quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Hacker pode pegar 100 anos de prisão


Por Tatiana de Mello Dias

Porta-voz do Anonymous é acusado de roubar dados e obstruir a justiça; sua prisão foi transmitida ao vivo
SÃO PAULO – Barrett Brown, porta-voz do Anonymous que foi preso em setembro do ano passado pelo FBI, pode pegar até 100 anos de prisão. É o que diz seu advogado, Jay Leiderman. É a terceira rodada de acusações do governo do Texas contra ele.
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Brown, 31 anos, é acusado de tentar obstruir a justiça ao tentar esconder documentos e dados que estavam em dois laptops. Para Leiderman, as acusações são uma tentativa de “silenciar o ativista”.
No ano passado, já desconfiado de que estaria sendo investigado, Brown foi passar um tempo na casa da sua mãe. Segundo ele, a polícia fez uma varredura em seu apartamento e perguntou se ele tinha computadores na casa da sua mãe. Ele negou, e os policiais saíram. O FBI procurava por dados que pertenciam à empresa de segurança HBGary, que foi hackeada por membros do Anonymous em 2011.
Ao saber que a sua mãe estava sendo investigada, Brown postou um vídeo no YouTube em que falava de drogas e de vingança a um agente do FBI chamado Robert Smith. Brown chegou a divulgar dados pessoais do agente, como seu endereço, e disse que sua vida estava “arruinada”.
Pouco depois, enquanto ele fazia um chat em vídeo com amigos, três agentes do FBI apareceram em sua casa e o levaram. Sua prisão foi transmitida ao vivo – e ele está na cadeia desde então.
Em dezembro, o ativista foi novamente acusado de hackear uma empresa de inteligência – desta vez, a Stratfor Global Intelligence. Ele foi acusado de ter acessado e compartilhado números de cartão de crédito que foram roubados na ação.
O advogado de Brown comparou o caso com o de Aaron Swartz, hacker americano que cometeu suicídio no começo do mês enquanto enfrentava um processo milionário por compartilhar arquivos acadêmicos.
Segundo Leiderman, o ativista do Anonymoys pode pegar até 100 anos de prisão por “fazer vídeos no YouTube, compartilhar o link e supostamente tentar esconder dois laptops”.
“O governo deveria ter aprendido algo e pensado duas vezes sobre colocar o peso de todos os Estados Unidos sobre alguém”, disse o advogado.
Assista ao vídeo da prisão:


http://youtu.be/eky-q9CE_co

No 1º dia de vistoria, bombeiros de SP reprovam 2 em cada 3 casas da cidade

Das 330 boates vistoriadas anteontem no Estado, 177 não tinham o auto de vistoria ou apresentaram documento com irregularidades

31 de janeiro de 2013 | 22h 40
 
 
Adriana Ferraz, Artur Rodrigues e Bruno Ribeiro, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Duas em cada três boates em funcionamento na capital apresentam falhas na segurança, segundo revelaram blitze realizadas pelo Corpo de Bombeiros. Das 39 casas noturnas fiscalizadas anteontem, no primeiro dia de vistoria na cidade, 24 nem sequer tinham o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que aprova o projeto contra incêndio da balada e é requisito básico para obtenção do alvará de funcionamento. Em outras duas baladas, a licença não estava sendo cumprida corretamente. E as demais estavam em dia com as regras.
A lista - cujos endereços não foram divulgados - será entregue à Prefeitura para que sejam tomadas providências - boates sem o AVCB não podem funcionar, segundo leis estaduais e municipais. Até as 20h de ontem, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) não havia informado o que faria com a informação.
Já as duas baladas que descumpriram as normas dos bombeiros serão notificadas e terão prazo de dez dias para promover as mudanças necessárias e solicitar nova checagem da corporação. Em alguns casos, os problemas apontados são de fácil solução, como luzes de emergência apagadas e extintores vencidos. Para o Corpo de Bombeiros, porém, essas irregularidades são tão graves quanto a ausência do documento.
Ao todo, foram realizadas 330 vistorias em boates do Estado. Dessas, 111 estavam sem o AVCB e outras 66 descumpriam as normas definidas pela licença. Ou seja, metade das checagens encontrou falhas nos projetos contra incêndio. As demais não apresentaram problemas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhuma boate visitada em Santos e cidades vizinhas apresentou condições regulares de segurança. A fiscalização na região revelou que 11 casas noturnas funcionavam com AVCB, mas em todos os casos havia problemas em seu cumprimento.
Na região de São José dos Campos, no interior, 24 das 37 boates checadas estavam irregulares. E, em Piracicaba, 13 das 41 não apresentaram o AVCB aos bombeiros durante a blitz.
Prevenção
Após a tragédia que deixou 235 mortos na boate de Santa Maria (RS), a promessa é de que as ações de fiscalização se intensifiquem nos próximos sete dias. Ontem, Prefeitura e Estado assinaram convênio para fiscalizar todas as casas da cidade e garantir a segurança até o carnaval. Bombeiros serão contratados pelo Município para ajudar. Segundo o comandante-geral interino da corporação, Erik Colla, a meta é visitar 230 casas nos próximos sete dias.
Para Colla, a parceria vai facilitar a adoção de medidas administrativas necessárias em caso de constatação de irregularidades. Isso porque uma vistoria feita pelos bombeiros não resulta em multa ou interdição do local. Só a Prefeitura pode impor punições aos empresários fora da lei. Com mais efetivo, as vistorias ainda podem se tornar rotineiras. Hoje, elas são feitas por amostragem ou denúncia.
O que é fiscalizado:
Segurança estrutural
Barreira antifogo horizontal
Barreira antifogo vertical
Material de acabamento
Saídas de emergência
Elevador de emergência
Controle de fumaça
Gerenciamento de risco contra incêndio
Brigada de incêndio
Iluminação de emergência
Detecção de incêndio
Alarme de incêndio
Sinalização de emergência
Extintores
Hidrantes e mangueiras
Chuveiros automáticos
Sistema de resfriamento
Espuma
Sistema de extinção de fogo, por meio de gases
Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
Controle de fontes elétricas
Acesso de viaturas na edificação e nas áreas de risco
Separação entre a edificação e as demais construções


 

A Petrobras pede socorro para não falir


Lourinaldo Teles Bezerra


Em meus 65 anos de idade nunca ouvi dizer que a Petrobras tivesse atrasado seus compromissos com seus fornecedores ou com quem quer que fosse. Hoje, está publicado no Estadão,
que a estatal - menina dos olhos dos brasileiros - não consegue pagar seus fornecedores e parceiros prestadores de serviços. Isso é o princípio da derrocada de uma empresa que surgiu na era getuliana, cresceu e se tornou mundialmente conhecida durante o Regime Militar, por sua especialização em explorações petrolíferas em grandes profundidades no oceano, e hoje está condenada à falência, caso o povo brasileiro não a socorra. A Petrobras cresceu, tornou-se uma das maiores petrolíferas do mundo, mas com a ascenção do bandido de Caetés e sua desgraçada quadrilha, a empresa vem definhando, sendo assaltada e dilapidada em seu patrimônio há 10 anos. O auge dos assaltos à estatal do petróleo se deu na gestão do cretino Sergio Gabrielli, quando sofreu sua primeira grande desvalorização em relação as outras companhias petrolíferas. Em apenas 3 anos a Petrobras perdeu 40% do seu valor.


"Problemas de caixa da Petrobrás começam a contaminar parceiros"

"Estatal tem atrasado pagamentos a fornecedores e a fundos de recebíveis, criados para financiar os prestadores de serviços."


Esse crime hediondo contra um patrimônio do povo brasileiro deve ser cobrado com as cabeças dos poderosos, entre elas as dos senhores do Congresso Nacional que deram total apoio ao caeteense miserável provocador da destruição da empresa e que se locupletaram em sua companhia. O aumento dos combustíveis dado por Dilma Rousseff há poucos dias não será suficiente sequer para arranhar o rombo que foi deixado pelo bandido Gabrielli a mando de Lula: mais de um bilhão de reais!

O Tesouro Nacional será chamado para arcar com os prejuízos patrocinados pelo PT em sua ânsia de poder e sua ganância por dinheiro público, para encher os bolsos dos ladrões que o compõem. Quando for sanada a ferida da Petrobras (se for) surgirão outras provocadas por esse mesmo câncer da estrela vermelha que não pára de destruir o tecido da Nação. Enquanto isso acontece, os atuais militares assistem a tudo sem se importarem com o compromisso e o juramento que prestaram quando receberam suas espadas no pátio da envergonhada Academia Militar das Agulhas Negras, por conta da placa que a desmoraliza e aos seus fundadores,
mandada colocar por uma degenerada petralha.

O patrimônio público está aos frangalhos sem que ninguém se importe com isso. Que tipo de povo somos nós? O que temos correndo em nossas veias? sangue ou urina? Até quando seremos covardes o suficiente para deixarmos que esses cupins miseráveis destruam o que nós construímos com tantos sacrifícios? O que foi que esses esquerdopatas do inferno trouxeram para o engrandecimento do Brasil? Eu lhes digo: apenas e tão somente o mal, a perfídia e a desgraça! É o que estamos vendo como resultado da eleição de Lula e sua súcia, representando toda a corja de vagabundos preguiçosos que vivem como parasitas de quem trabalha sério nesse País, abandonado por seus filhos bastardos de fardas e sem elas! A Petrobras e o Brasil pedem socorro!
Leiam aqui a matéria completa:


Problemas de caixa da Petrobrás começam a contaminar parceiros

Estatal tem atrasado pagamentos a fornecedores e a fundos de recebíveis, criados para financiar os prestadores de serviços

31 de janeiro de 2013 | 17h 50

Reuters
A Petrobrás tem atrasado pagamentos a fornecedores e provocado dificuldades financeiras na cadeia de prestadores de serviços, após ter adotado uma política de redução de custos em meio a prejuízos na sua divisão de Abastecimento, aumentos de custos e produção estagnada.
Há também o atraso de pagamento para fundos de recebíveis criados para financiar esses prestadores de bens e serviços, disseram fontes à Reuters, observando que a estatal alterou sua política de pagamentos recentemente e vem olhando com mais rigor os contratos.
Com isso, tem demorado mais tempo para liberar os recursos. Em uma espécie de efeito dominó, os prestadores de serviços também atrasam seus compromissos financeiros.

"Não vou dizer que a Petrobrás é inadimplente, mas que está em atraso. Enquanto algumas companhias estão sofrendo, estou confiante que os pagamentos serão feitos", disse à Reuters Fernando Werneck, gestor de um portfólio de fundos creditórios na BI Invest, exclusivos de fornecedores da Petrobras.

Alguns dos fundos de investimento dedicados exclusivamente aos fornecedores da Petrobrás registraram aumento da inadimplência.

Os pagamentos em atraso em cinco Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) saltaram 58,6%, para R$ 18,4 milhões, em 31 de dezembro, ante R$ 11,6 milhões em setembro, segundo uma pesquisa da Reuters junto à Comissão de Valores Mobiliários.

O FIDC existe para ajudar a Petrobrás a terceirizar o negócio de financiamento aos fornecedores. Fundos de investimento fazem empréstimos às empresas que possuem contratos com a estatal utilizando como garantia os recebíveis junto à Petrobrás.

Ao longo dos últimos dois anos a Petrobrás aportou cerca de R$ 7 bilhões para ajudar os fornecedores.


Pedidos de falências

Problemas financeiros já empurraram algumas empresas menores fornecedoras da estatal, como a GDK, a um processo de recuperação judicial. Grandes empresas, tais como a Lupatech, tiveram que vender ativos e levantar capital novo para evitar o pior.

Preocupações sobre como fazer negócios no Brasil, onde a Petrobrás é responsável por mais de 90% da produção de petróleo, levaram a uma queda de 34% nas ações da italiana Saipem na quarta-feira.

A empresa prestadora de serviços e equipamentos offshore disse que os problemas do Brasil poderiam ajudar a cortar o seu lucro em 80% em 2013. As concorrentes Subsea 7 e Technip França, ambas também fornecedoras da Petrobrás, chegaram a cair mais de 6% na quarta-feira.

O programa de redução de despesas, que visa cortar custos de R$ 32 bilhões no período de 2013 a 2016, foi anunciado no final do ano passado, após a Petrobrás ter acumulado nos nove primeiros meses de 2012 mais de R$ 17 bilhões em prejuízo na área de Abastecimento (combustíveis), ao mesmo tempo que tem um plano de cinco anos de investir mais de R$ 200 bilhões.

Nessa conjuntura que favorece o crescimento do passivo, a agência de classificação de risco Moody's alterou em dezembro para negativo o rating da dívida da companhia.
Dificuldade de receber
Segundo fontes de empresas que prestam bens e serviços à estatal, a Petrobrás tem demorado mais tempo para liberar os aditivos aos contratos.

Nas licitações, as empresas ganhavam oferecendo um orçamento abaixo do valor de mercado e depois recorriam aos aditivos, uma prática comum, já que depois esses aditivos eram liberados com mais facilidade.

"Agora há um rigoroso processo de avaliação por parte da estatal e sempre há a necessidade de mais e mais documentos. Enquanto isso, o dinheiro não sai", disse uma fonte de uma empreiteira de médio porte que presta serviço à Petrobrás.

Com a demora na liberação dos pagamentos, as empresas precisam tomar empréstimo de curto prazo, disse a fonte, a custos altos, gerando um desequilíbrio nas contas.

"Em geral tem demorado uns meses a mais. Como dois terços do nosso faturamento depende de contratos com a Petrobrás, há um desajuste", disse à Reuters o executivo, na condição de não ter seu nome divulgado.

Algumas empresas têm quase a totalidade das receitas atreladas aos contratos com a Petrobrás e podem acabar falindo com o atraso dos pagamentos.

É o caso da Tenace Engenharia, que com 90% de faturamento oriundo da estatal pediu falência no fim do ano passado.

A empresa tinha um grande contrato de construção de uma unidade de gasolina e diesel no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte. Também prestava serviços para a estatal em Urucu, no Amazonas.

Segundo uma fonte da empresa, a Petrobrás não concordou em renegociar aditivos aos contratos. A Tenace enviou um comunicado aos seus credores responsabilizando a estatal pelo seu fechamento, segundo a fonte, que preferiu não ser identificada.

A construtora GDK, também grande fornecedora da estatal, teve o seu pedido de recuperação judicial aprovado no dia 10 de janeiro pela Justiça da Bahia, segundo nota enviada pela empresa à Reuters.

E a construtora Egesa, responsável por parte das obras de uma unidade de fertilizantes da Petrobrás, também anunciou recentemente aos seus funcionários e credores que "está passando por uma reestruturação financeira em função do cenário econômico atual".

Segundo a Petrobrás, os pagamentos de seus compromissos "reconhecidos" são realizados de acordo com os prazos estabelecidos contratualmente.

Procurada pela Reuters, a estatal disse em nota que os eventuais pleitos de pagamentos adicionais aos contratados por parte dos fornecedores são submetidos a uma avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica.

"Após a conclusão deste processo, que está de acordo com contrato e com a legislação vigente, a negociação é submetida à aprovação das instâncias corporativas competentes. Dessa forma, eventuais pleitos não representam a existência de dívida por parte da Companhia", disse a estatal.


Homenagem às vítimas da tragédia


Ronald Mendes - 31.jan.13/Agência RBS Centenas de homenagens às vítimas do incêndio podem ser vistas em frente ao prédio da boate Kiss, em Santa Maria; o local passou por perícias na tarde desta quinta-feira (31)
Centenas de homenagens às vítimas do incêndio podem ser vistas em frente ao prédio da boate Kiss, em Santa Maria; o local passou por perícias na tarde desta quinta-feira (31)
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Espuma de boate Kiss foi 'causa das mortes', diz delegado


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REYNALDO TUROLLO JR.
ENVIADO ESPECIAL A SANTA MARIA
tragédia no Sul O delegado regional Marcelo Arigony afirmou em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31) que a espuma que revestia o teto da boate Kiss, onde 235 pessoas morreram no domingo, "foi a causa das mortes."
Veja lista completa de mortos no incêndio
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Veja imagens da boate Kiss após incêndio no RS
Familiares reconhecem objetos de vítimas do incêndio na Kiss
Ex-funcionária da Kiss diz que extintores sumiram após reforma
Cliente diz que Kiss não tinha extintores; polícia analisa fotos
SP inicia blitze em boates; Rio interdita duas casas na Barra da Tijuca
Fiscais e bombeiros farão vistoria conjunta em estabelecimentos de SP
A polícia ainda aguarda o resultado da perícia que deverá comprovar essa afirmação. Segundo o delegado, essa espuma costuma ser utilizada em estúdios de gravação, mas geralmente combinada com algum outro material, que a torne menos inflamável.
"A espuma foi colocada com a finalidade de melhorar a acústica do local", explicou Arigony. De acordo com relatos de sobreviventes, o fogo teria começado na espuma da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.
Ontem, o advogado de um dos sócios da boate, Jader Marques, havia dito que a espuma tinha sido instalada por seu cliente para evitar a propagação de ruídos.
Depois que a espuma foi instalada, a boate Kiss não passou por nenhuma vistoria dos órgãos públicos.
PRISÕES
A Polícia Civil deve pedir até essas sexta-feira a prorrogação da prisão temporária de dois integrantes da banda e dos dois donos da boate --todos estão presos desde o início da semana.
A Justiça do Rio Grande do Sul negou na manhã de hoje o pedido de liberdade a Elissandro Spohr, 28, o Kiko, um dos donos da boate Kiss. Ele está internado em Cruz Alta (RS) sob custódia policial.
Marques, advogado de Kiko, pediu a liberação de seu cliente ontem, mas o juiz plantonista Afif Jorge Simões Neto, na Comarca de Santa Maria, negou alegando que o decreto de prisão temporária "embasou-se em sólidos fundamentos" e que não caberia a ele rever a decisão de seu colega.

Interior da boate Kiss

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Edison Vara - 28.jan.13/Reuters
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Imagem mostra destruição dentro da boate Kiss após incêndio que matou 234 pessoas
INCÊNDIO
O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo, 235 pessoas morreram e outras 138 permanecem internadas
Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.
Editoria de Arte/Folhapress
A maioria das vítimas morreu por asfixia durante a festa promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Muitas foram encontradas amontoadas nos banheiros, por onde tentaram fugir do fogo.
No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.
A boate Kiss, com capacidade para até 691 pessoas, recebeu entre 900 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.
A direção da boate Kiss divulgou nota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma "fatalidade".

Editoria de Arte/Folhapress
Conheça as principais falhas da tragédia que deixou mais de 200 mortos e 100 feridos em Santa Maria, no RS
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A rendição do Congresso ao chiqueiro da política


Com um terço de seus parlamentares acusados criminalmente, o Congresso de Renan e Henrique dá sinais de preferir a imundície ao asseio das normas impostas pela moralidade pública
Agência Senado
Nossa opinião: no Congresso, cidadãos sob suspeita abusam da paciência de um povo tolerante demais com políticos bandidos
chiqueiro (sentido figurado)casa ou lugar imundo” Sintomático que o presidente do Senado, José Sarney, tenha proibido a manifestação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), convocada por várias entidades e apoiada pelo Congresso em Foco.
Os manifestantes pretendiam fazer ontem a lavagem simbólica da rampa do Senado para expressar a indignação que levou, até o momento em que é publicado este texto, mais de 250  mil brasileiros a subscrever o abaixo-assinado contra a volta de Renan à presidência do Senado.
O problema é que limpeza é algo que não combina muito com o Congresso. Nas  últimas duas décadas, ele proporcionou seguidas demonstrações de afronta aos cidadãos que custeiam suas bilionárias despesas (perto de R$ 8 bilhões no ano passado): escândalo do orçamento em 1993, compra de votos para aprovar a emenda da reeleição em 1997, violação do painel em 2001, mensalão em 2005, sanguessugas em 2006, farra das passagens e atos secretos em 2009… a lista é infindável.
Mas sempre pode ser enriquecida, aumentando o tamanho dos golpes contra a cidadania, prova agora o processo em curso de eleição das Mesas do Senado e da Câmara. Estamos diante de uma daquelas tristes situações que nos levam a constatar que, em se tratando do Congresso brasileiro, sempre é possível piorar.
Exemplar é o caso de Renan. Na iminência de receber a maioria folgada de votos dos seus pares, foi até agora incapaz de esclarecer as denúncias que, seis anos atrás, o obrigaram a renunciar à presidência do Senado para preservar o mandato de senador.
Reconduzir Renan ao posto, antes de eliminar todas as dúvidas quanto à sua conduta, põe sob suspeita todo o Legislativo. Um poder que já apresenta um gigantesco passivo no que se refere ao “controle interno” dos seus integrantes e das suas ações. E daí? O Congresso, que tem um terço de seus parlamentares às voltas com acusações criminais, continua a dar sinais de preferir a imundície dos chiqueiros ao asseio das normas impostas por aquilo que, algo pomposamente, poderíamos chamar de moralidade pública.
Com menos pompa, poderíamos dizer que se espera atenção a pelo menos duas normas básicas: não roubar o dinheiro dos contribuintes e investigar ou colaborar com a investigação de crimes contra a administração pública, sobretudo quando os acusados forem deputados e senadores.
Oposta é a regra que prevalece no Congresso. Ali, cidadãos sob suspeita gozam de proteção oficial, tapinhas solidários nas costas, carro e despesas pagas pelo erário, e abusam da paciência de um povo que demonstra excessiva complacência em relação a políticos bandidos.
Desfilam pelos corredores do Legislativo desde políticos condenados a prisão até a espantosa figura de Paulo Maluf, alvo de um mandado da Interpol que lhe impede de pisar em qualquer outro país do mundo, sem ir imediatamente para a cadeia, mas que pode, legalmente, ser deputado no Brasil.
A precária mobilização popular, muito aquém do tamanho dos desaforos que o Parlamento tem metido pela goela abaixo da sociedade, contribui para o escárnio não ter fim.
Apoiado por todos os grandes partidos, inclusive da oposição, é dado como favorito na disputa da presidência da Câmara outro político sob fortes suspeitas, o atual líder peemedebista, Henrique Eduardo Alves (RN).
Questionados sobre possíveis desvios de conduta, ele e Renan reagem de modo semelhante. Ignoram a denúncia, ao mesmo tempo em que instruem adversários a atribuir os graves questionamentos que lhes são feitos a meros preconceitos contra nordestinos. Esta, aliás, é uma das imbecilidades preferidas da meia dúzia de militantes pró-Renan que nos últimos dias tenta infestar este Congresso em Foco com centenas de comentários, invariavelmente usando nomes falsos e termos ofensivos.
Como não há limites para o abismo moral, o PMDB, outrora valente combatente da ditadura e hoje confortável abrigo para novos e velhos suspeitos, prepara-se para eleger como líder outro parlamentar sob investigação, Eduardo Cunha (RJ). Também deve explicações à Justiça seu rival na disputa, Sandro Mabel (GO).
Em comum a Renan, Henrique, Eduardo Cunha e Mabel, a facilidade com que se aliam aos governos de plantão, sempre multiplicando os instrumentos a serviço de um tipo de política que, definitivamente, não cheira bem.
O Congresso em Foco sente-se no dever de manifestar perplexidade diante de tudo isso e se colocar à disposição dos brasileiros que pretendem ver um Congresso radicalmente diferente. Afinal, fazemos jornalismo na esperança de contribuir para as coisas mudarem para melhor – não para pior.


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Renan é denunciado no caso dos bois
Tudo sobre a eleição das Mesas da Câmara e do Senado