo dos manifestantes até a Sé, onde se concentraram por volta das 19h.
Quem deixava o trabalho era pego de surpresa e houve pânico. "Estava indo para o ponto de ônibus na (Avenida) Brigadeiro Luís Antônio quando vi a manifestação e uma bomba foi lançada. Tentei me esconder atrás de uma banca de jornal, mas, quando ela estourou, acertou minha perna", disse o ajudante geral Alan Maceno, de 21 anos, mostrando o ferimento.
Um efetivo policial se dirigiu à região em um ônibus. No Viaduto Jacareí e no começo da Brigadeiro, um forte cheiro de gás lacrimogêneo assustou as pessoas que permaneciam nas lojas e no interior dos prédios.
Às 20h30, parte dos manifestantes que continuavam reunidos na Sé decidiu voltar à Câmara. Eles decidiram passar a noite na frente da sede do Legislativo Municipal.

Acidente deixa 12 mortos em rodovia estadual do Maranhão



Colisão envolveu caminonhete e caminhão que era usado em transporte de pedras. Quatro pessoas ficaram feridas

30 de abril de 2014 | 0h 03

Ernesto Batista - Especial para o Estado
SÃO LUÍS - Um grave acidente envolvendo uma caminhonete modelo GM D-10 e um caminhão que era usado para carregar pedras deixou um saldo de 12 mortos e quatro feridos. A tragédia aconteceu no inicio da noite desta terça-feira, 29, no interior do Maranhão em uma rodovia estadual (MA-303) que liga os municípios de Bacuri e Apicum-Açu, localizados a cerca de 527 quilômetros da capital São Luís.
De acordo com as primeiras informações divulgadas, cerca de 30 estudantes, entre 15 e 18 anos de idade, eram transportados na caminhonete para o povoado de Mandragoa. Com a colisão, o veículo caiu em uma ribanceira.
Equipes de socorro foram encaminhadas pela Secretaria de Saúde, além do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) e de ambulâncias de cidades próximas. Algumas vítimas foram levadas para Bacuri e outras foram encaminhadas para municípios vizinhos.
Os corpos das vítimas já foram resgatados do local do acidente, apesar da dificuldade de acesso.
Em nota de pesar, a governadora Roseana Sarney (PMDB) disse que está garantido apoio imediato e envio de equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Secretaria de Educação (Seduc) para o local. “Ficamos todos muito tristes com essa tragédia, que abala não só as famílias de Bacuri, mas de todo o Maranhão”, afirmou na nota.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Joaquim rebate Lula sobre mensalão: “Merece repúdio”



Congresso em Foco

Em nota à imprensa, o presidente do Supremo disse que o ex-presidente da República demonstra desconhecer o papel de um Judiciário independente em uma democracia. Petista disse que julgamento do mensalão foi “80% político”
Nelson Jr./STF
Joaquim: “Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade"
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, rebateu nesta segunda-feira (28) as novas críticas feitas pelo ex-presidente Lula ao julgamento do mensalão. “A desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio”, disse o ministro, por meio de nota divulgada esta noite (28). Em entrevista exibida ontem (27) pela TV portuguesa RTP, Lula afirmou que o mensalão não existiu e que o julgamento do caso foi “80% político”, e apenas 20% jurídico. O único objetivo de destruir o PT. Na opinião de Joaquim Barbosa, o ex-presidente demonstra desconhecimento sobre o papel do Judiciário em uma democracia. “Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade, e acuado pela violência. Os cidadãos brasileiros clamam por justiça”, escreveu o ministro.
Segundo o presidente do Supremo, o mensalão foi julgado de forma “absolutamente transparente” e todos os acusados tiveram mais de quatro anos para se defenderem das acusações.
Ele também lamentou que o ex-presidente tenha escolhido um órgão da imprensa estrangeira para “questionar a lisura do trabalho realizado pelos membros da mais alta Corte do país”. “O juízo de valor emitido pelo ex-chefe de Estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade em compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome”, afirmou Joaquim.
Na entrevista à TV portuguesa, Lula reafirmou que a história do caso vai ser “recontada”. “O povo é mais esperto que algumas pessoas imaginam.” Para o petista, o objetivo do processo era fazer um “massacre que visava a destruir o PT”, mas isso não aconteceu. O ex-presidente voltou a declarar que não será candidato e que vai ser “cabo eleitoral” de Dilma Rousseff nas próximas eleições. “Ela vai ganhar as eleições”, disse. Lula afirmou que denúncias de corrupção como o mensalão, irregularidades na Petrobras e outros problemas levantados não ameaçam a reeleição de Dilma.

POR INTOLERÁVEL QUE PAREÇA







      
          Percival Puggina



            Há bem poucos dias, o IPEA e o IBGE qualificaram-se para a linha de tiro da oposição. As duas instituições encarregadas de fornecer números aos analistas nacionais e às políticas dos setores público e privado foram acusadas de sujeição às conveniências eleitorais do governo e de seu partido. Quando isso ocorre em qualquer instituição permanente do Estado ou da administração pública, tem-se um verdadeiro sequestro, com severo dano ao interesse nacional. Aliás, reiteradamente, as redes sociais estampam imagens de policiais federais também manifestando contrariedade com a intrusão do partido do governo nas atividades da corporação. Embora as denúncias envolvendo a Petrobras sejam, agora, a face mais visível do fenômeno que descrevo, tais fatos se reproduzem e multiplicam na imensa estrutura dos poderes públicos. É para proporcionar isso que o Estado não pára de crescer. E de encarecer. É por isso que os partidos se multiplicam como coelhos e o tamanho do Estado avança na mesma cadência. Cada peça dessa imensa máquina, pequena ou grande, responde a algum partido em primeiríssimo lugar. O bem nacional vem depois. Ou, simplesmente não vem.  

            Recordo os meses que antecederam à eleição de 2010. Cumpriu-se um cronograma de notícias oficiais, boas para o governo, divulgadas nos momentos propícios, e propagadas pela mídia sem a devida análise crítica. Tudo para nos convencer de que o Brasil era uma ilha de prosperidade e que nosso PIB cresceria segundo aqueles números sempre superiores a 4%. Números que o ministro Mantega traz na cabeça, todo Ano Novo, quando acorda do revellion. E passa o ano inteiro corrigindo para baixo.

            Por incrível que pareça, não entra no campo das análises políticas o motivo pelo qual se estabelece no Brasil esse assalto partidário a tudo que é público. Atribui-se ao velho patrimonialismo algo que tem causa institucional. Para bem entendermos o que acontece é preciso distinguir o que é Estado, o que é governo e o que é administração pública. Estado é um ente político de existência permanente, geograficamente delimitado, com poder soberano em relação a um povo que ali habita, zelando pelo bem comum num sentido amplo. O governo desempenha apenas uma das várias funções do Estado; cabe-lhe cumprir as leis e definir políticas, programas e ações para atender o bem comum nas circunstâncias dadas e por um período de tempo limitado. A administração, por seu turno, é o aparelho funcional através do qual tais políticas, programas e ações são executadas, atendendo de modo continuado os sucessivos governos.

            Nas democracias, como se pode presumir, o Estado, por ser de todos, não deve ter partido. A administração, por servir a todos, tampouco.  Assim sendo, o governo e só o governo pode ser provido pelos partidos com seus partidários. Por isso mesmo ele é escolhido numa eleição entre as legendas e tem prazo de validade limitado. Deveria saltar dos enunciados acima o absurdo em que incorre nosso modelo institucional quando, além do governo, atribui a uma única pessoa e a seu partido também Estado e o aparelho da administração pública.

            É a raposa cuidando do galinheiro. É a festa do poder. É também por isso que quando a luz se acende sobre a festa de ontem, o salão está repleto de sinais da orgia. E como só ao povo, pagador da conta, interessa moralizar as instituições, nada muda para que tudo fique como está. Assim prossegue nossa democracia, por intolerável que pareça.

ZERO HORA, 27 de abril de 2013

Esquema Vargas-Youssef detona Padilha e onda de lama se aproxima cada vez mais da petista Gleisi

Ucho.Info.com

andre_vargas_22Tiro certeiro – Os desmentidos e ameaças do petista Alexandre Padilha aos que o acusam de ligações com o doleiro Alberto Youssef duraram pouco. Novas denúncias demonstram que seu ex-assessor, Marcus Cézar Ferreira de Moura, é o executivo do Labogen, laboratório-lavanderia criado pelo doleiro Alberto Youssef em parceria com o deputado federal André Vargas para lesar os cofres públicos através do Ministério da Saúde.
De acordo com as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o Labogen lavou pelo menos US$ 113,38 milhões entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013. Parte do dinheiro teria sido remetida para o exterior, em especial para a China, por meio de contratos de câmbios fraudulentos. Esse cenário fez com que a candidatura de Padilha ao governo de São Paulo, pelo PT, subisse no telhado.
A próxima vítima das traficâncias da dupla Vargas-Youssef deve ser a senadora Gleisi Hoffmann, candidata petista ao governo do Paraná. André Vargas, apontado pelas investigações da PF como sócio oculto de Youssef, continua como coordenador da campanha da senadora petista e permanece com a incumbência de arrecadar fundos e distribuir recursos para campanhas do PT no Paraná. Irritado com a falta de apoio de Gleisi, Vargas tem distribuído informações capazes de deixar a senadora em situação muito complicada.
Não bastassem seus vínculos com Vargas, Gleisi está ameaçada por nova denúncia. Um esquema ilícito e muito lucrativo envolvia a empresa JN Rent a Car, empresa do finado José Janene que até recentemente mantinha contrato de locação de veículos com os Correios. Com sede em Londrina, a JN teria faturado R$ 77,5 milhões ao longo de oito anos. O caso pode acabar respingando em Gleisi porque, desde 2011, os Correios são comandados por Paulo Bernardo, ministro das Comunicações. Bernardo é o marido de Gleisi Hoffmann.
Contundo, engana-se quem pensa que o esquema de locação de carros para órgãos federais limitou-se ao contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. De acordo com informações obtidas pelo ucho.info, o esquema é muito maior e pode atingir inclusive o Palácio do Planalto, através de negócios escusos feitos em importantes ministérios.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Papa proclama santos João Paulo II e João XXIII


Segundo o Vaticano, cerca de 800 mil pessoas acompanharam os atos de canonização dos papas em Roma

27 de abril de 2014 | 7h 24

José Maria Mayrink - Enviado especial ao Vaticano
VATICANO - A multidão calculada em 800 mil peregrinos que assistiram neste domingo, 27, à missa de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II prendeu a respiração por um instante e em seguida aplaudiu, entre sorrisos e lágrimas, as palavras que Francisco pronunciou em latim, ao anunciar a decisão de declarar santos os seus dois predecessores. A fórmula era ritual, mas a emoção foi muito grande diante do quadro que se tinha à frente, com a imagem de quatro papas - Francisco ao lado do papa emérito Bento XVI no altar e os dois novos santos projetados em painéis coloridos na sacada da Basílica de São Pedro. Eram 10h15 (5h15 no horário de Brasília). Uma chuva fina que ameaçava a festa parou de repente e o sol apareceu no céu nublado.
Teresina Mariani, da cidade de Seregno província de Bérgamo, soluçou de alegria. Vizinha de Sotto il Monte, terra natal de João XXIII, ela comemorava mais a canonização de João Paulo II. "Tenho uma foto ao lado dele, de quando recebeu em audiência um grupo de Seregno", contava. A seu lado, Mariangela Asmaghi e seu marido Adélio, da cidade de Mera, na mesma região, rezavam a São João XXIII. "Tenho 57 anos e perdi a visão aos 26", disse ela, confiante na possibilidade de voltar a enxergar por intercessão do papa conterrâneo. "Ou dos dois, porque estou recorrendo também a João Paulo II", emendou.
O grupo de italianos estava perdido entre centenas de poloneses que agitavam bandeiras vermelho e branco, suas cores nacionais, e cartazes com declarações de amor ao papa Wojtyla. Num deles apareciam os dois papas santos, ao lado da imagem de Jesus. "Kamyk, Jezu Ufam Tobie", ou "Pedro, Jesus ama vocês," como traduziu uma mulher do nordeste da Polônia. Mais adiante, uma faixa de uns 10 metros presa a balões amarelo e branco (as cores da Santa Sé) ostentava em latim as palavras Deo Gratias, agradecendo a canonização de João Paulo II. Como ocorreu no dia da beatificação, em maio de 2011, os poloneses se destacavam entre os peregrinos que enchiam a Praça São Pedro, a Praça Pio XII e a Via della Concilliazione, até as margens do Rio Tibre.
A cerimônia começou com o canto da Ladainha de Todos os Santos, às 9h45, no momento em que o papa emérito Bento XVI, de 87 aos, chegou ao altar. O povo aplaudiu. Bento XVI foi cumprimentado pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano, arrancando novos aplausos. Entre as quase 100 delegações oficiais presentes, a Televisão Vaticano destacou o rei Juan Carlos e a rainha Sofia, da Espanha, e o ex-presidente da Polônia, Lech Walessa. O Brasil não entrou na lista de delegações, mas dois brasileiros estavam entre as autoridades: o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil na Santa Sé, Sílvio Meneses, e o diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Francisco Graziano da Silva.
A homilia do papa, em italiano, durou dez minutos. Francisco comentou o Evangelho do domingo,cantado pelos diáconos em latim e em grego, sobre o episódio em que Jesus mostra suas chagas aos discípulos, aos quais apareceu após a ressurreição. O papa aplicou o texto aos novos santos.
"São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de olhar as chagas de Jesus", disse Francisco, acrescentando: "Foram sacerdotes, bispos e papas do século 20. Conheceram todas as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Deus era mais forte neles, mais forte era a fé em Jesus Cristo, redentor do homem e senhor da história, mais forte neles era a misericórdia de Deus, que se manifesta nessas cinco chagas, mais forte era a presença materna de Maria".
Após a missa, Francisco recebeu cumprimentos das delegações e, em seguida, percorreu a Praça de São Pedro no papamóvel, estendendo o giro à Via della Concilliazione. Os pontos de saída ficaram fechados durante uma hora, até o papa se retirar. Os peregrinos estavam cansados, pois já se encontravam na praça desde a madrugada.
O acesso foi aberto às 4 horas, mas não era fácil chegar aos pontos eletrônicos de controle. As filas duraram uma hora e meia. Os policiais italianos pareciam nervosos e tratavam as pessoas com rispidez. Na Praça de São Pedro, a segurança era mais atenciosa. Um agente que pediu para duas jornalistas francesas descerem de uma fonte desativada, perto do obelisco na área central, irritou-se com a recusa delas, mas só disse que ia se fazer respeitar. Cinco minutos depois, dois policiais chegaram e só com um aceno convenceram as mulheres a descer da fonte.
Quem pretendia dormir na Praça São Pedro para garantir um bom lugar não conseguiu ficar, porque a segurança não deixou. Padre Clairisson Saraiva, de Belo Horizonte, acampou nas redondezas e foi dos primeiros a entrar. "Eu devo minha vocação a São João XXIII, pois ele foi um exemplo para mim, quando entrei para o seminário e fui ordenado aos 32 anos", disse.
Também um grupo da Comunidade Shalom, que trouxe 500 peregrinos a Roma foi obrigado a sair da praça.Diego Macedo, de Fortaleza, e Edionê Cristina Santos, de Marajó, acamparam com outros colegas nas proximidades do Vaticano. Ninguém se queixava do desconforto.



Tópicos: Joao paulo II

LULA, O MAU CARÁTER : Sentença do mensalão foi 80% política e 20% jurídica, afirma Lula


Ex-presidente diz à TV portuguesa que presos no mensalão não eram ‘gente de minha confiança’

27 de abril de 2014 | 18h 46

Ricardo Chapola - O Estado de S. Paulo
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista exibida na noite de sábado, 26, pela Radio e Televisão de Portugal (RTP) que o julgamento do mensalão teve "80% de decisão política e 20% de decisão jurídica". Foi a primeira avaliação direta do petista sobre a sentença que levou à prisão ex-dirigentes do PT. Sobre os condenados, Lula afirmou: "Não se trata de gente da minha confiança".
'História do mensalão ainda será recontada', repetiu o ex-presidente - Reprodução
Reprodução
'História do mensalão ainda será recontada', repetiu o ex-presidente
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal começou a expedir as ordens de prisão dos condenados no mensalão. No Feriado da República, apresentaram-se à Polícia Federal o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Um dia depois, foi a vez de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, se entregar à PF. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha foi preso em fevereiro. Todos foram condenados por participar do esquema de compra de apoio político no Congresso no início do governo Lula.
"O mensalão teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. O que eu acho é que não houve mensalão", disse Lula na entrevista em Lisboa, onde esteve na sexta-feira como convidado do governo para a comemoração dos 40 anos da Revolução dos Cravos, que redemocratizou o país após 41 anos de ditadura.
Em seguida, a jornalista Cristina Esteves perguntava sobre o fato de pessoas da confiança do ex-presidente terem sido presas, mas foi interrompida por Lula. "Não se trata de gente da minha confiança", afirmou o ex-presidente. E emendou: "Tem companheiro do PT preso. E eu também não vou ficar discutindo a decisão da Suprema Corte. O que eu acho é que essa história vai ser recontada". Lula disse na entrevista – que durou pouco menos de 40 minutos – que o processo do mensalão foi "um massacre que visava a destruir o PT". "E não conseguiram."
Pouco antes de deixar a Presidência, no fim de 2010, Lula havia dito que iria "desmontar a farsa do mensalão". Já fora do Palácio do Planalto, o ex-presidente evitou fazer comentários sobre o julgamento, que teve início a 2 de agosto de 2012 e levou à condenação de 25 dos 38 denunciados pelo Ministério Público.
No início do mês, Lula já havia dito em entrevista a blogueiros, em São Paulo, que o mensalão deveria ser recontado e que era preciso estudar a "participação e o poder de condenação" da mídia nesse processo.
Dilma. Lula também aproveitou para defender o governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. A queda de popularidade da presidente e a possibilidade de troca na chapa do PT que vai disputar a eleição em outubro foi abordada na entrevista – e voltou a ser negada pelo petista. "O Lula não é candidato. Eu não vou ser candidato. A Dilma é uma mulher de extrema competência. Ela vai vencer as eleições", afirmou.
O ex-presidente riu, pouco depois, ao ser provocado a falar sobre o fato de sua popularidade não ter despencado com a de Dilma – que se recuperava da queda provocada pelas manifestações de junho, mas recentemente passou a enfrentar o desgaste das denúncias sobre irregularidades na Petrobrás. "O povo é mais esperto do que algumas pessoas imaginam", afirmou.
O ex-presidente comentou ainda a possibilidade de ocorrerem protestos durante a Copa do Mundo e rebateu as críticas que têm sido feitas sobre o custo dos estádios, dos aeroportos e de outras obras destinadas a receber os jogos do Mundial. Lula afirmou que não se faz Copa do Mundo "pensando só em dinheiro".
A entrevista teve longas conversas sobre política internacional e a situação da economia europeia. A crise em Portugal foi marcante nas celebrações dos 40 anos da Revolução dos Cravos. Provocado a analisar os problemas do governo socialista de François Hollande na França, Lula deixou um conselho: "Os políticos têm de assumir, decidir e dizer para onde o país tem que ir".

Mulher é atingida por bala perdida e morre no Rio



27 de abril de 2014 | 21h 13

MARIANA SALLOWICZ - Agência Estado
Uma mulher foi baleada e morreu na noite deste domingo após um tiroteio entre policiais e criminosos na favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Ela foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos.
Por volta das 20h, cerca de 50 moradores da comunidade faziam uma manifestação pacífica no local por causa da morte da mulher, na altura da Estrada do Itararé. O policiamento na região foi reforçado.
Segundo informações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, cinco policiais faziam o patrulhamento na Rua 2 por volta das 18h30, quando se depararam com um grupo de criminosos armados. Eles teriam atirado contra os policiais que revidaram. Com a troca de tiros intensa, os policiais saíram da rua e os bandidos fugiram.
Cerca de 10 minutos depois, os PMs foram chamados por moradores porque a mulher pedia socorro e dizia ter sido atingida por uma bala perdida. Ela teria caminhado de um beco, onde foi baleada, até o Largo da Vivi, local de maior movimento na comunidade. A mulher foi levada para a UPA e teria dito, segundo um policial que falou com ela no momento do socorro, que a bala perdida a atingiu no beco e ela decidiu caminhar até o largo.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova Brasília foi inaugurada em 18 de abril de 2012. No site da UPP é informado que "a retomada do Complexo do Alemão pelas forças de segurança aconteceu no fim de novembro de 2010 e representa um marco para a Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro".

TRAGÉDIA EM SANTO ANDRÉ : Médico morre em tiroteio dentro de delegacia em Santo André

Vítima estava no local registrando boletim de ocorrência quando foi atingida na cabeça por disparo durante um tumulto provocado pelos próprios policiais

27 de abril de 2014 | 21h 11


O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Um médico morreu na tarde deste domingo, 27, após ter sido atingido na cabeça por um disparo durante um tiroteio ocorrido na noite de sábado dentro do 2º. Distrito Policial de Santo André, na Grande São Paulo. Ricardo Seiti Assanome estava no local para registrar um boletim de ocorrência de um acidente de trânsito quando foi alvejado em meio a uma confusão provocada pela própria polícia paulista, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com informações da Corregedoria da Polícia Civil, o tiroteio ocorreu por causa de um erro de interpretação dos policiais do DP. Eles teriam confundido a entrada de um policial militar à paisana que buscava abrigo com um ataque de bandidos. Um policial civil e um outro homem que registrava ocorrência também foram baleados no peito e na perna, respectivamente, e estavam internados em hospitais de Santo André neste domingo.
Assanome foi levado com vida no sábado, 26, ao Centro Hospitalar de Santo André, mas não sobreviveu. Ele estava no DP com a namorada para registrar um acidente de trânsito quando um PM à paisana que fugia de bandidos entrou no local, provocando tumulto com outras pessoas que estavam no local para registrar ocorrências. Na confusão, um agente de telecomunicações da delegacia começou a atirar contra o grupo pensando que fossem bandidos invadindo a delegacia.
Um investigador também teria feito disparos acertando o agente de telecomunicações por engano. A Corregedoria da Polícia Civil informou ontem que autuou o agente em flagrante por tentativa de homicídio. Com a confirmação da morte de Assanome, o policial deverá responder a inquérito por homicídio simples.
Segundo a SSP, os criminosos que perseguiam o PM à paisana não fizeram disparos contra a delegacia nem tentaram invadi-la. A reportagem tentou contato com familiares de Assanome por telefone, mas não obteve sucesso.
Segundo a estatística da SSP divulgada na semana passada, 14 pessoas foram mortes por policiais civis em serviço ou em folga no primeiro trimestre deste ano. O número representa exatamente o dobro das sete vítimas fatais registradas entre janeiro e março de 2013

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O terror está nas ruas, mas não está previsto em lei. À beira da Copa do Mundo

Reinaldo Azevedo

Ônibus incendiados em Osasco. Parece coisa de país em guerra? Mas estamos em guerra (Foto: Marcelo Sayão/Efe)
Ônibus incendiados em Osasco. Parece coisa de país em guerra? Mas estamos em guerra (Foto: Marcelo Sayão/Efe)
Na madrugada desta terça, bandidos incendiaram 34 ônibus que estavam na garagem da empresa Urubupungá, em Osasco, em São Paulo. Desde o começo do ano, já são 117 os veículos incendiados na Grande São Paulo. Essa modalidade de crime, se vocês prestarem atenção, se espalhou Brasil afora. Deu enchente? Queimam-se ônibus. Faltou água? Queimam-se ônibus. A polícia prende ou mata um traficante? Queimam-se ônibus. Há uma reintegração de posse? Queimam-se ônibus. A imprensa, especialmente a TV, mostra aquela linda fogueira e ainda costuma, vamos dizer assim, entender as razões de bandidos, que são chamados de “manifestantes”. Não há polícia que dê conta. Ainda que fosse possível pôr um PM em cada veículo, ele nada poderia fazer. A ação costuma mobilizar bandos.
No caso de Osasco, um traficante foi morto numa praça com 24 tiros. A polícia suspeita de ajuste de contas entre quadrilhas. Que se apure a autoria. O ponto é outro. Um grupo, em sinal de protesto, ora vejam!, resolveu invadir a garagem da Urubupungá e pôr fogo em 34 veículos de uma vez só. Vinte e um foram completamente destruídos. A polícia prendeu Edison Silva, de 19 anos, irmão gêmeo de Edmilson Silva, o rapaz assassinado. Ele foi reconhecido como integrante do bando incendiário e também aparece em câmeras de segurança.
Muito bem! Qual é o ponto? O Brasil chegará à Copa do Mundo sem ter uma lei que puna duramente ações dessa natureza. O mais impressionante, e já disse isso aqui, é que existe legislação para pôr esses bandidos na cadeia por muitos anos: chama-se Lei de Segurança Nacional, a 7.170, de 1983.
Art. 15 – Praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte, estaleiros, portos, aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos e outras instalações congêneres.
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.
§ 1º – Se do fato resulta:
a) lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade;
b) dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança; paralisação, total ou parcial, de atividade ou serviços públicos reputados essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do País, a pena aumenta-se até o dobro;
c) morte, a pena aumenta-se até o triplo.
Por essa lei, os vagabundos que põem fogo em ônibus podem ficar presos até 20 anos. Se alguém morrer, como já aconteceu, até 30. Por que essa lei não é acionada? Por covardia das autoridades e por causa da patrulha politicamente conveniente da imprensa, que diz ser essa uma lei da ditadura. Todo o Código Penal brasileiro foi aprovado durante a ditadura do Estado Novo. Vamos declarar a sua nulidade?
No Congresso, está parado o Projeto de Lei nº 499 que define o crime de terrorismo — entre eles, o ataque a meios de transporte, o que poderia render de 8 a 20 anos de cadeia. O governo Dilma chegou a flertar com o apoio, mas recuou. A gritaria contra o texto começou no próprio PT. Por quê? Porque não seria difícil caracterizar certas ações do MST como… terroristas. Setores da imprensa também chiaram. Em recente entrevista a blogueiros puxa-sacos, Lula criticou a proposta.
Resultado: os bandidos estão por aí, livres, leves e soltos, prontos a incendiar mais ônibus. O Brasil é a única democracia do mundo que não tem uma lei que puna ações terroristas. Não tem porque o PT não quer. Mas que se note: existe, sim, legislação para pôr esses bandidos atrás das grades por muitos anos. Mas ela também não é aplicada. País que se nega a fazer as leis de que precisa e que não aplica aquelas que já tem, infelizmente, acaba refém de bandidos.
Por Reinaldo Azevedo

Governo petista do Acre teve uma ideia para resolver problema com a imigração de haitianos: despachá-los para São Paulo!

 

 Ou: PT cria o problema, orgulha-se dele e joga batata quente no colo alheio

Haitianos num acampamento de Brasiléia, no Acre: segundo a mística petista, isso é evidência da pujança do "novo Brasil"
Haitianos num acampamento de Brasileia, no Acre: segundo a mística petista, isso é evidência da pujança do “novo Brasil”
Há três anos já, o Acre tem recebido uma boa leva de imigrantes haitianos. Eles chegam primeiro ao Peru e à Bolívia e depois se instalam em território brasileiro. Nesse tempo, o governo federal — e imigração é um problema federal — não moveu uma palha nem para impedir a entrada ilegal nem para alojá-los ou lhes arrumar emprego. Mas estimula o fluxo ao regularizar a situação e anunciar ao mundo que eles são bem-vindos.
Mais do que isso: os petistas passaram a alardear que a chegada desses haitianos é uma evidência da pujança do Brasil. O assunto até foi tema da redação do Enem em 2012. A tese era a seguinte: antes, o Brasil era pobre e expulsava mão de obra; agora, na gestão petista, é rico e atrai mão de obra. O governo brasileiro, de resto, é um crítico de países que criam dificuldades para a entrada ilegal de imigrantes.
Resultado: há uma explosão de haitianos no Acre, especialmente na cidade de Brasileia. Vivem em condições miseráveis, em acampamentos imundos. O governo Dilma não faz nada. Tião Viana, governador do Acre, seu aliado partidário, teve uma ideia: “Ah, vamos mandá-los para São Paulo”. E foi o que fez. Fechou um dos abrigos de Brasileia e despachou os imigrantes sem nem mesmo um comunicado prévio ao governo do outro Estado, que se indignou com essa postura.
Nilson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos,do Acre, resolveu dar uma de cínico, afirmando que não entende a postura do governo paulista. Referindo-se aos haitianos, afirmou à Folha: “Eles não ficam aqui. É apenas uma porta de entrada. A maioria segue viagem rumo ao sul do país. Nós chegamos no limite. A cidade de Brasiléia, de 10 mil habitantes, está com 20% da sua população formada por imigrantes”. Segundo Mourão, o Estado de São Paulo, “o mais rico da federação”, tem total condições de abrigar os 400 haitianos que acabaram de chegar.
Não me digam! Ora vejam! O governo do PT decide aplicar uma política de portas abertas a toda e qualquer imigração ilegal. Basta ir chegando. Não só pratica isso como alardeia seu malfeito. Não contente, ainda se orgulha dele e o transforma em teoria e até em tema de redação do Enem. E depois joga a batata quente na colo alheio.
A secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, classificou a atitude do governo do Acre de “irresponsável” e se disse indignada. Agora pense um pouquinho, leitor: imagine se é o governo de São Paulo a agir dessa maneira. Imagine se Geraldo Alckmin tivesse resolvido lotar alguns ônibus com nigerianos, por exemplo, e os enviado a estados administrados pelo PT. A essa altura, as milícias petistas nas redes sociais o estariam tachando de racista, de higienista e de fascista.
Quando, no entanto, um governo petista envia imigrantes que ele próprio recebeu a outro estado como se fosse uma leva de gado, aí não! Aí se trata de política humanista, certo? Tenham paciência! E o que fez, até agora, o Ministério da Justiça, de José Eduardo Cardozo, a quem compete cuidar do assunto?
Nada! Se Dilma quisesse que a pasta funcionasse, não teria escolhido Cardozo para cuidar dela. Só gente ocupada tem tempo de fazer o que deve.
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 20 de abril de 2014

Zona norte de SP tem 2 roubos seguidos de morte no fim de semana







Casos foram registrados na região de Pirituba; uma vítima foi esfaqueada e outra morreu baleada
20 de abril de 2014 | 16h 51


A polícia registrou dois casos de latrocínio (roubo seguido de morte) neste final semana em Pirituba, na zona norte de São Paulo.

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Em um dos crimes, a vítima foi um rapaz de 21 anos, morto a facada no peito ao entregar sua mochila a um dos dois assaltantes que o abordaram na tarde de sábado, 19. Rodrigo dos Santos Barbosa foi esfaqueado na esquina da Rua José Coronel Rufino Freire com a Avenida Motinga, por volta das 16h30.

A vítima estava acompanhada de um amigo e, segundo ele, os suspeitos fugiram em um Uno verde no sentido Rodovia Anhaguera.

O jovem chegou a ser socorrido por uma equipe médica, mas não resistiu ao ferimento. O latrocínio foi registrado no 33º DP (Pirituba). Mais tarde, por volta das 23h30, um homem resistiu a um assalto naRua Antônio de Pádua Dias. Ele estava acompanhado na mulher, levou um tiro e morreu.

Corpo do narrador Luciano do Valle é enterrado em Campinas


Jornalista morreu neste sábado, após passar mal no avião enquanto viajava para Uberlândia

20 de abril de 2014 | 17h 08


O Estado de São Paulo

CAMPINAS - O corpo do narrador Luciano do Valle foi enterrado, neste domingo, no cemitério Parque Flamboyant, na cidade de Campinas. O jornalista, um dos mais famosos comunicadores do país, morreu neste sábado, aos 66 anos, depois de passar mal no avião enquanto ia para Uberlândia, onde faria a transmissão do jogo entre Atlético-MG e Corinthians.

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Após um velório bastante movimentado na Câmara Municipal de Campinas, com a presença de familiares, amigos pessoais, companheiros de trabalho e muitos fãs, o enterro foi feito de maneira bastante simples. Apesar da grande presença de imprensa, houve muito respeito e a cerimônia foi feita em quase todo o tempo com silêncio.

O corpo de Luciano do Valle, que foi velado e enterrado com o uniforme de transmissões esportivas que utilizava na Band, emissora em que ele trabalhava. Ele esteve durante todo o tempo acompanhado da viúva, Flávia do Valle, que demonstrava muita emoção.

HISTÓRIA NA TELEVISÃO
Luciano era uma das maiores referências na locução esportiva. Desde 1971, passou pela Rede Globo, pela Record e pela Bandeirantes, onde trabalhou por mais de 30 anos. Em 2013, completou 50 anos de carreira. Seu último jogo foi a final do Campeonato Paulista, disputada entre Santos e Ituano.

O narrador teve papel fundamental no esporte brasileiro, uma vez que impulsionou diversas modalidades que não tinham espaço na TV aberta. Organizou o jogo memorável entre Brasil e URSS, no Maracanã, que mudou o vôlei brasileiro. Abriu espaço para Hortência e Paula no basquete, transmitiu jogos de futebol feminino, alavancou a carreira de Maguila e deu o início para transmissões da NBA, da Fórmula Indy e do futebol americano no Brasil.

sábado, 19 de abril de 2014

Oito pessoas morreram em acidente na rodovia dos Bandeirantes

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Uma caminhonete colidiu frontalmente com um outro carro por volta das 18h; outras duas pessoas ficaram feridas

19 de abril de 2014 | 20h 50

Ricardo Brandt - O Estado de S. Paulo
CAMPINAS - Oito pessoas morreram e duas pessoas ficaram gravemente feridas em um acidente no início da noite desta sábado, 19, na rodovia dos Bandeirantes, em Sumaré, na Região Metropolitana de Campinas.
Uma caminhonete colidiu frontalmente com um outro carro por volta das 18h. As primeiras informações da Polícia Militar Rodoviária são de que um dos veículos atravessou a pista e provocou a colisão.
O acidente ocorreu na pista sentido interior-capital.



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Gays, lésbicas, travestis e transexuais terão espaço exclusivo em prisões








Área não poderá ser usada para medida disciplinar, prevê resolução publicada pelo Conselho Nacional de Combate a Discriminanção, que não tem força de lei
17 de abril de 2014 | 15h 28





Luciano Bottini Filho, O Estado de S. Paulo


Atualizada às 21h41 SÃO PAULO - Gays, lésbicas, travestis e transexuais presos devem ter direito a um espaço exclusivo de convivência nos estabelecimentos prisionais. É o que diz resolução publicada nesta quinta-feira, 17, pelo Conselho Nacional de Combate à Discriminação, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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O texto não equivale a uma lei e não estabelece nenhuma penalidade caso os Estados não criem essas áreas ou obriguem os presos a se transferir para elas. O Estado de São Paulo adotou em janeiro uma resolução, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que garante a travestis e transexuais o direito de se instalar em celas ou alas separadas.

As regras estaduais, porém, não são tão abrangentes quanto a resolução federal, pois tratam de travestis e transexuais e não incluem gays, lésbicas e bissexuais na maior parte da regulamentação. Outro ponto distinto é que a resolução federal propõe que "as pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as unidades prisionais femininas". Já a regra paulista diz que elas devem ser tratadas de acordo com o sexo para o qual fizeram a mudança de gênero.

Em ambas as resoluções, são asseguradas a visita íntima e o tratamento pelo nome social do preso, não o de nascimento. Além disso, é garantido uso de roupas conforme a orientação sexual e cabelos compridos para as travestis. Também os dois modelos preveem programas especiais para reinserção desse grupo na sociedade.

Pelas regras do Conselho, os espaços exclusivos não poderão ser usados para medidas disciplinares, e o preso tem de concordar com a utilização. Assim, não pode haver mudança coercitiva ou segregação de presos de maneira forçada. Em São Paulo, a SAP informou que nenhum travesti ou transexual pediu ainda um espaço ou cela próprio.

Outros exemplos. Em outros Estados, como Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas, já existem alas e celas especiais. "Existem relatos de que o sistema penitenciário não está preparado para colher essa diversidade. Nós já tivemos notícias de discriminação especificamente nos estabelecimentos femininos", afirma a defensora pública em São Paulo, Franciani de Fátima Marques.

"É importante (a medida), pois quando uma travesti e uma transexual são presas, elas são obrigadas a cortar o cabelo, a conviver com pessoas homofóbicas, e o nível de vulnerabilidade é maior", diz o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno Silva Fonseca.

Morre empresário Henry Maksoud, aos 85 anos






AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Morreu nesta quinta-feira (17), aos 85 anos, vítima de câncer, o empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza, por décadas a grande referência entre os cinco estrelas no Brasil. Ele será velado no Cemitério Morumbi, onde o corpo será enterrado às 9 horas da manhã desta sexta-feira (18).
Descendente de libaneses, nasceu em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, em 1929, mas fez toda a sua carreira em São Paulo, onde chegou aos 15 anos de idade. Apesar de ter feito história na hotelaria, Maksoud dedicou-se a diversas áreas ao longo da vida. Estudou engenharia na Universidade Mackenzie. Logo após a formatura, em 1951, foi estudar nos Estados Unidos, onde recebeu o título de Master of Science em Mecânica de Fluidos e Engenharia Hidráulica, na Universidade de Iowa, em 1953.
Ao retornar ao Brasil, criou a Hidroservice Engenharia. A empresa tornou-se referência no setor de construção. Participou de diversas entidades da áreas de engenharia. De 1967 a 1968, foi presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo. Empreendedor nato, era um defensor da livre iniciativa. Escreveu mais de 40 livros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Há políticos sérios, há também os duvidosos e até os criminosos”, diz novo juiz eleitoral em SP







Alberto Zacharias Toron, nomeado pela presidente Dilma Rousseff para o Tribunal Regional Eleitoral/SP, não é contra empresa fazer doações

por Fausto Macedo

O criminalista Alberto Zacharias Toron, nomeado pela presidente Dilma Rousseff para vaga na classe jurista do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, disse que, “em princípio”, não se vê impedido para atuar em nenhum tipo de causa eleitoral.

“Tenho amigos e conhecidos em praticamente todos os grandes partidos”, afirma Toron, de 55 anos, que se notabilizou em 32 anos de atuação na advocacia criminal.

Toron diz que não é a favor do financiamento público de campanha, “num país que ainda é pobre, com significativos problemas nas áreas da saúde, educação e, entre muitas outras, o setor penitenciário”.

ESTADO: O FATO DE O SR. TER SIDO ADVOGADO DE JOÃO PAULO CUNHA NO PROCESSO DO MENSALÃO PODE TER PESADO PARA SUA NOMEAÇÃO?

ADVOGADO ALBERTO ZACHARIAS TORON: Eu não tenho vinculação com o PT, eu tenho vinculação com a Justiça. Sou advogado há 32 anos. Fui defensor do João Paulo, mas também sou defensor de uma empresa do cartel do Metrô de São Paulo, fui defensor do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto (condenado pelo desvio de verbas das obras do Fórum Trabalhista da Capital), do ex-juiz Rocha Mattos (Caso Anaconda), do Boris Berezowski (caso MSI/Corinthians). Estou nas principais demandas. Atuo nas mais importantes operações da Polícia Federal. Eu me orgulho do meu trabalho, vivo do meu trabalho. Sou filho de imigrantes, tudo o que eu tenho é graças à advocacia e sou muito grato à Justiça do meu País.


Foto: Jf. Diorio/Estadão

ESTADO: COMO ENCARA O NOVO DESAFIO?

ALBERTO TORON: Minha disposição é fazer com que as leis sejam cumpridas em sintonia com o que jurisprudência vem dizendo. Sou muito preocupado em seguir o padrão de decisão dos tribunais superiores, de modo a ter uma sintonia com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.

ESTADO: É A FAVOR DO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA?

ALBERTO TORON: Particularmente, não sou a favor do financiamento público de campanhas. Num país que ainda é pobre, com significativos problemas nas áreas da saúde, educação e, entre muitas outras, o setor penitenciário, parece-me uma demasia que também se sustentem as campanhas dos partidos.

ESTADO: O SR. CONSIDERA QUE EMPRESAS PODEM FAZER DOAÇÕES ELEITORAIS?

ALBERTO TORON: Do meu ponto de vista, respeitadas as posições divergentes, não consigo identificar qualquer ilegalidade na doação feita por empresas. No ponto, minha posição se afina mais com a do ministro Gilmar Mendes que, todavia, parece ser minoritária no Supremo Tribunal Federal, no julgamento sobre a matéria, que ainda está inconcluso. Entendo que as empresas podem, em tese, fazer doações, mas obviamente vou me submeter ao critério da maioria, aquilo que o Supremo indicar.

ESTADO: QUE INTERESSE UMA EMPRESA TEM EM FAZER DOAÇÕES PARA POLÍTICOS?

ALBERTO TORON: Empresas, desconsiderados interesses escusos, podem ter interesse na proposta de desenvolvimento econômico deste ou daquele partido e por isso o apoio. Não vejo mal nisso. É, até onde enxergo, parte do jogo democrático.

ESTADO: NÃO HÁ IMPEDIMENTO EM CONTINUAR ADVOGANDO? PODE ATUAR EM CAUSAS ELEITORAIS?

ALBERTO TORON: Estou absolutamente impedido de advogar no eleitoral e assim será. Nas demais áreas poderei advogar. Como todos sabem, sou criminalista há mais de 30 anos e só nessa área é que advogo.

ESTADO: QUAL A IMAGEM QUE O SR. TEM DO POLÍTICO BRASILEIRO? E SUAS IMPRESSÕES SOBRE A POLÍTICA DO PAÍS?

ALBERTO TORON: Há muitos políticos sérios e competentes. Há também os duvidosos e, infelizmente, até os criminosos. Mas não é diferente no empresariado, na advocacia e até na magistratura. A sociedade tem um pouco de tudo. No caso dos políticos, porém, como a visibilidade destes é maior e sua responsabilidade social é igualmente de destaque, tudo aparece mais. O certo é reprimir e prevenir desvios. Não podemos, contudo, desqualificar os políticos e a política de uma maneira geral, sob pena de desembocarmos em um novo período autoritário.

ESTADO: O SR. SE DARÁ POR IMPEDIDO PARA JULGAR DEMANDA RELATIVA A ALGUM POLÍTICO OU A ALGUM PARTIDO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES?

ALBERTO TORON: Em princípio, não me vejo impedido para nenhum tipo de causa eleitoral. Tenho amigos e conhecidos em praticamente todos os grandes partidos e ja fui presidente do Conselho estadual de entorpecentes no Governo Covas em 95/96.

Menino de 12 anos morre por bala perdida na zona oeste do Rio

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Luanderson Lima, de 12 anos, foi atingido perto da Favela do Aço, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, onde houve tiroteio entre policiais militares e criminosos da região

18 de abril de 2014 | 10h 58


Luciana Nunes Leal - O Estado de S.Paulo
RIO - Um garoto de 12 anos morreu nesta quinta-feira, dia 17, após ser atingido por uma bala perdida perto da Favela do Aço, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Luanderson Lima, de 12 anos, chegou a ser levado para o Hospital Pedro II, mas não resistiu, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Na região, houve protesto ontem depois de um tiroteio entre policiais militares e bandidos da favela. Ainda não se sabe em que circunstância Luanderson foi baleado. Segundo a secretaria, o menino foi atingido na perna, chegou em estado grave ao hospital e foi submetido a uma cirurgia, mas morreu no fim da noite.
Depois do tiroteio, moradores da Favela do Aço queimaram um ônibus do Consórcio BRT e destruíram a estação Vila Paciência. Outras estações ficaram fechadas na tarde de ontem, segundo informação do consórcio, a pedido da Polícia Militar.
Segundo a PM, três homens foram presos na favela de Antares, na manhã de quinta-feira, o que provocou reação de bandidos da Favela do Aço. A polícia informou ontem que uma menina de 7 anos e um adulto também foram feridos no tiroteio e atendidos no Hospital Pedro II. Policiais disseram que o homem baleado estava entre os bandidos que reagiram à ação policial Os dois feridos estariam em situação estável. Luanderson teria sido ferido depois do confronto entre PMs e criminosos.